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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Cursos preparam profissionais para reduzir mais a mortalidade materna


Hemorragia é a segunda principal causa de morte materna no Ceará, conforme boletim de mortalidade materna divulgado nesta segunda-feira, 22,pela Secretaria da Saúde do Estado. Do total de 36 óbitos maternos por causas obstétricas diretas registrados em 2015, entre aborto, complicação no parto, embolia, hipertensão, inércia uterina, infecções puerperal, 13,5% foram por hemorragia.  Para reforçar a qualidade da atenção às mulheres em situação de hemorragia pós-parto, a Secretaria da Saúde do Estado realizará nos dias 1º e 2 de setembro, o curso “Manejo obstétrico da hemorragia pós-parto e pós-abortamento”. O curso terá a participação de 40 profissionais, entre médicos e enfermeiros, das unidades básicas e hospitais de Fortaleza e Região Metropolitana e também do SAMU 192.  

A capacitação faz parte do Projeto Zero Morte Materna por Hemorragias. “A finalidade é estruturar o processo de qualificação da atenção às situações de morbimortalidade em mulheres com hemorragia pós-parto, principalmente em áreas de difícil acesso e poucas tecnologias de cuidado”, diz Silvana Napoleão, supervisora do Núcleo da Saúde da Mulher, Adolescente e Criança, da Sesa.  Serão abordados assuntos relacionados a manejo ativo do terceiro período do trabalho de parto, manejo da hemorragia pós-parto, código vermelho obstétrico, manejo da mulher em situação de “near miss” (quase perda) com hemorragia obstétrica. “Serão debatidas e aprofundadas dicussões sobre mortalidade materna por hemorragia, onde mais ocorre no Estado, quais os serviços disponíveis e fluxos de atenção pactuados”, ressalta Silvana Napoleão. Zero Mortes Maternas por Hemorragia é um projeto da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com o Ministério da Saúde para a redução da morbidade e mortalidade maternal.

O curso “Manejo obstétrico da hemorragia pós-parto e pós-abortamento” é uma das ações do Governo do Estado no combate à mortalidade materno-infantil. Há um conjunto de ações e projetos focados na promoção da saúde da mulher e da criança. Um dos principais projetos é o Qualifica SUS Ceará, que está mobilizando e capacitando os municípios para a reorganização da rede de atenção à saúde, com melhorias para toda a população, incluindo as gestantes. Outra ação é a Rede Materno-Infantil, que tem proposta de novas diretrizes para mudança do modelo da atenção aplicado ao parto e ao nascimento, além da capacitação de gestores e profissionais de saúde para fortalecer iniciativas de hospitais e maternidades à mudança do modelo assistencial, como a inserção de enfermeiros obstetras na assistência ao parto e nascimento, por exemplo, debatido no III Seminário de Aprimoramento da Enfermagem Obstétrica, realizado no dia 1º de agosto deste ano.

O Ceará é um dos oito estados brasileiros que integram o Projeto Zero Morte Materna por Hemorragias. De acordo com Silvana Napoleão, com a implantação do projeto regional, serão desenvolvidos planos de ação para o uso do traje antichoque não pneumático (TAN) em áreas remotas. O Estado receberá 60 destes trajes, de longa durabilidade, e os participantes serão capacitados para seu correto uso e funcionamento. “Os trajes são utilizados para garantir a continuidade do fluxo sanguíneo em órgãos vitais da paciente com hemorragia como o cérebro, coração e pulmão, até que ela seja transferida para um local que possa prestar a assistência necessária ou para que sejam adotadas outras medidas, na própria unidade de saúde em que ela estiver. O traje faz a compressão da pelve e de membros inferiores do corpo”, explica.

A supervisora do Núcleo da Saúde da Mulher, Adolescente e Criança, da Sesa, enfatiza que o traje especial é mais um recurso na prevenção à mortalidade materno-infantil: “no entanto, o combate à mortalidade materna, que é um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, deve ocorrer antes do nascimento do bebê. O ideal é um pré-natal e procedimentos adequados no parto. Pela primeira vez o Estado vai contar com esse recurso, que é o traje especial. Mas a ideia é que ele seja uma alternativa utilizada somente quando for realmente necessário”.

Rede assistência materna estadual
Há quatro hospitais na rede pública do Governo do Estado que acolhem e atendem as gestantes. Desses, três ficam na capital: o Hospital César Cals, o Hospital Geral de Fortaleza e o Hospital José Martiniano de Alencar. O HGF tem emergência obstétrica que funciona 24 horas todos os dias. O Hospital José Martiniano de Alencar, há pouco de um ano, foi reformado e ampliado, com mais 10 berçários de médio risco garantidos aos recém-nascidos. O Hospital César Cals , no início deste ano passou a ter 20 novos leitos de UTI, construídos nos padrões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ainda 16 leitos de médio risco.  E a emergência obstétrica está com obras de ampliação e modernização sendo concluídas. Já no interior, especificamente na macrorregião Norte, as gestantes que precisam de assistência mais complexa são atendidas no Hospital Regional Norte, em Sobral, onde há 10 leitos de UTI neonatal e 30 berçários de médio risco.


Serviço:
Curso “Manejo obstétrico da hemorragia pós-parto e pós-abortamento”
Período: 1º e 2 de setembro de 2016
Local: Hotel Plaza Suítes - Rua Barão de Aracati, 94, Praia de Iracema
Horários: 8 às 17h30 (dia 1º) e 8h30 às 13 horas (dia 2)


Leia matéria: Ceará reduz mortalidades materna, infantil e fetal

Veja o boletim na íntegra sobre mortalidade materna




Assessoria de Comunicação da Sesa

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Seminário aprimora enfermagem obstétrica na assistência ao parto

Fortalecer iniciativas de hospitais e maternidades para a mudança do modelo assistencial e a inserção de enfermeiros obstetras na assistência ao parto e nascimento. Esse é o objetivo do "III Seminário de Aprimoramento da Enfermagem Obstétrica", que ocorrerá no dia 1º de agosto, das 8 às 17 horas, na Rua Barão de Aracati, 94, Praia de Iracema, em Fortaleza. O seminário é resultado de parcerias de um conjunto de instituições: Secretaria da Saúde do Estado, Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Hospital Sofia Feldman, Universidade Federal de Minas Gerais, Secretaria de Saúde do Município de Fortaleza, Associação Brasileira de Enfermagem Obstétrica/ Ce e Programa de Residência em Enfermagem Obstétrica da Universidade Federal do Ceará.

Enfermeiros obstetras, gestores e profissionais de saúde, do movimento de mulheres e de instituições de classe, no total de 150, participarão do seminário, que tem uma programação densa, com três palestras, mesa redonda e relatos de experiências. Uma das palestras, marcada para as 10 horas, aborda "O exercício da enfermagem obstétrica no Ceará: avanços e desafios, com a presidente da Associação Brasileira de Enfermagem Obstétrica, no Ceará, Francisca Alice Cunha Rodrigues. Em seguida, às 10h30min, terá início a mesa redonda "Aprimoramento em Enfermagem Obstétrica: experiências com o modelo colaborativo no parto e nascimento". Mediadora: Adriana Lima Melo, apoiadora do Ministério da Saúde. Antes, às 9h30min, ela fará a palestra "A Rede Cegonha no Brasil e no Ceará: desafios e perspectivas".

