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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Sobral sediou o IV Seminário do Controle Social

A 11ª Cres realizou no dia 07 de dezembro de 2011, na Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia na cidade de Sobral o IV Seminário do Controle Social.
A mesa foi formada com a seguinte composição: Antônia Márcia Mesquita – coordenadora do Fórum, Francisco Maykel Amâncio Gomes - presidente do conselho de saúde de Sobral, senhor Agnel - conselheiro do Cesau, José Otaviano Lopes Filho - secretário executivo do Fórum - e o Sr. Francisco Anastácio Dourado Félix - coordenador de plenária, conselheiro estadual e articulador geral do Fórum.

O Seminário teve a participação de três municípios representados pelos conselheiros de Sobral, Groaíras e Forquilha. Um total de 40 participantes e convidados. A palestra foi proferida pela representante do CESAU Sra. Irany Soares. Os temas discutidos foram: Importância e funcionamento das câmaras técnicas nos conselhos municipais de saúde – Orientação sobre orçamento e finanças/monitoramento dos Recursos Financeiros do SUS no município.
As discussões foram orientadas pelo Sr. José Otaviano. Esteve presente também o secretário de saúde de Sobral Dr. Carlos Hilton que falou da importância do IV Seminário. O objetivo do Seminário foi disseminar o conhecimento entre os conselheiros para uma maior participação no Controle Social.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Brasil terá bioinseticida contra dengue em 2012


Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)


Vladimir Platonow

Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O país contará com um importante aliado para combater a dengue no próximo ano. Um bioinseticida desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e fabricado por uma indústria farmacêutica promete ser divisor de águas na luta contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.
O bioinseticida é resultado de quase dez anos de pesquisas coordenadas pela cientista Elizabeth Sanches, que trabalha na Farmanguinhos, unidade da Fiocruz responsável pela produção de medicamentos. Criado a partir do Bacillus thuringiensis e do Bacillus sphaericus, ele será produzido na forma de comprimidos, para dissolução em caixas d'água, ou em apresentações maiores, para utilização em açudes e reservatórios.
“No caso da dengue domiciliar, é recomendável a utilização do comprimido hidrossolúvel. O produto tem duas ações concomitantes: paralisa os músculos da boca e do intestino da larva e causa infecção generalizada nela”, explicou Elizabeth, engenheira bioquímica e bióloga.
A pesquisadora garantiu que o bioinseticida não apresenta qualquer risco para o meio ambiente. “Nós fizemos todos os testes referentes a impacto ambiental e toxicologia da formulação em animais de sangue quente, inclusive. Temos a segurança dos produtos que desenvolvemos, justamente por serem aplicados em ambientes domiciliares.
A Farmanguinhos concluiu o treinamento dos funcionários da empresa BR3, vencedora da licitação e que poderá iniciar a produção dentro de alguns meses, segundo Elizabeth. “A empresa acabou de ser treinada e está bem adiantada na implantação do projeto. Eu penso que no meio do ano que vem nós já tenhamos produtos dessa parceria tecnológica”.
Além do produto contra a dengue, a Farmanguinhos licenciou mais dois bioinseticidas: contra a malária e contra a elefantíase. A pesquisadora disse que produtos com ações semelhantes já são utilizados em outros países, como a China, mas não podem ser simplesmente importados para aplicação no Brasil: “O produto tem que ser desenvolvido com especificidade para o local de aplicação. Justamente para podermos ajustar a formulação para aquele ambiente”.



quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Número de casos de dengue está relacionado à falta de saneamento adequado

Carolina Pimentel

Repórter da Agência Brasil

Brasília – A falta de abastecimento de água e de coleta de lixo está relacionada ao alto número de casos de dengue nas cidades. Dos 48 municípios com risco de surto da doença no verão, 62,5% têm menos da metade das casas com acesso a saneamento adequado. É o que mostra um levantamento feito pela Agência Brasil a partir da lista do Ministério da Saúde de cidades com risco de surto da doença e de dados sobre saneamento básico do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Uma casa tem saneamento adequado, segundo critérios do IBGE, quando dispõe de rede de água, esgoto ou fossa séptica e coleta de lixo direta ou indireta feita por uma empresa. De acordo com o levantamento, em somente 18 cidades com risco de surto, a maioria das casas encontra-se nessa situação. O restante dos municípios enquadra-se em saneamento semiadequado, quando dispõe de pelo menos um dos serviços, ou inadequado, quando não há nenhum dos serviços em pleno funcionamento.
Os municípios com os menores percentuais de saneamento adequado estão no Norte e Nordeste, as duas regiões com o maior grupo de cidades com chances de surto de dengue. Nas duas regiões, são 39 cidades. Em Buritis (RO), Espigão do Oeste (RO), Mucajaí (RR), Porto Acre (AC), São Raimundo Nonato (PI) e Água Branca (PI), menos de 5% das casas têm saneamento em condição adequada.

