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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Conheça as diferenças: muriçoca tira sono, mosquito da dengue pode matar

A muriçoca e o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, vivem mais sob calor e umidade, condição que se verifica no Ceará nos primeiros meses do ano. Os dois insetos se alimentam de sangue humano e as semelhanças terminam aí. Mais agressiva, a muriçoca tem hábitos noturnos e entra nas casas à noite para se alimentar. O zumbido perto do ouvido e a picada dolorida perturbam o sono dos moradores, mas a muriçoca não transmite no Estado doenças a ela relacionadas, como a filariose. De forma diferente, o Aedes aegypti vive no ambiente domiciliar, não produz zumbido e a picada geralmente não é sentida. Mais ativo durante o dia, especialmente no início da manhã e no final da tarde, a fêmea do mosquito se alimenta do sangue para maturar seus ovos e transmite a dengue quando infectada pelo vírus da doença em circulação. Apesar de menos agressivo, o Aedes aegypti pode ser mais letal, já que a doença por ele transmitida pode levar à morte em casos graves.


Diferentemente da muriçoca, que põe os ovos diretamente em águas sujas, ricas em dejetos materiais orgânicos em decomposição, como esgotos a céu aberto, a fêmea do Aedes aegypti deposita os ovos nas bordas de reservatórios de água limpa, geralmente encontrados dentro das residências, notadamente em períodos de estiagem, quando as famílias costumam armazenar em depósitos e potes a água para o consumo doméstico. Por isso, para a prevenção da dengue, é fundamental evitar o acúmulo de água parada que não pode ser protegida. A orientação da Secretaria da Saúde do Estado é de que pelo menos uma vez por semana as famílias façam a limpeza rigorosa em todos os depósitos que acumulam água e até eliminem os reservatórios de água limpa e parada. Outras medidas devem ser observadas: telar caixas d'água, manter tampados tonéis e reservatórios de água, desentupir ralos que possam acumular água, jogar fora pneus velhos, evitar deixar garrafas e recipientes que possam acumular água da chuva em área descoberta e virá-los de cabeça para baixo, e eliminar pratinhos com água embaixo dos vasos de planta.

Os ovos da muriçoca não sobrevivem fora d'água. Já os ovos do Aedes aegypti ficam por mais de um ano nas bordas das caixas d`água, tinas, baldes, garrafas, latas. No contato com a água, eclodem e saem por aí ameaçando a saúde da população, transmitindo uma doença que deixa as pessoas com dores nas articulações, febre, dor de cabeça e que pode matar. Para o controle da dengue, os prefeitos e secretários municipais de saúde devem assegurar o reforço das ações de controle focal do mosquito, casa a casa, pelos agentes de endemias, garantir a supervisão de campo das ações de agentes de endemias e a disponibilidade de equipamentos de proteção individual (EPI), realizar mutirão de limpeza urbana, convocando a população para colaborar, limpando os quintais, principalmente no período que antecede as chuvas, implantar ou implementar as ações de vedação de caixas d'água com tela ou cimento, realizar atividade de mobilização social especialmente nas escolas municipais (gincanas, concursos de redação e peças de teatros).

Municípios

Na área de vigilância e assistência, os municípios devem assegurar a notificação imediata de todos os casos para a vigilância epidemiológica, alertar todos os profissionais da Saúde da Família e da rede hospitalar sobre o diagnóstico e tratamento dos casos de dengue, garantir o estoque de medicamentos e material de laboratório que permita o diagnóstico e tratamento precoces e garantir o fluxo de atendimento e referência para pacientes com dengue hemorrágico ou dengue com complicação.


Fonte: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará




Carnaval: Hemoce pede para não deixar doação para última hora

Faltam menos de duas semanas para o carnaval, que este ano ocorrerá de 9 a 12 de fevereiro. Nesse período de feriado prolongado, em função de acidentes nas estradas e da violência, os hospitais necessitam de uma quantidade maior de sangue. Para garantir estoque, o Hemoce sensibiliza para que os doadores já decidam fazer esta semana o ato de solidariedade e responsabilidade com a saúde coletiva. "Não deixem para a última hora", apela a coordenadora de captação de doadores do Hemoce, Nágela Lima. Ela explica que antes de ser encaminhado para os hospitais o sangue doado passa por um processo de análise, que não é feito de uma hora para outra. Daí, a necessidade de antecipar as doações para o período do carnaval.


A preocupação do Hemoce, unidade da Secretaria da Saúde do Estado, com a demanda por sangue maior do que a oferta não é eventual. Já dura alguns meses, como vem sendo registrado em todo o país. Segundo Nágela Lima, o ideal seriam 250 doações por dia, mas estão variando entre 100 e 120 doações. Ela destaca que a doação é bem simples e segura. Dura, no máximo, 10 minutos. Na pré-triagem, são realizadas a verificação do peso e da pressão arterial, além de verificação de temperatura e da hemoglobina e ainda testes para hepatites B e C, sífilis e aids.

Para doar, a pessoa precisa ter mais de 50 quilos. Com o consentimento dos pais, a partir dos 16 anos de idade já pode doar sangue, desde que apresenta autorização dos pais ou responsáveis (veja termo de consentimento). A idade limite é de 67 anos. O doador deve apresentar documento com foto oficial. Tem esse perfil e decidiu doar? O Hemoce fica na Avenida José Bastos, 3.390, bairro Rodolfo Téofilo, que atende pelo telefone (85) 3101.2296. Recebe doações de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 18h30min, e aos sábados das 8 às 16 horas.

Fonte: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Governo acrescenta 11 procedimentos cirúrgicos oncológicos na tabela do SUS

Aline Leal

Repórter da Agência Brasil


Brasília - O Ministério da Saúde anunciou hoje (2) a inclusão de 11 procedimentos cirúrgicos oncológicos na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). Até agora, eram 121 tipos de procedimentos nesta área. O governo vai gastar 121% a mais do que em 2011, somando R$ 380,3 milhões para cirurgias oncológicas.

Os novos procedimentos autorizados são linfadenectomia mediastinal, linfadenectomia seletiva guiada – mais conhecida como “linfonodo sentinela”, reconstrução para fonação (a tabela do SUS incluía a prótese, mas não o ato operatório da sua implantação), traqueostomia transtumoral, ressecção de pavilhão auricular, ressecção de tumor glômico, ligadura de carótida, colecistectomia, ressecção ampliada de via biliar extra-hepática, reconstrução com retalho osteomiocutâneo e timectomia.

Entre 2010 e 2012, os gastos do governo federal com assistência oncológica aumentaram 26%, passando de R$ 1,9 bilhão (em 2010) para R$ 2,4 bilhões (estimativa de 2012).