A Rede Cegonha foi lançada em 2011 pelo Ministério da Saúde para reforçar a assistência humanizada às mulheres acolhidas e atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde o momento da confirmação da gravidez até os dois primeiros anos de vida dos bebês. É a garantia do direito ao planejamento reprodutivo seguro e o nascimento, crescimento e desenvolvimento saudáveis tanto para as mães como para os bebês. Uma das diretrizes da Rede Cegonha está na mudança do modelo da atenção aplicado ao parto e ao nascimento.

Na estratégia Rede Cegonha estão previstos centros de partos normais, que funcionam em conjunto com as maternidades para humanizar o parto e o nascimento. Está prevista também a presença obrigatória dos enfermeiros obstetras no serviço. A Secretaria da Saúde do Estado há alguns anos já vem preparando os enfermeiros e enfermeiras. Em 2010, formou 140 especialistas em enfermagem obstétrica e neonatal, através de curso promovido em parceria com a Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/Ce), vinculada da Sesa, e apoio do Ministério da Saúde.


Mais informações com o Núcleo de Saúde da Mulher, Adolescente e Criança da Coordenadoria de Políticas e Atenção à Saúde (Nusmac /COPAS): (85) 3101. 5282/ 3101.5193


Assessoria de Comunicação da Sesa


quinta-feira, 30 de junho de 2016

Acupuntura alivia dores e traz qualidade de vida


As dores estavam insuportáveis. Esse é o relato mais fiel sobre o que sentia a dona de casa Maria Meires Augusta Coelho, moradora de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. Há um ano, ela faz tratamento de acupuntura no ambulatório do Hospital Geral Dr. César Cals e, desde então, a sensação é outra, diferente de quando iniciou as sessões. “Eu não conseguia nem andar. Tomava muitos remédios e nada. Agora, já me sinto bem melhor”, relata a paciente, que vem sozinha ao hospital sem nenhum problema.

O alívio nas dores sentido por dona Maria Meires se dá porque ela recorre ao tratamento da medicina tradicional chinesa (MTC). Ela não falta nenhuma sessão. Quanto mais ela faz as sessões, melhor se sente. A médica Maria Lúcia Viana de Oliveira, responsável pelo ambulatório explica que o paciente deve fazer no mínimo 10 sessões. Cada paciente irá responder ao tratamento de forma diferenciada. As melhorias podem inclusive acontecer na primeira sessão, mas cada caso é um caso. Por isso é importante a continuidade das sessões. “A acupuntura tem efeito cumulativo, por isso a resposta sem sempre é imediata. Quanto mais sessão, mais benefícios para a saúde”, diz.


A secretária Vilma Xavier da Silva sentia muitas dores na coluna e também sempre que precisava caminhar. Ela interrompeu o tratamento e percebeu logo o retorno das dores. Depois de um tempo sem fazer as sessões, ela retornou e promete não mais abandonar o tratamento. Além da coluna, ela vai tratar também as dores que sente nos pés por conta de um calo ósseo. “Sempre que eu fazia as sessões, eu me sentia melhor. Não pretendo mais interromper o tratamento, pois sei dos benefícios”, compromete a paciente.

A médica esclarece que o uso das agulhas no tratamento potencializa a fabricação de substâncias analgésicas, como a endorfina, pelo próprio organismo nos locais onde é indicado. “As agulhas favorecem a produção de endorfina, que dá sensação de bem estar, analgesia e relaxa a musculatura”, afirma. Por conta dessa ação, o tratamento é indicado para pacientes com dores crônicas, principalmente as musculoesqueléticas, dores articulares, artroses, atrites, osteoporose, estresse e depressão.

As sessões de acupuntura são realizadas no ambulatório do HGCC nas terças e quintas-feiras, sempre no horário de 14h às 17h. A indicação do tratamento é para os pacientes clínicos e cirúrgicos do hospital. O encaminhamento é feito pelos próprios médicos que atuam na unidade. Por semana, são atendidos 24 pacientes. No primeiro semestre de 2016, o HGCC realizou 576 atendimentos.

Assessoria de Comunicação do HGCC

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Informe orienta manejo de paciente com febre chikungunya

Embora o chikungunya não seja uma doença de alta letalidade, comporta-se de forma epidêmica, com elevada taxa de morbidade associada à artralgia persistente, tendo como consequência a redução da produtividade e da qualidade de vida. A observação consta do Informe Técnico – Febre Chikungunya, publicado pela Secretaria da Saúde do Estado, para orientar os profissionais de saúde sobre o manejo clínico de pacientes. Este ano, até o dia 4 de junho, foram confirmados 2.234 casos de chikungunya no Ceará. Dos 135 municípios com casos suspeitos notificados, foram confirmados casos em 44.
O Informe Técnico detalha diagnóstico diferencial, classificação de risco, orientação para tratamento, conduta clínica dos pacientes e orientação para conduta no domicílio. Pacientes que apresentem sinais de gravidade, alerta o documento, devem procurar diretamente uma emergência hospitalar, pois precisam ser internados. Os pacientes devem ser alertados sobre os sinais de gravidade e todos os profissionais médicos e enfermeiros da atenção básica, serviços de pronto atendimento e emergência devem ser treinados para identificar os sinais de gravidade.

Clique aqui para acessar o Informe Técnico - Febre Chikungunya

Assessoria de Comunicação da Sesa


Saúde fará testes de Aids dias 24 e 25 na Praça do Ferreira

Ampliar e facilitar o acesso ao exame e diagnóstico precoce e ainda assegurar o encaminhamento das pessoas vivendo com HIV/Aids aos serviços especializados são os objetivos da ação que a Secretaria da Saúde do Estado realizará nos dias 24 e 25 deste mês de junho, das 8 às 13 horas, na Praça do Ferreira. Após aconselhamento coletivo por profissionais de saúde, com entrega de preservativos, será iniciada a testagem rápida para HIV. O teste rápido de HIV é feito a partir da coleta de uma pequena quantidade de sangue da ponta do dedo e o resultado sai em 20 minutos. Deverão ser realizados 100 testes em cada dia. Nos casos de resultados reagentes, os profissionais responsáveis pela entrega do exame farão o segundo teste confirmatório e encaminharão a pessoa ao serviço especializado.

Para acabar com a Aids como uma ameaça à saúde pública, é necessária uma resposta acelerada e mais focada, utilizando dados melhores para mapear e atingir as pessoas nos locais onde estão ocorrendo mais infecções pelo HIV. A prevenção combinada é uma das metas da estratégia de aceleração da resposta adotada pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) para acabar com a epidemia da doença no mundo até 2030. Pelas metas de tratamento 90-90-90, os países devem garantir, até 2020, que 90% das pessoas vivendo com HIV estejam diagnosticadas, 90% destas pessoas estejam em tratamento e que 90% delas tenham carga viral indetectável, condição em que a quantidade de vírus presente no organismo é pequena.

O Brasil foi um dos primeiros países a fornecer tratamento gratuito para pessoas que viviam com Aids, em 1996, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em consequência dessa política de acesso universal, o Brasil teve uma queda acentuada na taxa de mortalidade associada à doença. O Brasil hoje tem uma das maiores coberturas de tratamento antirretroviral entre os países de média e baixa renda, com aproximadamente metade das pessoas vivendo com HIV recebendo o tratamento, enquanto que a média global é de 41%. Na prevenção combinada, o Brasil tem 80% de pessoas diagnosticadas para uma estimativa de 734 mil vivendo com Aids, 48% em tratamento e 40% com carga viral suprimida.

