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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Obesidade aumenta risco cardíaco, diz estudo

O ponteiro da balança subiu e o excesso de peso atinge 52,5% dos brasileiros, segundo pesquisa Vigitel 2014, (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), que coletou informações nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Foram realizadas 41 mil entrevistas para o levantamento.
 
Os dados são divulgados anualmente pelo Ministério da Saúde desde 2006 e revela um diagnóstico da saúde do brasileiro a partir de questionamentos sobre os hábitos da população, como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física.
 
Dessa porcentagem 17,9% são obesos, fatia que se manteve estável nos últimos anos. Em 2013, o levantamento apontou que 50,8% dos brasileiros estavam acima do peso e que, destes, 17,5% eram obesos. Já em 2006, o total de pessoas acima do peso era de 42,6% e de obesos era de 11,8%.
 
Os números mostram que o excesso de peso é maior entre os homens - 56,5% contra 49,1% das mulheres. Já a taxa de obesidade não é muito diferente entre os dois gêneros - 17,9% entre o sexo masculino e 18,2% entre o sexo feminino. Os maiores índices de excesso de peso foram encontrados em pessoas com idade entre 45 e 64 anos - 61% estão acima do peso.
 
Os jovens com idade entre 18 a 24 anos registram 38%. A proporção de pessoas com mais de 18 anos com obesidade, no entanto, é um dado preocupante apontado pela pesquisa - chega a 17,9%, embora tenha se mantido estável nos últimos anos.
 
Para a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde, Déborah Malta, chama a atenção dos pesquisadores o fato do índice de obesidade dobrar com a idade. "Nas faixas etárias entre 18 e 24 anos o índice [de excesso de peso] praticamente dobra aos 35 e 44 anos. Em relação à obesidade, a taxa triplica na comparação entre as duas populações: sai de 8,5% [de 18 a 24 anos] para 22% [35 a 44 anos]", explica a especialista.
 
Fator de risco
 
Apesar da obesidade e do sobrepeso serem epidemias desse porte no Brasil, a população ainda não considera o excesso de peso uma doença. Um trabalho desenvolvido pela farmacêutica Allergan em parceria com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), a Associação Nacional de Assistência ao Diabético (ANAD) e a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SBED) entrevistou mil indivíduos em diferentes estados e descobriu que 55% da amostragem não acreditava que a obesidade fosse uma doença. Além disso, 93,5% dos entrevistados não sabia seu próprio Índice de Massa Corpórea (IMC), sendo que 64% se enquadravam na faixa da obesidade. 
 
Mais do que uma doença grave, a obesidade é um problema que pode favorecer diversas outras condições em nosso organismo. "O quadro pode prejudicar a saúde de uma forma global e em vários sistemas no corpo", afirma o endocrinologista Isaac Benchimol, do Conselho Empresarial de Medicina e Saúde da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Ainda não está convencido? A obesidade ou até mesmo o sobrepeso são fatores de risco para doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão, aumento do colesterol e osteoartrite, além da degenarão e desgaste do disco vertebral.  
 
Especialistas afirmam que melhorar a qualidade de vida praticando exercícios físicos regularmente, alimentando-se de maneira saudável, controlando o peso, bebendo água e realizando um check-up médico pelo menos uma vez ao ano é a única saída para quem deseja viver saudável e melhor.

Como cientistas podem ter descoberto acidentalmente a cura para o câncer

Enquanto buscavam testar a eficácia de uma vacina contra a malária em mulheres grávidas, cientistas da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, descobriram que determinada proteína da malária pode, na verdade, combater células cancerígenas.
Quando mulheres grávidas são infectadas com a malária, a placenta pode ser atacada, prejudicando também o feto. Há algum tempo eram buscadas semelhanças entre tumores e a placenta, dado seu padrão de crescimento, mas só agora foi possível encontrar uma: a proteína da malária conecta-se ao mesmo carboidrato em ambos os tecidos.
A placenta é um órgão, que em alguns meses cresce a partir de poucas células em um órgão que pesa cerca de 1 quilo, e provê ao embrião oxigênio e alimentação em um ambiente relativamente estranho. De certa forma, tumores fazem o mesmo, eles crescem agressivamente em um ambiente estranho“, afirmou Ali Salandi, da Universidade de Copenhagen. Frente a isso, os pesquisadores se deram conta de que essa proteína criada pode também atacar as células do câncer, o que seria um grande passo rumo à cura da doença.
Conforme o estudo, publicado no Cancer Cell, testes já foram feitos em camundongosportadores de câncer e apresentaram resultados. Em até 4 anos, os pesquisadores desejam realizar testes em humanos, mas já avisam que o resultado pode ser um tiro pela culatra: há chances de que o organismo humano não consiga processar a quantidade de proteína de malária necessária para curar um câncer.