O Mapa da Dengue, do Ministério da Saúde, também mostra que a ausência de saneamento facilita o surgimento de criadouros do mosquito. No Norte, 44,4% dos focos de transmissão estão no lixo, no Nordeste, 72,1% são relacionados ao abastecimento de água.
Para o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, o pior problema para o combate à dengue é o abastecimento irregular de água porque leva a população a usar caixas d'água, potes e barris. Mal tampados, esses pequenos reservatórios são ideais para o mosquito Aedes aegypti procriar devido à água parada, limpa e em pouca quantidade.
“Mesmo em muitas cidades com acesso [à rede de água], o fornecimento é intermitente”, disse o secretário. No lixo, o problema são as garrafas plásticas, tampinhas, pneus e outros recipientes onde a água da chuva se acumula com rapidez.
Apesar de admitir que o fornecimento irregular de água e a falta de recolhimento de lixo atrapalham as ações para enfrentamento da dengue, Barbosa defende que nos locais onde há ausência desses serviços é possível prevenir a doença com hábitos simples. As pessoas devem ser orientadas, por exemplo, a tampar as caixas d`água, tirar água dos pratinhos das plantas, limpar os ralos, recolher folhas das calhas e a manter o lixo fechado.
“Não podemos esperar que todos os problemas sejam resolvidos para combater a dengue. Há problemas que podem ser resolvidos mais facilmente”, justificou o secretário.
Nos municípios com risco de surto de dengue, as equipes de saúde encontraram larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis visitados, índice considerado preocupante pelo ministério.

Lista dos municípios com risco de surto de dengue:
Água Branca (PI)
Afogados da Ingazeira (PE)
Araripina (PE)
Arapiraca (AL)
Arcoverde (PE)
Bonfim (RR)
Brasileia (AC)
Buritis (RO)
Cajazeiras (PB)
Catolé do Rocha (PB)
Camaragibe (PE)
Currais Novos (RN)
Catanduva (SP)
Cuiabá (MT)
Dom Eliseu (PA)
Espigão do Oeste (RO)
Epitaciolândia (AC)
Floresta (PE)
Garanhuns (PE)
Governador Valadares (MG)
Guairá (PR)
Ilhéus (BA)
Itabuna (BA)
Itaboraí (RJ)
Jequié (BA)
Laranjeiras (SE)
Loanda (PR)
Maruim (SE)
Marabá (PA)
Mucajaí (RR)
Monteiro (PB)
Mossoró (RN)
Nova Londrina (PR)
Ouro Preto do Oeste (RO)
Piancó (PB)
Palmeira dos Índios (AL)
Parauapebas (PA)
Pacaraíma (RR)
Porto Acre (AC)
Porto Velho (RO)
Rio Branco (AC)
São Raimundo Nonato (PI)
Santa Cruz do Capibaribe (PE)
Simões Filho (BA)
Senador Guiomard (AC)
São Fidélis (RJ)
Sarandi (PR)
Tucuruí (PA)

Fonte: Ministério da Saúde

Edição: Graça Adjuto



quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Mobilização para cadastrar mais doadores de medula óssea

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará – Hemoce, unidade da Secretaria da saúde do Estado, participa desta quarta-feira, 14, até 21 de dezembro da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, com o objetivo de aumentar o número de 102 mil pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) pelo Ceará. As atividades da Semana de Mobilização buscam informar à população sobre as doenças tratadas com o transplante de medula e a necessidade de que doadores do Redome permaneçam com os cadastros ativos e atualizados.