Hoje, cerca de 734 mil pessoas vivem com HIV e Aids no Brasil. Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de Aids no país. No Ceará, desde o primeiro caso conhecido em 1983, foram notificados 16.998 casos até dezembro de 2014. Em 2015, foram notificados até o mês de novembro 752 casos novos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Embora a epidemia de Aids esteja presente há mais de 30 anos no estado, quase 50% dos casos foram notificados nos últimos anos, entre 2007 e 2014. A epidemia de Aids apresentou uma tendência de crescimento nas taxas de detecção até 2012, e queda após este período, com estabilização nos anos seguintes.

A qualidade da assistência prestada nos serviços de saúde e o diagnóstico precoce são as principais estratégias para a redução mortalidade e morbidade à Aids. No Ceará funcionam 24 Serviços de Assistência Especializada em HIV/Aids (SAE), em 11 municípios. Na rede pública estadual, esses serviços especializados funcionam no Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ), Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS) e Centro de Saúde Meireles.

O objetivo destes serviços é prestar um atendimento integral e de qualidade aos usuários, por meio de uma equipe de profissionais de saúde. Os serviços no Ceará contam com médico infectologista e profissional de enfermagem e, em alguns serviços, a equipe é composta também de assistente social e psicólogo. Além do tratamento para o HIV/Aids, também é realizado testes para detecção do HIV e sífilis, bem como outros exames necessário para o melhor acompanhamento do paciente e a dispensação de medicamentos antirretrovirais.

Assessoria de Comunicação da Sesa


quinta-feira, 19 de maio de 2016

USO ABUSIVO DE DESCONGESTIONANTE NASAL PODE CAUSAR ARRITIMIA E PRESSÃO ALTA

Basta a temperatura cair para muita gente sacar de bolsos e gavetas os frascos de descongestionantes nasais. Com a chegada de noites mais frias, a incidência de gripes, resfriados e alergias respiratórias aumenta. Um prato cheio para apelar para tais medicamentos. No entanto, o hábito de pingar continuamente o remédio no nariz, além de viciar, mascara um enorme perigo para a saúde do coração.
A longo prazo, os efeitos dos descongestionantes elevam o risco de trombose e formação de coágulos. Na mucosa nasal, o uso abusivo provoca uma reação inflamatória, fazendo com que seja preciso quantidades cada vez maiores do remédio para se obter bem-estar.
– O alívio da congestão nasal é imediato. Por isso, a pessoa acha que está fazendo um grande negócio. Mas é só um paliativo – diz o otorrinolaringologista Jair de Carvalho e Castro, do Hospital Samaritano do Rio.
Segundo o médico, o correto é buscar ajuda para descobrir e tratar a causa do entupimento das narinas, que pode ser sinusite, desvio de septo ou pólipo nasal, entre outras.
Lavar as narinas com soro fisiológico ou solução de água com sal e bicarbonato é uma boa alternativa para aliviar a congestão sem remédios, ensina Jair de Carvalho e Castro. Para quem já se viciou nos descongestionantes, o tratamento é feito com medicamentos orais e injetáveis que visam à recuperação da mucosa do nariz.


Postado por Sobral de Prima às 16:20  

terça-feira, 10 de maio de 2016

Bioética e zika pautaram debate em seminário internacional

Que populações priorizar quando há recursos escassos para a execução de políticas públicas de saúde? Como lidar com as informações dos pacientes em meio à epidemia de zika diante da urgência de se compartilhar dados para garantir o avanço dos estudos sobre a doença? Dilemas éticos como esses estiveram no centro das discussões da quarta edição do seminário Global Health Ethics na última quinta-feira (5/5). Iniciativa do Centre for Global Health Histories da Universidade de York e da Organização Mundial da Saúde (OMS), o evento é promovido pela primeira vez na América, com organização da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).
A importância das discussões éticas relacionadas a questões de saúde global e de saúde pública foi ressaltada pela conselheira regional em bioética da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Carla Saenz. “O trabalho em saúde pública tem silenciado muito no que se refere aos temas de ética. Assumiu-se que promover a saúde da população é algo fácil e que ter boa intenção basta para fazê-lo de maneira ética”, diz. Ela rechaçou a visão de que as questões éticas possam resolvidas puramente recorrendo-se à legislação. “Assumiu-se que a lei resolve todas as questões éticas. Porém, não se tratam de problemas da lei. A lei não deve governar toda a nossa vida moral”, afirmou.
Diante da atual epidemia de zika, por exemplo, e das questões éticas que surgem em relação ao seu enfrentamento e ao desenvolvimento de pesquisas sobre a doença, a Opas desenvolveu um relatório com recomendações de ética sobre o tema, revelou Carla. O documento, que será lançado em algumas semanas, trará orientações em três campos. Referente à atenção à saúde, o primeiro será dedicado à questão das mulheres em idade fértil, que inspiram maior atenção em razão dos riscos a que estão expostas. Outra seção, voltada à saúde pública, analisará como levar adiante intervenções de vigilância. Por último, o relatório abordará questões relativas a pesquisa.
“Não sabemos muitas coisas [sobre a doença], e tomar decisões é muito desafiador, então o tema final é a pesquisa, sobretudo a pesquisa com seres humanos”, disse Carla, sem adiantar quais serão as recomendações do relatório em cada um dos três campos. Elaborado a partir de consultas a especialistas em bioética da região, o documento está em revisão e, depois de passar por um processo de aprovação, estará disponível gratuitamente na página da Organização Pan-americana da Saúde.
Pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) Sergio Rego, dedicado à temática da bioética, afirmou que as decisões sobre saúde pública não devem ser tomadas apenas por autoridades ou profissionais da área. “Em relação ao zika vírus, por exemplo, haverá uma série de decisões muito importantes que não devem ser levadas à frente sem que o debate seja estendido à sociedade. Como e por quem a vacina e medicamentos serão testados? Como dar suporte às crianças com microcefalia e outras lesões neurológicas ocasionadas pelo vírus? A mulher terá o direito de interromper a gravidez? É preciso colocar reflexões como estas nas ruas e nos gabinetes para planejar previamente as ações”, avaliou.
Zika: os desafios bioéticos do compartilhamento de dados
Ao abordar a importância da coleta de dados em momentos de epidemias, Abha Saxena, da Organização Mundial da Saúde (OMS) também reforçou a necessidade de se envolver a população nas discussões. “Há muitos desafios implícitos na coleta de dados que devemos endereçar abertamente. Como coletar dados e manter as pessoas envolvidas de forma a inspirar-lhes confiança?”, questionou.
Na avaliação dela, da epidemia de ebola na África até o atual surto de zika, houve avanço no debate de questões referentes aos limites do compartilhamento de informações. “Uma vez que os dados sejam coletados, o que se deve compartilhar? Com quem e em que medida deve-se compartilhá-los de forma a evitar a estigmatização das populações das quais esses dados foram coletados?”, questionou Abha.
A importância de se levar em considerações os pontos de vista locais no que se refere a questões de saúde global também foi defendida pelo diretor do Centre for Global Health Histories, Sanjoy Bhattacharya. “A bioética nos permite desenvolver um enquadramento moral e equitativo a partir do qual podemos fazer uma pesquisa e entender melhor as pessoas que estamos tentando ajudar”, disse. “Uma vez que se entenda que as considerações éticas locais são importantes, é preciso compreender a política, a economia e os determinantes sociais locais para que se gerem políticas públicas adequadas.”
Para a pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz Magali Romero Sá, uma das organizadoras do seminário, importantes discussões bioéticas atuais - como as que foram travadas no evento -devem ser ampliadas e levadas além dos círculos científicos. “Há diversas discussões éticas em pauta hoje, no que se refere à zika e à microcefalia, como a questão das mulheres grávidas e o debate sobre o aborto. Há ainda a questão da utilização de mosquitos transgênicos e inoculados com a bactéria Wolbachia como forma de combater doenças como zika e dengue. É preciso explicar à população por que isso está sendo feito e quais os benefícios esperados”, disse.

