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quinta-feira, 17 de março de 2016

Sesa divulga notas técnicas sobre chikungunya e zika


 A Secretaria da Saúde do Estado divulgou as Notas Técnicas sobre Notificação de Casos de Febre Chikungunya e sobre a Vigilância do Zika Vírus no Ceará. Baseadas em recomendações da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) e destinada às coordenadorias regionais de saúde (CRES), municípios, hospitais, clínicas, unidades de saúde e laboratórios, as Notas Técnicas alertam sobre as alterações na notificação de casos de chikungunya e orientam os serviços e profissionais de saúde sobre a notificação compulsória de todos os casos supeitos de zika.

Veja aqui a Nota Técnica Notificação de Casos de Febre de Chikungunya

Veja aqui a Nota Técnica Vigilância do Zika Vírus no Ceará






Assessoria de Comunicação da Sesa

quarta-feira, 9 de março de 2016

Epidemia de zika deve durar cinco anos, diz especialista em vírus

Em cinco anos, o vírus da zika deve deixar de circular entre nós. Pelo menos, esse é o palpite do norte-americano Scott Halstead, 86, uma das maiores autoridades do mundo quando o assunto é vírus transmitidos por mosquitos. Em entrevista à revista Science, ele afirmou que quando 80% da população pega o vírus, ela se torna imune a ele e, por isso, a transmissão acaba sendo bloqueada.
Halstead baseia suas ideias em pesquisas feitas por ele sobre o chikungunya na Tailândia nos anos 1960. "Estudamos intensivamente chikungunya e ele estava em todos os lugares na Tailândia. Mas, por volta de 1975, o chikungunya simplesmente desapareceu do país", afirma. O chikungunya é transmitido pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito transmissor da dengue e zika.
Segundo ele, o vírus tornou-se endêmico no país porque houve uma elevação na população do mosquito Aedes aegypti e de habitantes. "Quando eu estava na Tailândia, cada casa tinha ao menos seis pessoas vivendo. Na década de 1970, o planejamento familiar foi introduzido no país e as pessoas passaram a ter apenas dois filhos por família. Com menos pessoas, foi reduzida a porcentagem da população suscetível que mantinha o vírus circulando", explica.
O cientista explica que o ciclo entre a epidemia do vírus e seu desaparecimento se repetiu na Índia, quando o chikungunya deixou a África e atingiu o país, em 1963.
[O chikungunya] desapareceu do país [Índia] em mais ou menos cinco anos. É o mesmo com a zika
Scott Halstead afirma que os vírus costumam "sumir" e voltar décadas mais tarde a atingir a população de maneira importante. Na entrevista à Science, ele diz que uma epidemia de chikungunya foi descrita na década de 1870 pelo médico de um sultão de Zanzibar, arquipélago que fica na costa da Tanzânia, na África.
"Ele viu o vírus aparecer em Zanzibar, cruzar o oceano Índico e criar uma epidemia na Índia. Em conversas com pessoas mais velhas que viviam em Zanzibar, o médico notou que uma epidemia ocorrida em 1823 havia se espalhado do Cabo da Boa Esperança para o Caribe", conta. Ele afirma, no entanto, que as causas dessa periodicidade é um mistério.

Anticorpos contra dengue podem ter modificado zika

Halstead ainda tem outro palpite: os anticorpos produzidos durante epidemias de dengue são capazes de tornar infecções pelo vírus da zika mais severas, e isso estaria por trás do aumento dos casos de microcefalias em bebês e de síndrome de Guillain-Barré em adultos. Isso aconteceria porque a zika é geneticamente muito parecida com a dengue.
"Anticorpos da dengue estão tornando o vírus da zika mais complexo. O sistema imunológico está infectando monócitos (grupo de células que tem a função de defender o organismo de corpos estranhos), então há uma quantidade muito maior de vírus produzido. Talvez, a partir de uma determinada concentração de vírus, ele ganhe a capacidade de atravessar a placenta", afirma.
Ele considera essa uma hipótese muito provável. "Eu apostaria muito dinheiro nisso", brinca.
Do UOL, em São Paulo

