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quarta-feira, 26 de março de 2014

Projeto estimula desenvolvimento de crianças com Síndrome de Down

A preparação para a chegada do bebê anima e enche os pais de expectativas. Há os que sofrem com as dúvidas e preocupações quando descobrem que o bebê é portador da Síndrome de Down (SD). A angústia pode ser normal no primeiro momento, porém o tempo e a orientação de um médico são os melhores aliados para mostrar que é possível ser feliz. A servidora pública Rafaele Gomes Freitas, 29, é mãe de João Arthur, 2, que tem síndrome de Down. Ela confessa que não foi fácil no começo, porque além do lábio leporino, João também foi diagnosticado com trissomia no cromossomo 21. O  amor superou e continua vencendo as dificuldades, ensinando a ela e ao esposo nos cuidados com João.  “A questão é a gente valorizar o desenvolvimento da criança. Não usamos o termo 'especial'. A gente trata o João Arthur como qualquer outra criança, respeitando as limitações dele”,  diz.

A Síndrome de Down ou trissomia do cromossomo 21 é uma alteração genética causada por um erro na divisão celular durante a divisão embrionária. Os portadores da síndrome em vez de dois cromossomos no par 21 possuem três. Não se sabe por que isso acontece. Embora as alterações cromossômicas da SD sejam comuns a todos os portadores nem todos apresentam as mesmas características, os mesmos traços físicos ou as malformações. A única característica comum entre eles é o déficit intelectual. De acordo com a terapeuta ocupacional Liduina Gadelha, do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), crianças com SD precisam ser estimuladas desde o nascimento, para que sejam capazes de vencer suas limitações. “Quanto mais precoce for a estimulação sensorial global do bebê, melhor será o resultado”, afirma.

Projeto Noel

O Hospital Albert Sabin conta com projetos como o Noel – Núcleo de Orientação e Estimulação ao Lactente, um serviço de apoio a crianças com má formação congênita. Segundo a coordenadora do projeto, a fonoaudióloga Evelin Gondim, o Noel atende a meninos e meninas com dificuldades neuropsicomotoras que estão ou já estiveram internados no Albert Sabin. “O Noel tem como objetivo trabalhar com essas crianças e dar condições para melhorar a qualidade de vida delas, fazendo um acompanhamento multidisciplinar até os três anos de idade”, explica.

Atualmente, o Núcleo atende oito crianças com síndrome de Down. João Arthur é acompanhando pelos profissionais do Noel desde os primeiros dias de vida. Para Rafaele, foi através desse programa de humanização que as carências do filho foram supridas. “As informações na hora das dúvidas, o retorno e o acompanhamento têm sido muito bom, têm nos ajudado a vencer as dificuldades”, fala.

Atendimento

O Noel atende, em média, a 105 crianças por mês. Destes, 65 são pacientes em tratamento e 40 que participam de avaliações. Atuando desde 2003 no Albert Sabin, o serviço dá apoio a crianças, de zero a três anos, com problemas neurológicos, síndromes e malformações congênitas. Após a alta hospitalar, os recém-nascidos de risco são encaminhados ao núcleo pelo pediatra do hospital e passam a ser atendidos por uma equipe multidisciplinar formada por fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, enfermeiros e psicólogos do Hias.
O Núcleo de Orientação e Estimulação ao Lactente funciona no Hospital Infantil Albert Sabin diariamente, de 7h às 11h e 13h30 às 16h. Para mais informações, o telefone para contato é o (85) 3101-4214.

Assessoria de Comunicação do Hias
Helga Santos

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