E quando o tema é saúde, todos os avanços e ajudas são importantes. Por isso, não poderíamos deixar de indicar o novo app brasileiro HealthMeApp, que funciona como uma grande rede colaborativa que permite indicar e buscar médicos. Disponível para iOS e Android, ele promete ser a resposta para atender uma demanda crescente da sociedade: a busca qualificada por indicações de médicos.
O cadastro no novo app pode ser vinculado à conta do Facebook do usuário. A grande vantagem dessa opção é a possibilidade de ver as indicações feitas por amigos conectados pela rede social. “Isso deixa a experiência ainda mais rica, pois além de ver indicações gerais sobre algum médico, você pode interagir com seus amigos para ter ainda mais informações sobre determinado profissional”, comenta Guilherme Magalhães, um dos criadores.

Blog Moisés Arruda

Curso atualiza em vigilância e controle de dengue e Chikungunya


O Ceará registrou este ano cinco casos de febre Chikungunya, todos importados de áreas endêmicas – três do município de Oiapoque, no Amapá, um da República Dominicana e um do estado da Bahia. Diante da ameaça de instalação da doença, a Secretaria da Saúde do Estado realizará de 19 a 23 de outubro, no Hotel Costa do Mar, Avenida Historiador Raimundo Girão, 1338, Meireles, em parceria com a Secretaria de Vigilância à Saúde do Ministério da Saúde, o Curso de Atualização em Vigilância e Controle da Dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus, três doenças transmitidas pelo mesmo vetor – o mosquito Aedes aegypti. Dirigido a técnicos de vigilância epidemiológica e de controle de vetores das Coordenadorias Regionais de Saúde da Sesa e das Secretarias Executivas Regionais de Fortaleza, o curso vai reforçar os conceitos da nova classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a dengue e fortalecer a estruturação da vigilância da febre Chikungunya no Ceará.
 
Em todo o Brasil foram registrados este ano 3.780 casos autóctones de febre Chikungunya, a maioria deles na Bahia, que tem 17 municípios com transmissão da doença, seguida do Amapá, com transmissão em cinco municípios, e Brasília. As informações estão na Nota Técnica publicada na terça-feira, 13 de outubro, pela Secretaria da Saúde do Estado. Com relação a essa doença, o documento avalia que “diante da circulação do vírus da dengue no estado do Ceará, a infestação do Aedes Aegypti em quase todos os municípios do estado e o fluxo intenso de turistas procedentes de áreas com transmissão, favorecem o risco de introdução e circulação viral”. A nota faz alerta “aos estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos para o aparecimento de casos suspeitos de Febre de Chikungunya, a fim de desencadear as ações necessárias de investigação epidemiológica e controle vetorial de forma oportuna, evitando a disseminação da doença”.
 
Em outra Nota Técnica publicada, a Secretaria da Saúde do Estado relata que na segunda quinzena de maio foi iniciada a coleta de amostras dos casos suspeitos de Zika Vírus de pacientes atendidos no Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ). Foram coletadas e encaminhadas 55 amostras para o Instituto Evandro Chagas, em Belém, no Pará. Até o momento, das 18 amostras processadas, 14 foram confirmadas, sendo 12 casos do município de Fortaleza, um em Pentecoste e um em Santana do Acaraú. As demais amostras permanecem em análise. Em função da circulação do vírus da dengue no estado do Ceará e seu curso clínico por vezes similar ao Zika Vírus, a nota alerta os serviços e profissionais de saúde a manterem "as rotinas que garantam o adequado seguimento do protocolo de manejo clínico nos casos de dengue, objetivando a redução da ocorrência de casos graves ou óbitos".
 
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado na sexta-feira, 9 de outubro, o Ceará confirmou este ano 50.583 casos de dengue em 168 municípios. Os casos graves da doença somam 756 confirmações e 62 óbitos. Maio é o mês com o maior número de confirmações, com 15.595 casos registrados, e setembro aparece com o menor número de casos, no total de 366.

Assessoria de Comunicação da Sesa