38 transplantes

De 2008, ano em que esse tipo de procedimento começou a ser feito no Ceará, já foram realizados no Ceará 38 transplantes de medula óssea pela equipe do Hemoce e do Hospital Universitário Walter Cantídio. A meta da Secretaria da Saúde é aumentar a quantidade de transplantes autólogos realizados por ano e dar início aos transplantes alogênicos. No transplante autólogo, o paciente recebe células sadias da sua própria medula, enquanto que no alogênico a medula transplantada é de um doador.
O Hemoce realiza anualmente uma média de mil cadastros mensais e de um doador de medula óssea compatível por mês. De acordo com o Centro de Transplante de Medula do Instituto Nacional de Câncer (Inca), até o mês de janeiro deste ano o estado do Ceará estava na 7ª posição no ranking de cadastros entre os 26 estados e o Distrito Federal. No Brasil já são mais de 2 milhões os doadores voluntários cadastrados no Redome, o terceiro maior registro do mundo, atrás apenas dos EUA e da Alemanha.
A medula óssea, encontrada no interior dos ossos, produz os componentes do sangue, incluindo as células brancas, agentes mais importantes do sistema de defesa do organismo humano. Pacientes com produção anormal de células sangüíneas, geralmente causada por algum tipo de câncer no sangue, como, por exemplo, leucemias, precisam realizar o transplante. Além desses, o procedimento é indicado aos portadores de aplasia de medula ou pacientes cuja medula tenha sido destruída por irradiação.

Estima-se que seja por volta de 35% as chances de se encontrar um doador compatível entre doadores parentes e de 0,1% entre pessoas não aparentadas. Quando não há um doador compatível entre os familiares do paciente, procura-se um doador compatível nos banco de medula óssea, como o Redome. O Banco necessita de um número elevado de voluntários para aumentar a possibilidade de se encontrar um doador compatível.
Para a realização do transplante, o doador passa por uma pequena cirurgia de aproximadamente 90 minutos. São feitas de 4 a 8 punções na região pélvica posterior para aspirar a medula. Menos de 10% da medula óssea é extraída e em poucas semanas a medula doada é recomposta pelo doador. Os riscos são praticamente inexistentes. Até hoje não há relato de nenhum acidente grave devido a este procedimento.

Doador

Para doar, é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde. Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações e, em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue (10 ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador). Os dados do doador são inseridos no cadastro do Redome e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação.
Sancionada em 2009, a Lei Pietro instituiu a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea entre os dias 14 e 21 de dezembro. Neste período, são desenvolvidas por todo o Brasil diversas atividades de esclarecimento sobre a doação e transplante de medula óssea. Pietro era filho do deputado gaúcho Beto Albuquerque (PSB) e morreu após lutar, por 14 meses, contra a leucemia mieloide aguda. Pietro chegou a realizar o transplante de medula, cerca de um ano depois do diagnóstico, mas o jovem já se encontrava debilitado pelos efeitos da leucemia.
 
Programação da Semana Nacional de Mobilização para Doação de Medula Óssea no Ceará
Dia 14, quarta-feira - Hospital e Maternidade São Camilo de Paula (Municipio de Itapipoca), 7 às 11 horas;
Dia 15, quinta-feira - Igreja Universal (Av. Tristão Gonçalves, 613 Centro), 8 às 16 horas;
Dia 16, sexta-feira - Igreja Universal (Av. Tristão Gonçalves, 613 - Centro) 8 às 16 horas;
Dia 19, segunda-feira - Amil (Av. Barão de Studart,2090 – Aldeota), 9 às 16 horas;
Dia 20terça-feira - IFCE (Av. 13 de maio, 2081 – Benfica), 9 às 15 horas
Dia 20, terça-feira - IFCE (Av. 13 de maio, 2081 – Benfica), 15 às 20 horas;
Dia 21, quarta-feira - Praça do Ferreira (em frente à Caixa Econômica Federal), 8 às16 horas.

Além das coletas externas, seu cadastro pode ser realizada também nas sedes da hemorrede:

Em Fortaleza:

Hemoce - Av. José Bastos, 3390 - Rodolfo Teófilo - CEP: 60.431-086.
Tel: (85) 3101.2296 Fax: (85) 3101.2307
Horário de Funcionamento: 7h30min às 18h30min, de segunda à sexta-feira e de 8h às 16h, nos sábados.
Posto de Coleta no IJF - Rua: Barão do Rio Branco, 1816 - Centro - CEP: 60.025-061
PABX: (85) 3101.5293
Horário de Funcionamento: 7h30min às 18h30min, de segunda à sexta-feira e de 13h às 17h30min, nos sábados, domingos e feriados.