quinta-feira, 17 de março de 2016

Sesa divulga notas técnicas sobre chikungunya e zika


 A Secretaria da Saúde do Estado divulgou as Notas Técnicas sobre Notificação de Casos de Febre Chikungunya e sobre a Vigilância do Zika Vírus no Ceará. Baseadas em recomendações da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) e destinada às coordenadorias regionais de saúde (CRES), municípios, hospitais, clínicas, unidades de saúde e laboratórios, as Notas Técnicas alertam sobre as alterações na notificação de casos de chikungunya e orientam os serviços e profissionais de saúde sobre a notificação compulsória de todos os casos supeitos de zika.

Veja aqui a Nota Técnica Notificação de Casos de Febre de Chikungunya

Veja aqui a Nota Técnica Vigilância do Zika Vírus no Ceará






Assessoria de Comunicação da Sesa

quarta-feira, 9 de março de 2016

Epidemia de zika deve durar cinco anos, diz especialista em vírus

Em cinco anos, o vírus da zika deve deixar de circular entre nós. Pelo menos, esse é o palpite do norte-americano Scott Halstead, 86, uma das maiores autoridades do mundo quando o assunto é vírus transmitidos por mosquitos. Em entrevista à revista Science, ele afirmou que quando 80% da população pega o vírus, ela se torna imune a ele e, por isso, a transmissão acaba sendo bloqueada.
Halstead baseia suas ideias em pesquisas feitas por ele sobre o chikungunya na Tailândia nos anos 1960. "Estudamos intensivamente chikungunya e ele estava em todos os lugares na Tailândia. Mas, por volta de 1975, o chikungunya simplesmente desapareceu do país", afirma. O chikungunya é transmitido pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito transmissor da dengue e zika.
Segundo ele, o vírus tornou-se endêmico no país porque houve uma elevação na população do mosquito Aedes aegypti e de habitantes. "Quando eu estava na Tailândia, cada casa tinha ao menos seis pessoas vivendo. Na década de 1970, o planejamento familiar foi introduzido no país e as pessoas passaram a ter apenas dois filhos por família. Com menos pessoas, foi reduzida a porcentagem da população suscetível que mantinha o vírus circulando", explica.
O cientista explica que o ciclo entre a epidemia do vírus e seu desaparecimento se repetiu na Índia, quando o chikungunya deixou a África e atingiu o país, em 1963.
[O chikungunya] desapareceu do país [Índia] em mais ou menos cinco anos. É o mesmo com a zika
Scott Halstead afirma que os vírus costumam "sumir" e voltar décadas mais tarde a atingir a população de maneira importante. Na entrevista à Science, ele diz que uma epidemia de chikungunya foi descrita na década de 1870 pelo médico de um sultão de Zanzibar, arquipélago que fica na costa da Tanzânia, na África.
"Ele viu o vírus aparecer em Zanzibar, cruzar o oceano Índico e criar uma epidemia na Índia. Em conversas com pessoas mais velhas que viviam em Zanzibar, o médico notou que uma epidemia ocorrida em 1823 havia se espalhado do Cabo da Boa Esperança para o Caribe", conta. Ele afirma, no entanto, que as causas dessa periodicidade é um mistério.

Anticorpos contra dengue podem ter modificado zika

Halstead ainda tem outro palpite: os anticorpos produzidos durante epidemias de dengue são capazes de tornar infecções pelo vírus da zika mais severas, e isso estaria por trás do aumento dos casos de microcefalias em bebês e de síndrome de Guillain-Barré em adultos. Isso aconteceria porque a zika é geneticamente muito parecida com a dengue.
"Anticorpos da dengue estão tornando o vírus da zika mais complexo. O sistema imunológico está infectando monócitos (grupo de células que tem a função de defender o organismo de corpos estranhos), então há uma quantidade muito maior de vírus produzido. Talvez, a partir de uma determinada concentração de vírus, ele ganhe a capacidade de atravessar a placenta", afirma.
Ele considera essa uma hipótese muito provável. "Eu apostaria muito dinheiro nisso", brinca.
Do UOL, em São Paulo

terça-feira, 8 de março de 2016

IPC alerta para importância do diagnóstico precoce do câncer


  Nesta terça-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Instituto de Prevenção do Câncer chama a atenção para a importância da prevenção do câncer de mama e colo do útero. Com o objetivo de cuidar e tirar dúvidas sobre a doença, até o dia 10 de março, no turno da manhã, a equipe de enfermagem estará em um stand, no salão principal, distribuindo folhetos e orientando o público sobre prevenção e tratamento.

Dentre todos os tipos de câncer, o do colo de útero é o que apresenta um dos mais altos índices de cura, se diagnosticado precocemente. A prevenção da doença é feita através da realização regular de exames preventivos, sobretudo o Papanicolau, que detecta a doença nos estágios iniciais, aumentando assim as chances de sucesso do tratamento. O exame é simples e é realizado com a coleta de material do colo do útero, utilizando espátula e escovinha. Todas as mulheres que tem ou já tiveram atividade sexual, principalmente aquelas com idade de 25 a 64 anos devem fazer. Mulheres grávidas também podem fazer o preventivo.

O meio mais comum de contágio da doença é através da infecção pelo vírus HPV. Além de aspectos relacionados à infecção pelo vírus, outros fatores ligados a imunidade, genética e comportamento sexual parecem influenciar na contaminação. Desta forma, o tabagismo, a iniciação sexual precoce, a multiplicidade de parceiros sexuais e o uso prolongado de contraceptivos orais são considerados fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de colo do útero.


Já o câncer de mama, os fatores de risco são: idade avançada, exposição prolongada aos hormônios femininos, o excesso de peso e o histórico familiar. Além disso, mulheres que não tiveram filhos ou tiveram o primeiro filho após os 35 anos, não amamentaram, fizeram uso de reposição hormonal, menstruaram muito cedo (antes dos 12 anos) e entraram mais tarde na menopausa (acima dos 50 anos). No entanto, há casos de mulheres que desenvolvem a doença sem apresentar fatores de riscos citados. O tratamento varia de acordo com a gravidade da doença e das condições biológicas da paciente. O primeiro passo é fazer o diagnóstico completo com análises clínicas e biópsia para descobrir se o tumor é benigno ou maligno. Então, o médico faz a indicação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia ou das práticas combinadas, de acordo com cada caso.


