A campanha do Dia Mundial de Luta contra a Aids deste ano levanta a questão: “Como você gostaria de ser tratado se vivesse com HIV/Aids?”. A ideia é estimular a reflexão sobre a falsa impressão de que a aids afeta apenas o outro, distante da percepção de que todos estão vulneráveis. O enfoque da campanha é nos jovens gays de 15 a 24 anos das classes C, D e E. É de olho nos jovens que na quinta-feira, 1º de dezembro, a Secretaria da Saúde do Estado estará no Shopping Benfica, das 13 às 19 horas. Além de fazer a distribuição de preservativos, entregará folderes orientando sobre a prevenção contra o vírus HIV.
Desde o início do enfrentamento do HIV/Aids no país e no mundo, gays, travestis e transexuais sofrem discriminação. A discriminação, em muitos casos, vem acompanhada de insultos e acusações. E isso acontece mesmo com a população inteira sabendo que o HIV pode alcançar todos os grupos populacionais, independentemente de orientações sexuais e condições sociais ou econômicas. Esse cenário é hoje o grande desafio a ser superado para que medidas preventivas e de cuidados possam ser adotadas.
O preconceito é uma barreira não só para a prevenção de novas infecções entre jovens gays, mas também para a qualidade de vida de quem vive com a doença. Essas pessoas sofrem com a exclusão emocional, social e profissional. A campanha, orienta o Ministério da Saúde, deve estimular a reflexão contra o preconceito, contra a discriminação contra os jovens gays e soropositivos.
No Ceará, foram notificados 9.722 casos, desde a identificação do primeiro caso em 1983 até setembro de 2010. Em 2011, até outubro, o número está em 10.816, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado (clique aqui e leia o boletim). Destes, 70,0% foram no sexo masculino e 30,0% em mulheres. Este ano, com dados ainda bastante preliminares, foram confirmados 451 casos, sendo 241 (53,4%) residentes em Fortaleza. Os números notificados, ressalva o boletim divulgado nesta segunda-feira, 28 de novembro, podem não expressar a totalidade de casos pela possibilidade real de subnotificação e também por problemas relacionados ao estigma que a doença provoca.
Fonte: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará
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