No interior:
Hemocentro de Sobral: (88) 3677.4624 / 3677.4627

Hemocentro do Crato: (88) 3102.1260 / 3102.1261
Hemocentro de Iguatu: (88) 3581.9409
Hemocentro de Quixadá: (88) 3445.1006
Hemonúcleo de Juazeiro do Norte: (88) 3102.1169 / 3102.1170 / 3102.1171

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Números do boletim mostram que gripe A H1N1 está sob controle

De acordo com boletim divulgado nesta sexta-feira, 9, pela Secretaria da Saúde do Estado foram confirmados 22 casos de gripe A H1N1 a partir do surto registrado em Pedra Branca, que teve origem no mês passado. Desse total, 18 casos em Pedra Branca confirmados pelo Laboratório de Saúde Pública do Estado- Lacen, 2 em Quixadá e 2 em Boa Viagem. Em relação ao número de casos notificados, foram 759 em Pedra Branca e 60 em 11 municípios. O boletim da Sesa ressalta que todos os casos notificados como suspeitos até agora tiveram alguma relação com Pedra Branca. Nenhum dos casos evoluiu para a forma grave da doença e a cada dia, desde o último dia 29, diminui o número de pacientes que procuram as unidades de saúde com sintomas da gripe A – febre, tosse, dor de garante. Só para ser ter um parâmetro de que o surto está sob controle no dia 26 de novembro foram notificados 193 novos casos no hospital de Pedra Branca e na quinta-feira, 8, apenas 4 novos casos suspeitos foram registrados no hospital.
“Na medida em que as ações preventivas são implementadas a ocorrência dos casos diminui progressivamente”, destaca o boletim. Mesmo com a desaceleração do número de casos, a Secretaria da Saúde do Estado mantém os ações de prevenção e controle, com alerta aos profissionais de saúde para os sintomas da doença. Além de febre, tosse e dor de garganta, os pacientes podem apresentar cefaleia e mialgia. E mais: a vigilância da gripe é realizada de forma sentinela durante todo o ano, independente de surto, em duas unidades na capital – Hospital Infantil Albert Sabin e Centro de Saúde Aída Santos. Por semana. essas duas unidades colhem cinco amostras de pacientes com sintomas de síndrome gripal para identificar vírus respiratórios que possam estar circulando. Na semana anterior ao surgimento do surto em Pedra Branca, foram notificados 9 casos suspeitos de H1N1. Todos foram descartados.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Lavar as mãos é medida eficaz contra gripe