Instituto de Prevenção do Câncer

O Instituto de Prevenção do Câncer foi o primeiro serviço de prevenção do câncer no Ceará. Inicialmente, realizava somente a prevenção do câncer genital feminino. Depois incorporou outros serviços, entre eles diagnóstico precoce do câncer de mama e pele. O acesso dos pacientes aos serviços ocorre através das centrais de marcação de consultas do Estado e do município de Fortaleza. Atualmente, a unidade conta com  catorze ambulatórios, divididos em serviços de enfermagem, mastologia e ginecologia. Além dos setores de mamografia, ultrassonografia e o centro cirúrgico, para cirurgias de retirada de nódulo na mama, conização do colo do útero (procedimento cirúrgico no qual um pedaço em formato de cone é retirado do órgão para a realização de uma biópsia) e pele para os pacientes atendidos na instituição. O IPC tem uma equipe multidisciplinar, formada por ginecologistas, mastologistas, enfermeiros, radiologistas e dermatologistas.

Especial Mês da Mulher



Como parte da série de matérias focadas na saúde do público feminino, em homenagem ao Dia da Mulher, o IPC publica todas as terças-feiras do mês de março a série “Se cuidar também é um ato de amor”. Nesta terça-feira, 8, será publicada uma matéria especial sobre câncer de mama.

Assessoria de Imprensa - IPC/ Lacen / CIDH 

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Regionais da Sesa promovem ações de enfrentamento ao Aedes aegypti

Um dia planejado para a cidade toda ficar envolvida com ações de prevenção ao mosquito, desde  a distribuição de folder casa a casa, de comércio em comércio, de escola em escola, de igreja em igreja, até o telamento de caixas d`água. Será assim em Itapipoca na próxima terça-feira, 1º de março, uma ideia da 6ª Coordenadoria Regional da Secretaria da Saúde do Estado, que será desenvolvida juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde, Câmara de Dirigentes Lojistas, Ordem dos Advogados do Brasil e outras instituições. Tudo para envolver todos os segmentos e a população na prevenção e controle do Aedes aegypti que, além da dengue, transmite a chikungunya e a zika, com o agravante de que há, em diferentes Estados, casos de microcefalia confirmados de relação com a zika. No Ceará, há um caso de microcefalia relacionado à zika.

 A programação na terça-feira começa às 7h30min, na Praça São Sebastião, no Centro de Itapipoca, com uma caminhada que sai às ruas de diferentes bairros da cidade. Há bairros que estão com índices de infestação do mosquito altos, como o Boa Vista, com 4.34%, Contendas, com 4,14% e Madalena com 3,20%. Só é considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde quando de 100 imóveis visitados em apenas um os agentes encontram focos do Aedes aegypti. Durante a caminhada quem estiver pelo caminho receberá folderes e botons da campanha ¨Todos contra o mosquito¨, elaborada e lançada pelo Governo do Estado. Ao mesmo tempo em que mobiliza a população para atitudes de cuidados permanentes com tudo que pode acumular água e servir de criadouros para o mosquito, a "cruzada", como o coordenador da 6ª CRES, Mário Couto, chama a ação do dia 1º de março, inclui também o telamento de  caixas d´água. Nesta sexta-feira, 26 de fevereiro, a Secretaria da Saúde do Estado liberou 30 rolos de telas, suficientes para vedar 750 imóveis em Itapipoca. 
 
Nas áreas de abrangência das regionais de saúde de Russas e Sobral, além de caminhadas, mobilizações nas escolas, está sendo priorizada a capacitação das brigadas nos órgãos públicos, criadas a partir de decreto do Governador do Estado, Camilo Santana. Segundo o coordenador da  9ª CRES, Israel Guimarães Peixoto, foram capacitados mais de 800 agentes públicos para atuação nas brigadas de inspeção nos prédios públicos,  incluindo prefeitos, secretários municipais, professores, profissionais da saúde, servidores públicos na região de saúde de Russas. A região é  formada  pelos municípios de Jaguaretama, Jaguaruana, Morada Nova, Palhano e Russas. Há brigadas em todos os prédios públicos, incluindo os municipais, estaduais e federais, responsáveis pela inspeção de focos do mosquito para evitar que se multipliquem e ameacem ainda mais a saúde da população.
 
A coordenadora da 11ª CRES, Lucila Magalhães Rodrigues, afirma que o trabalho de prevenção e controle do mosquito na área de abrangência da região é intenso. Ela mostra, com empolgação, através do celular, fotos e imagens de diferentes mutirões nos municípios, treinamentos das brigadas, reuniões da Comissão Intergestores Regional (CIR) com a pauta enfrentamento à microcefalia, realização de dia "D", mobilizações nas escolas com os estudantes sendo importantes agentes de informação de prevenção ao mosquito. 

Assessoria de Comunicação da Sesa

Oficina capacita para substituição de vacina antipólio

A Secretaria da Saúde do Estado inicia nesta segunda-feira, 29 de fevereiro, as oficinas macrorregionais para apresentação das estratégias para a erradicação da poliomielite no mundo até 2018.  A partir de abril deste ano, os países devem substituir a vacina oral trivalente pela oral bivalente, principal estratégia do plano de erradicação da paralisia infantil, que deve ser adotada globalmente e de forma simultânea em todos os países que ainda utilizam a vacina oral, como o Brasil, onde a poliomielite foi erradicada em 1989. A primeira oficina de capacitação dos coordenadores de imunizações dos municípios e das coordenadorias regionais de saúde acontecerá em Fortaleza, no auditório Waldir Arcoverde, Avenida Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema, a partir das 10 horas, envolvendo as regiões de saúde de Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Baturité, Itapipoca e Cascavel.

O Brasil é um dos países que mais consegue vacinar e já eliminou doenças graves de circulação. A poliomielite foi erradicada no Ceará em 1988 e, no Brasil, em 1989. Há 28 anos nenhum caso de paralisia infantil é registrado no Estado, mas para manter a doença cada vez mais longe das crianças o Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde mobilizam todos os anos as famílias para a Campanha Nacional de Vacinação. Há alguns países ainda com registro de casos, onde a poliomielite é considerada endêmica, segundo a Organização Mundial de Saúde. Hoje a doença afeta um número reduzido de crianças ao redor do mundo. No entanto, essa situação pode mudar rapidamente se a erradicação não for completa, uma vez que a doença tem potencial epidêmico. A substituição da vacina oral trivalente pela oral bivalente é parte de um processo gradual que deverá ser concluído entre 2019 e 2020 o encerramento da utilização de vacina oral contra a pólio em todo o mundo.

As oficinas de capacitação de coordenadores de imunização terão continuidade no dia 1º de março, terça-feira, em Quixadá, para os municípios das regiões de saúde da Macrorregião do Sertão Central; 2 de março, quarta-feira, em Limoeiro do Norte, para os municípios das regiões de saúde da Macrorregião Litoral Leste/Jaguaribe; 3 de março, quinta-feira, em Sobral, para os municípios das regiões de saúde da Macrorregião de Sobral; e em 4 de março, sexta-feira, em Juazeiro do Norte, para os municípios das regiões de saúde da Macrorregião do Cariri.