terça-feira, 8 de março de 2016

IPC alerta para importância do diagnóstico precoce do câncer


  Nesta terça-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Instituto de Prevenção do Câncer chama a atenção para a importância da prevenção do câncer de mama e colo do útero. Com o objetivo de cuidar e tirar dúvidas sobre a doença, até o dia 10 de março, no turno da manhã, a equipe de enfermagem estará em um stand, no salão principal, distribuindo folhetos e orientando o público sobre prevenção e tratamento.

Dentre todos os tipos de câncer, o do colo de útero é o que apresenta um dos mais altos índices de cura, se diagnosticado precocemente. A prevenção da doença é feita através da realização regular de exames preventivos, sobretudo o Papanicolau, que detecta a doença nos estágios iniciais, aumentando assim as chances de sucesso do tratamento. O exame é simples e é realizado com a coleta de material do colo do útero, utilizando espátula e escovinha. Todas as mulheres que tem ou já tiveram atividade sexual, principalmente aquelas com idade de 25 a 64 anos devem fazer. Mulheres grávidas também podem fazer o preventivo.

O meio mais comum de contágio da doença é através da infecção pelo vírus HPV. Além de aspectos relacionados à infecção pelo vírus, outros fatores ligados a imunidade, genética e comportamento sexual parecem influenciar na contaminação. Desta forma, o tabagismo, a iniciação sexual precoce, a multiplicidade de parceiros sexuais e o uso prolongado de contraceptivos orais são considerados fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de colo do útero.


Já o câncer de mama, os fatores de risco são: idade avançada, exposição prolongada aos hormônios femininos, o excesso de peso e o histórico familiar. Além disso, mulheres que não tiveram filhos ou tiveram o primeiro filho após os 35 anos, não amamentaram, fizeram uso de reposição hormonal, menstruaram muito cedo (antes dos 12 anos) e entraram mais tarde na menopausa (acima dos 50 anos). No entanto, há casos de mulheres que desenvolvem a doença sem apresentar fatores de riscos citados. O tratamento varia de acordo com a gravidade da doença e das condições biológicas da paciente. O primeiro passo é fazer o diagnóstico completo com análises clínicas e biópsia para descobrir se o tumor é benigno ou maligno. Então, o médico faz a indicação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia ou das práticas combinadas, de acordo com cada caso.


Instituto de Prevenção do Câncer

O Instituto de Prevenção do Câncer foi o primeiro serviço de prevenção do câncer no Ceará. Inicialmente, realizava somente a prevenção do câncer genital feminino. Depois incorporou outros serviços, entre eles diagnóstico precoce do câncer de mama e pele. O acesso dos pacientes aos serviços ocorre através das centrais de marcação de consultas do Estado e do município de Fortaleza. Atualmente, a unidade conta com  catorze ambulatórios, divididos em serviços de enfermagem, mastologia e ginecologia. Além dos setores de mamografia, ultrassonografia e o centro cirúrgico, para cirurgias de retirada de nódulo na mama, conização do colo do útero (procedimento cirúrgico no qual um pedaço em formato de cone é retirado do órgão para a realização de uma biópsia) e pele para os pacientes atendidos na instituição. O IPC tem uma equipe multidisciplinar, formada por ginecologistas, mastologistas, enfermeiros, radiologistas e dermatologistas.

Especial Mês da Mulher



Como parte da série de matérias focadas na saúde do público feminino, em homenagem ao Dia da Mulher, o IPC publica todas as terças-feiras do mês de março a série “Se cuidar também é um ato de amor”. Nesta terça-feira, 8, será publicada uma matéria especial sobre câncer de mama.

Assessoria de Imprensa - IPC/ Lacen / CIDH