“Suas mãos estão limpas?”. A pergunta está no cartaz produzido pela Secretaria da Saúde do Estado com orientações a profissionais de saúde e a população em geral sobre a importância da higienização das mãos e como elas devem ser lavadas para evitar a transmissão de doenças (clique aqui para download). Os cartazes foram distribuídos com todos os municípios cearenses.
Numa situação de surto de influenza A H1N1, como o que ocorre no município de Pedra Branca, a recomendação é oportuna e eficaz. Na época da pandemia da gripe A, entre junho de 2009 e agosto de 2011, médicos especialistas em todo o mundo já alertavam que medidas de senso comum podem ajudar as pessoas a se proteger. A medida número 1 é exatamente lavar as mãos, maneira surpreendentemente eficaz para prevenir todos os tipos de doenças, incluindo a gripe.
O vírus da gripe A se dissemina entre as pessoas da mesma forma que o da gripe sazonal, por meio de gotículas emitidas pelo espirro ou a tosse do doente. Por isso, é recomendável evitar o contato com pessoas infectadas. Se estiver doente, evite grandes aglomerações, para não espalhar o vírus. Também é possível ser infectado ao tocar superfícies que contenham o vírus e depois levar a mão à boca, ao nariz ou aos olhos. Por isso, é preciso lavar as mãos com frequência, por 20 a 30 segundos, usando água e sabão ou gel à base de álcool.
Evidências mostram que pequenas partículas do vírus podem resistir em mesas, telefones e outras áreas e serem transferidas pelos dedos quando levados à boca, nariz ou olhos. Assim como o vírus da gripe B, que à gripe sazonal ou comum, o vírus H1N1, segundo a Agência Nacional de Vigilância em Saúde, sobrevive no ambiente de 24 a 48 horas em superfícies duras e não porosas, como metais, vidros e plásticos, de 8 a 12 horas em roupas, papeis e tecidos e 5 minutos não mãos, tempo suficiente para infectar pessoas desprevenidas.
Em 2005, Emily E. Sickbert-Bennett, epidemiologista da Universidade da Carolina do Norte, no Estados Unidos, realizou um grande estudo sobre a eficácia de lavar as mãos. Até então, nenhum outro estudo tinha medido a eficácia para remover bactérias e vírus ao mesmo tempo quando se lava as mãos. Foi ainda a primeira vez que eles pegaram um cenário realístico, quando se lava as mãos por 10 segundos. O estudo mostrou que o sabonete comum é capaz de eliminar até 90% das bactérias e vírus das mãos.
O importante é lavar as mãos sempre que possível ou recomendado. Segundo um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, após usar um banheiro, cerca de 200 milhões de bactérias ficam nas suas mãos (principalmente após pegar na tampa do vaso, maçaneta da porta, etc). Ao manusear dinheiro, corrimão, ônibus, as mãos carregam bactérias e vírus. Por isso a dica de lavar as mãos sempre após manusear ou pegar em objetos que possam ter sido tocados por outras pessoas, principalmente antes de comer, mas de preferência a todo o momento, especialmente nas seguintes situações:
- Ao chegar em casa (do trabalho, da rua, da balada, da casa do amigo, do carro, etc)
- Após utilizar o banheiro
- Após espirrar
- Antes de mexer com comida, especialmente quando esta já está pronta para comer, como saladas e sanduíches
- Após mexer com lixo
- Após usar o computador
- Após lidar com equipamentos, pratos ou utensílios sujos
- Após tocar em carne crua, aves e peixes
Pessoas com qualquer um com os sintomas semelhantes ao da gripe A, como febre repentina, tosse ou dores musculares, deve evitar o trabalho ou o transporte público e deve realizar exames médicos.
Fonte: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará

Exames descartam H1N1 em Quixadá e Acopiara

O único caso que foi notificado com suspeita da gripe A H1N1 em Quixeramobim foi descartado pelo Laboratório Central de Saúde Pública - Lacen, unidade da Secretaria da Saúde do Estado. Os exames confirmaram gripe comum. Em Acopiara, onde também havia um único caso notificado, outro descarte. O Lacen, além de descartar gripe A H1N1, conclui após examinar material coletado, que nem gripe comum o paciente apresentava. Já em Boa Viagem, de 24 notificados, foi confirmado 1 caso de H1N1 e 2 de gripe comum. Em Quixadá, houve confirmação laboratorial de 1 caso de gripe A e 1 caso de gripe comum.
Ainda neste final de semana, o Lacen confirmou três casos em Pedra Branca, município que notificou os primeiros casos do surto no último dia 23 de novembro, com o total passando de 14 para 17 casos de gripe A H1N1. O ritmo de crescimento do número de notificados se mantém em desaceleração em Pedra Branca. Enquanto no dia 26 de novembro foram notificados 193 novos casos e no dia 28 144 novos casos, a partir do dia 29, com o registro de 52 novos casos, o número cresce num ritmo menor. Na quinta-feira, 1º de dezembro, foram 54 novos casos notificados. No dia seguinte, o número de casos suspeitos também ficou em 54. No último sábado, 3, a notificação ficou em 48 casos, 44 no dia 4 e até o meio dia desta segunda-feira, 5, foram notificados 4 casos.

Total de casos
Até agora, desde o surgimento do surto, foram notificados 707 casos em Pedra Branca, com 17 confirmados no Lacen; 24 em Boa Viagem, com 1 confirmado; 3 em Quixadá, com 1 confirmado e 2 já descartados; 1 em Quixeramobim já descartado; e 1 em Acopiara também descartado pelo Lacen.
Os casos que surgiram até agora de gripe A H1N1 têm relação com o município de Pedra Branca, origem do surto. O tratamento de todos os casos notificados independe do resultado dos exames. Os pacientes suspeitos iniciam imediatamente o tratamento com tamiflu. A estratégia de tratar todos os pacientes com sintomas respiratórios da doença já com o tamiflu, mesmo sem a confirmação de exames laboratoriais, trouxe resultados positivos no Rio Grande do Sul, que viveu um surto de H1N1 e não registrou nenhum óbito. No Ceará, a essa estratégia recomendada pelo Ministério da Saúde, também desde o início do surto em Pedra Branca, tem dado o retorno esperado, que é evitar agravamento de casos e óbitos. Até agora todos os casos foram leves e moderados.
A Secretaria da Saúde do Estado, como medida preventiva e para garantir estoque estratégico de assistência, já liberou caixas de tamiflu para todas as 21 regionais de saúde. De abril a maio deste ano, foram vacinadas no Ceará 1 milhão e 50 mil pessoas contra gripe. Em Pedra Branca foram vacinadas 6.590 pessoas. O público alvo era formado pelas crianças de seis meses a menores de dois anos, trabalhadores da saúde, gestantes, indígenas e idosos acima de 60 anos.
Fonte: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Imposto para custear saúde é rejeitado em conferência nacional