CALENDÁRIO DAS OFICINAS


Data
Regiões de Saúde
Local
Hora
29/02/2016
1ª – Fortaleza
2ª – Caucaia
3ª – Maracanaú
4ª – Baturité
6ª – Itapipoca
22ª – Cascavel
Auditório Waldir Arco Verde/SESA/Fortaleza/CE
10 às 13hs
01/03/2016
5ª – Canindé
8ª – Quixadá
14ª – Tauá
Auditório da CRES Rua Dr. Eudásio Barroso nº 847, Centro, Quixadá -CE.
10 às 13hs
02/03/2016
7ª – Aracati
9ª – Russas
10ª – Limoeiro do Norte
Auditório da Secretaria  Municipal de Assistência Social de Limoeiro do Norte. Localizado na rua Sindulfo Chaves, 1889. Ao lado da rodoviária.
10 às 13hs
03/03/2016
11ª – Sobral
12ª – Acaraú
13ª – Tianguá
15ª – Crateús
16ª – Camocim
Auditório do  Hospital  Regional  Norte, Avenida John Sanford , 1505  Bairro Junco/ Sobral /CE.
10 às 13hs
04/03/2016
19ª – Brejo Santo
20ª – Crato
21ª – Juazeiro do Norte
17ª – Icó
18ª - Iguatu
Auditório do CEREST
Endereço: R. Tab. João Machado, 195 - Santa Tereza, Juazeiro do Norte - CE
11 às 14hs



Assessoria de Comunicação da Sesa

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Saúde capacita profissionais do Cariri em microcefalia e arboviroses



O auditório do Centro de Eventos do Cariri, no dia 24 deste mês, ficará lotado de médicos e enfermeiros e de coordenadores e técnicos de vigilância epidemiológica das cinco regiões de saúde que integram a macrorregião do Cariri – Crato, Juazeiro do Norte, Brejo Santo, Icó e Iguatu. Cerca de 450 profissionais participarão do "Simpósio estadual para vigilância epidemiológica e assistência de microcefalia e arboviroses", que a Secretaria da Saúde do Estado realizará das 13 às 18 horas.

Sete temas, além da abertura feita pelo coordenador da Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Márcio Garcia, relacionados à microcefalia, zika, dengue e chikungunya, que estão na rotina de atendimento dos profissionais, serão abordados por especialistas durante o simpósio. Entre os temas, destaques para "Microcefalia congênita", que será abordada pelo obstetra do Hospital Geral César Cals, Manoel Martins Neto. "Como reconhecer casos de crianças afetadas pela zika intraútero" será o tema apresentado pela neonatologista e geneticista do Hospital Infantil Albert Sabin, Erlane Marques Ribeiro.

Daniele Rocha Queiroz Lemos, supervisora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, falará sobre o "Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia e malformações congênitas relacionadas a infecções perinatais". Outro assunto abordado: "Diagnóstico laboratorial da etiologia da microcefalia", por Fernanda Montenegro de Carvalho Araújo, responsável pelo diagnóstico das arboviroses do Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará – Lacen, da rede pública do Governo do Estado.

Como as arboviroses dengue, zika e chikungunya só existem porque há o mosquito transmissor, o simpósio também traz o tema "Ferramentas disponíveis e perspectivas para o controle do Aedes aegypti", com o biólogo e professor da Faculdade de Medicina da UFC, Luciano Pamplona. O infectologista e presidente do Comitê Estadual de Investigação dos Óbitos por Dengue, Afonso Bezerra Lima, participa da programação do simpósio, falando sobre "Manejo clínico da dengue, chikungunya e zika".

Mais informações com o Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvep/Coprom/Sesa) - (85) 3101.5214  e secretarias municipais de saúde

Assessoria de Comunicação da Sesa

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Iniciativas comunitárias são exemplos de combate ao mosquito


As iniciativas da sociedade que se somam às ações de governo para o combate ao Aedes aegypti são fundamentais para o controle da transmissão da dengue, da febre chikungunya e da zika. A luta contra o mosquito transmissor amplia sua abrangência no Ceará e já envolve empresas, organizações não-governamentais e de classe, clubes de serviço, organismos multilaterais, igrejas, escolas e até famílias que se dispõem a dedicar tempo e trabalho para sustentar a mobilização de todos contra o mosquito. Diariamente, a Secretaria da Saúde do Estado recebe solicitações de apoio para as iniciativas das mais diversas instituições e organizações, entre essas a Base Aérea de Fortaleza, Sindiônibus, Unimed, Hospital Cura Dars, Coelce, Ambev, Metrofor, Ceará Portos e organizações comunitárias.

Nesta sexta-feira, 12 de fevereiro, às 8 horas, cerca de 150 alunos da Escola de Ensino Fundamental Luís de França, no bairro Bom Jardim, sairão às ruas do entorno, a partir da Rua Oscar Araripe, acompanhados dos pais e professores, para executar o projeto pedagógico de mobilização casa a casa para o combate ao Aedes aegypti. No outro lado da cidade, no Cambeba, a dona de casa Jaqueline dos Santos e a sobrinha Patrícia Florêncio, auxiliar administrativa, já preparam o material para visitar as casas de cinco quarteirões do bairro, no sábado, 20 de fevereiro, como reforço ao trabalho de prevenção no sábado da faxina, como orientam as campanhas de controle do mosquito. A família de Jaqueline dos Santos vai distribuir panfletos, orientar as donas de casa e pregar cartazes em locais como as paradas de ônibus do bairro para mobilizar os moradores.

Controle do mosquito no Selo Unicef

No combate ao Aedes aegypti, as iniciativas comunitárias têm tanta importância e efetividade quanto as grandes estratégias de mobilização, como que fará o escritório regional do Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, que reunirá 140 municípios na quarta e quinta-feira, dias 17 e 18 de fevereiro, para o lançamento do Selo Unicef 2016, que nesta edição incluirá o controle do mosquito como um dos critérios de avaliação. O Selo Unicef é uma iniciativa baseada na mobilização social pela garantia dos direitos da infância e adolescência. Os municípios inscritos no programa comprometem-se a planejar e desenvolver ações pelo alcance de objetivos nas áreas de educação, saúde, proteção e participação social de crianças e adolescentes.

No Ceará, no período de novembro de 2015 até o dia 4 de fevereiro, há oito casos de microcefalia confirmados no Estado, sendo um confirmado de relação com a Zika, que é o do óbito de uma criança em Tejuçuoca. Os outros são relacionados a infecção perinatal. Em relação à dengue, foram confirmados este ano, até o dia 6 de fevereiro, 216 casos. Sobre a febre chikungunya, também transmitida pelo mosquito Aedes, nos 14 casos registrados no Ceará a transmissão ocorreu fora do Estado. Em 11 casos, os pacientes estiveram visitando países com transmissão da doença, como Haiti, República Dominicana e Suriname. Portanto, casos importados. Nos outros três casos os pacientes contraíram a doença em Pernambuco.


Assessoria de Comunicação da Sesa

Secretaria da Saúde capacita profissionais no combate ao barbeiro

A principal causa da doença de Chagas no Brasil é a transmissão vetorial. Para reforçar as ações de combate ao Triatoma brasiliensis, conhecido como barbeiro, inseto transmissor da doença de Chagas, a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, por meio do Núcleo de Controle de Vetores (Nuvet), da Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde, realiza nesta segunda-feira, 15, das 8h30 às 15h30, a Oficina de Implantação da Rede de Monitoramento da Suscetibilidade das Populações Triatomínicas Brasileiras aos Inseticidas, no Auditório Waldir Arcoverde da Sesa, na Av. Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema. Participarão da oficina coordenadores de endemias e supervisores de campo dos 25 municípios selecionados para início das ações. “A expectativa é de trabalharmos inicialmente com 100 localidades que têm o índice de prevalência”, diz a assessora técnica responsável pelo Programa de Controle da Doença de Chagas, a bióloga Cláudia Mendonça.
 
De acordo com a assessora técnica, a classificação dos municípios foi feita segundo os critérios de vulnerabilidade social e ecológica, onde há alto risco para transmissão vetorial. Além do Nuvet no Ceará, outros dois laboratórios brasileiros foram selecionados para o monitoramento, o laboratório da Universidade de Brasília e também o da Superintendência de Controle de Endemias de Mogi Guaçu, São Paulo. “Para a implantação da rede de monitoramento, a oficina é a primeira etapa desse processo, com a capacitação dos coordenadores de endemias e supervisores de campo. Em seguida, serão realizadas as visitas domiciliares, a coleta dos insetos e os testes em laboratório para avaliar se há resistência ao inseticida”, explica Cláudia Mendonça.
 
A oficina de implantação da rede de monitoramento terá a participação da bióloga Grasielle Caldas D'ávila Pessoa, do Centro de Pesquisas Rene Rachou da Fiocruz de Minas Gerais. Na programação, rodas de conversa sobre a resistência dos triatomíneos aos inseticidas; a coepidemiologia das espécies de triatomíneos cuja suscetibilidade será monitorada, com ênfase no Triatoma brasiliensis; orientações para coleta, acondicionamento e transporte de triatomíneos; estabelecimento do cronograma e fluxo de encaminhamento das amostras ao Nuvet; avaliação e outros encaminhamentos para planificação da Rede de Monitoramento da Suscetibilidade das Populações Triatomínicas Brasileiras aos Inseticidas no Ceará.
 
Doença de Chagas
Ainda não há vacina contra a doença de Chagas e sua incidência está diretamente relacionada às condições habitacionais. Manter a casa limpa, organizada e bem arejada, porque o inseto gosta de lugares escuros, sujos e com frestas para se esconder; aplicação de inseticidas e utilização de telas em portas e janelas são algumas das medidas preventivas que devem ser adotadas, principalmente em ambientes rurais. A melhor forma de prevenção é o combate ao inseto transmissor.
 
A transmissão ocorre a partir do contato das fezes contaminadas do barbeiro pelo Trypanosoma cruzi, quando este tenta se alimentar de sangue das pessoas ou animais, como: porcos, cães, galinhas. Pode ocorrer também na transfusão de sangue, transplante de pessoas com a doença, ingestão de alimentos contaminados e recém-nascidos de mulheres portadoras da doença de Chagas.
 
Febre, aparecimento de gânglios, crescimento do baço e do fígado, alterações elétricas do coração e/ ou inflamação das meninges são os sintomas nos casos graves. Na fase aguda, os sintomas duram de três a oito semanas. Na crônica, os sintomas estão relacionados a distúrbios no coração e/ ou no esôfago e no intestino. Cerca de 70% dos portadores permanece de duas a três décadas na chamada forma assintomática ou indeterminada da doença. 
 
Ainda na fase aguda pode acontecer uma inflamação no coração, provocando falta de ar intensa, tosse e acúmulo de água no coração e pulmão. Se a pessoa for picada pelo barbeiro, pode aparecer lesão semelhante a furúnculo no local.
 
 
Serviço:
Oficina de Implantação da Rede de Monitoramento da Suscetibilidade das Populações Triatomínicas Brasileiras aos Inseticidas
Data: 15 de fevereiro (segunda-feira)
Horário: 8h30 às 15h30

Local: Auditório Waldir Arcoverde da Sesa, na Av. Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema

Assessoria de Comunicação da Sesa

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

COMBATE AO VÍRUS PESQUISADORES BRASILEIROS VÃO DESENVOLVER SORO CONTRA O ZIKA A PREVISÃO É QUE O SORO FIQUE PRONTO EM ATÉ TRÊS ANOS


Parceria firmada entre o Instituto Vital Brazil, laboratório do governo do Rio, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) prevê desenvolver um soro contra o vírus Zika. A previsão é que o soro fique pronto em até três anos.
O diretor científico do Vital Brazil, Cláudio Maurício de Souza, disse que a expectativa é que o soro funcione da mesma forma que o soro antirábico. “A ideia é que, uma vez sendo administrado em um paciente com o vírus Zika, ele [o soro] vai reconhecer as partículas virais, vai se ligar na capa protetora dessas partículas promovendo a sua inativação”.
Para Souza, o soro poderá, inclusive, proteger gestantes contra o vírus. “A gente acredita que esse soro vai ser uma ferramenta terapêutica bastante útil, que vai ajudar bastante na proteção da gravidez das mulheres no Brasil”.
De acordo com o presidente do instituto, Antônio Werneck, uma vez aplicado o soro em grávidas, tão logo seja confirmado o diagnóstico, poderá evitar que o vírus entre em contato com o feto provocando a microcefalia, uma malformação que afeta o tamanho adequado da cabeça do recém-nascido. O Ministério da Saúde confirmou 230 casos de microcefalia no país causados pelo vírus Zika.
O vírus Zika é transmitido pelo mosquitoAedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. Os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em até sete dias.
A doença se assemelha com a dengue por ter sinais semelhantes, como febre, manchas pelo corpo com coceira, dor de cabeça e nas articulações, enjoo e dores musculares. Em alguns casos, o paciente pode apresentar olhos vermelhos.
Antes de chegar para uso humano, o soro será testado em animais.(ABr)


Mosquito Aedes agypti: todo mundo tem que combater


Motivos não faltam para todo mundo combater o Aedes aegypti e ter mais cuidados do que nunca. O mosquito é bem perigoso. Transmite três doenças: dengue, Chikungunya e Zika. Para as grávidas o perigo ficou ainda maior porque a Zika, segundo o Ministério da Saúde, está relacionada com os casos de microcefalia nos bebês. Conforme o último boletim epidemiológico, elaborado e divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado foram notificados 193 casos suspeitos de microcefalia relacionados ao vírus Zika de 2015 até a última sexta-feira, 8 de janeiro, em 48 municípios.

A dengue, somente em 2015, deixou 55.588 pessoas doentes em 172 municípios cearenses. Total de óbitos: 72. Da Zika não há registro do número de casos, com o primeiro ano de circulação da doença no Estado, com comprovação no laboratório Evandro Chagas, em Belém, tendo ocorrido no ano passado. O Evandro Chagas é a referência de laboratório do Ministério da Saúde para o Ceará e todos os Estados do Nordeste e Norte. Já em relação a Chikungunya, os 11 casos notificados no Ceará de 2014 a 2015 são todos importados, de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como a República Dominicana, Suriname e Taiti.

Como evitar essas doenças? Não deixando o mosquito Aedes aegypti nascer dentro de casa, na escola, no condomínio, na empresa, na igreja, nas quadras de futebol, nas praças. E não deixar nascer é ter cuidado com tudo, até mesmo uma tampinha de refrigerante ou um copo descartável jogado numa calçada, na rua, que podem acumular água. A fêmea põe os ovos e no primeiro contato com gotinhas de água eclodem, viram larvas, pupas e depois o mosquito adulto. Tudo isso muito rápido. Com as condições de temperatura e umidade do Ceará, em oito dias o ovo, em contato com água, vira mosquito adulto e sai

Mobilização social

A participação e envolvimento da população são fundamentais na prevenção e controle do mosquito. Quanto mais informações e mobilizações melhor para intensificar a prevenção. Ciente disso, o Governo do Estado realiza a campanha ¨Todos contra o mosquito¨, com veiculação em tvs, rádios, com folderes e cartazes já distribuídos em todo o Estado. O Governador Camilo Santana criou a Sala Estadual de Enfrentamento ao Mosquito Aedes aegypti, que funciona no Palácio da Abolição para incentivar e intensificar a mobilização social. O Governador criou ainda as brigadas para promover a inspeção em todos os prédios públicos do Governo do Estado. Pelo menos uma vez por semana, as brigadas fazem a inspeção para evitar e controlar os focos. O Núcleo de Controle de Vetores da Secretaria da Saúde do Estado já capacitou brigadas de diferentes órgãos e secretarias, entre eles Semace, Seduc, Seplag, Cagece, Cogerh, Sema.


TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O MOSQUITO AEDES AEGYPTI:

Qual a origem do mosquito Aedes Aegypti?
O Aedes aegypti é originário do Egito. A dispersão pelo mundo ocorreu da África: primeiro da costa leste do continente para as Américas, depois da costa oeste para a Ásia.

Por que o nome Aedes Aegypti?
O vetor foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, quando foi denominado Culex aegypti. Culex significa “mosquito” e aegypti, egípcio, portanto: mosquito egípcio. O gênero Aedes só foi descrito em 1818. Logo verificou-se que a espécie aegypti,  descrita anos antes, apresenta características morfológicas e biológicas semelhantes às de espécies do gênero Aedes – e não às do já conhecido gênero Culex. Então, foi estabelecido o nome Aedes aegypti.

Quantas pessoas um mosquito é capaz de infectar?
Os mosquitos fêmea sugam sangue para produzir ovos. Se o mosquito estiver infectivo, poderá transmitir o vírus nesse processo. Em geral, mosquitos sugam uma só pessoa a cada lote de ovos que produzem. O mosquito tem uma peculiaridade que se chama “discordância gonotrófica”, que significa que é capaz de picar mais de uma pessoa para um mesmo lote de ovos que produz. Há relato de que um só mosquito infectivo transmitiu dengue para cinco pessoas de uma mesma família, no mesmo dia.

Por que só a fêmea pica?
A fêmea precisa de sangue para a produção de ovos. Tanto o macho quanto a fêmea se alimentam de substâncias que contêm açúcar (néctar, seiva, entre outros), mas como o macho não produz ovos, não necessita de sangue. Embora possam ocasionalmente se alimentar com sangue antes da cópula, as fêmeas intensificam a voracidade pela hematofagia após a fecundação, quando precisam ingerir sangue para realizar o desenvolvimento completo dos ovos e maturação nos ovários. Normalmente, três dias após a ingestão de sangue as fêmeas já estão aptas para a postura, passando então a procurar local para desovar.

O que é a febre por Vírus Zika?
É uma doença viral aguda, caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. Apresenta evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias.

Como é transmitida?
O principal modo de transmissão descrito do vírus é por vetores. No entanto, está descrito na literatura científica, a ocorrência de transmissão ocupacional em laboratório de pesquisa, perinatal e sexual, além da possibilidade de transmissão transfusional.

Há tratamento ou vacina contra o Zika vírus?
Não existe O tratamento específico. O tratamento dos casos sintomáticos recomendado é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados. No entanto, é desaconselhável o uso ou indicação de ácido acetilsalicílico e outros drogas anti-inflamatórias em função do devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por síndrome hemorrágica como ocorre com outros flavivírus. Não há vacina contra o Zika vírus.

Como evitar e quais as medidas de prevenção e controle?
As medidas de prevenção e controle são semelhantes às da dengue e chikungunya. Não existem medidas de controle específicas direcionadas ao homem, uma vez que não se dispõe de nenhuma vacina ou drogas antivirais.

Prevenção domiciliar

Deve-se reduzir a densidade vetorial, por meio da eliminação da possibilidade de contato entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo de depósito, impedindo o acesso das fêmeas grávidas por intermédio do uso de telas/capas ou mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água, totalmente cobertos. Em caso de alerta ou de elevado risco de transmissão, a proteção individual por meio do uso de repelentes deve ser implementada pelos habitantes.

Individualmente, pode-se utilizar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia quando os mosquitos são mais ativos podem proporcionar alguma proteção contra as picadas dos mosquitos e podem ser adotadas principalmente durante surtos, além do uso repelentes na pele exposta ou nas roupas.

Prevenção na comunidade
Na comunidade deve-se basear nos métodos realizados para o controle da dengue, utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a densidade de mosquitos vetores. Os programas de controle da dengue para o Aedes aegypti têm sido voltados para o controle de mosquitos imaturos, muitas vezes por meio de participação da comunidade em manejo ambiental e redução de criadouros.

Como denunciar os focos do mosquito?
As ações de controle são semelhantes aos da dengue, portanto voltadas principalmente para a esfera municipal. Quando o foco do mosquito é detectado e não pode ser eliminado pelos moradores de um determinado local, a Secretaria Municipal de Saúde deve ser acionada.

O que fazer se estiver com os sintomas de febre por Vírus Zika?
Procurar o serviço de saúde mais próximo para receber orientações.

O que é a microcefalia?
A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm.

Quais as causas desta condição?
Essa malformação congênita pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias químicas e agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.

O que é o vírus Zika?
O vírus Zika é um arbovírus (grande família de vírus), transmitido pela picada do mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti.

Já há confirmação que o aumento de casos de microcefalia no Brasil é causado pelo vírus Zika?
O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia na região Nordeste. O Instituto Evandro Chagas, órgão do ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascido no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus Zika.

A partir desse achado do bebê que veio a óbito, o Ministério da Saúde considera confirmada a relação entre o vírus e a ocorrência de microcefalia. Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial.

As investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.

O achado reforça o chamado para uma mobilização nacional para conter o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação doença.

A microcefalia pode levar a óbito ou deixar sequelas?
Cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, exceto nas de origem familiar, que podem ter o desenvolvimento cognitivo normal. O tipo e o nível de gravidade da sequela vão variar caso a caso. Tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida.


O que fazer para não deixar o mosquito nascer

- Manter a caixa d'água limpa e bem tampada.
- Limpar o quintal, no mínimo uma vez por semana, retirando todo o lixo.
- Não acumular nos quintais móveis velhos, eletrodomésticos ou qualquer objeto que possa acumular água.
- Colocar o lixo em saco. Amarrar o saco. Só colocar na calçada nos dias de coleta.
- Nunca jogar lixo nas ruas. Até numa tampinha de refrigerante o mosquito pode se multiplicar.
- Deixar as calhas sempre limpas.
- Os pneus usados devem ficar em locais cobertos para não juntar água.
- As garrafas devem ficar com a boca para baixo.
- Antes de armazenar água, lavar bem, com sabão e escova, os baldes, bacias e potes. É preciso tampar todos os depósitos de água.
- Evitar cultivo de plantas com água. Água acumulada, por menor que seja a quantidade, é um risco para a criação do mosquito.
- Limpar a bandeja que fica detrás da geladeira.
- Manter os ralos limpos telados, com os aparelhos sanitários sempre fechados.
- Receber o Agente de Endemias em sua residência.



Assessoria de Comunicação da Sesa