Débora Zampier

Repórter da Agência Brasil


Brasília – A proposta de criação de um imposto para custear o sistema de saúde pública foi rejeitada hoje (4) por mais de 3 mil gestores, usuários e trabalhadores da área, que participaram nessa semana da 14ª Conferência Nacional de Saúde. As discussões para o evento ocorreram desde o início do ano, começando pela etapa municipal, passando pela estadual, chegando ao evento nacional que terminou neste domingo, em Brasília.
De acordo com os organizadores da conferência, a possibilidade de criação do imposto sequer chegou à discussão da plenária final, uma vez que foi rejeitada pela maioria dos grupos de trabalho nos primeiros dias do evento. Desde o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF), em 2007, a ideia de um novo imposto para financiar a área de saúde vem pautando discussões políticas do Executivo e do Legislativo.
“O que aconteceu é que a influência da mídia e a desinformação levaram os delegados [da conferência] a rejeitarem a proposta de um novo imposto, mesmo que ele só atingisse movimentação acima de R$ 4 mil. Seria o primeiro imposto que atingiria proporcionalmente os mais ricos, ao contrário da maioria dos encargos atuais, mas infelizmente não passou”, lamentou Pedro Tourinho, do Conselho Nacional de Saúde.
Os delegados da conferência entenderam, no entanto, que a necessidade de aumentar o financiamento da saúde é urgente e se colocaram favoravelmente à aprovação da Emenda 29, que atualmente tramita no Congresso Nacional. A emenda determina que a União deve investir, na saúde, 10% da arrecadação de impostos, com percentuais de 12% para os estados e 15% para os municípios.
De acordo com a coordenadora-geral da conferência, Jurema Werneck, a questão do imposto estava dentro do debate da ampliação do financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), que precisa de aditivos. “Sim, é preciso ampliar o dinheiro da saúde, porque está faltando dinheiro. Muito do que não está funcionando é porque tiraram o dinheiro de lá e colocaram no mercado, foi desviado e a gente conhece os escândalos de corrupção. Não está havendo qualidade na gestão”.
Edição: Lana Cristina





IV e último Seminário do Controle Social/2011

No dia 07 dezembro de 2011 de 8 as 12 horas, será realizada na Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia em Sobral o IV Seminário do Controle Social. Tendo com proposta de pauta: Importância e funcionamento das câmaras técnicas nos conselhos municipais de saúde – Orientação sobre orçamento e finanças/monitoramento dos Recursos Financeiros do SUS no município. Está previsto a participação de 60 (sessenta) conselheiros de saúde representando os municípios da Área 4 (Sobral, Groaíras, Forquilha e Irauçuba). Sabemos que para o total sucesso do IV Seminário do Controle Social de 2011, se faz necessário a presença e a efetiva participação de todos para o fortalecimento do controle social no SUS.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Conferência Nacional de Saúde exige que gestão de saúde pública seja exclusiva do SUS


04/12/2011 - 19h06
Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O fim da terceirização da gestão da saúde pública foi a principal reivindicação da 14ª Conferência Nacional de Saúde, que terminou hoje (4) em Brasília. O evento reuniu mais de 3 mil representantes da sociedade para debater o papel do Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é que as mais de 300 propostas de política pública aprovadas na conferência sejam aproveitadas pelos três níveis de governo - municipal, estadual e federal.
“Aprovamos contar para a sociedade brasileira que não é verdade que a sociedade rompeu com o SUS. Os representantes da sociedade que estavam aqui disseram que não é verdade que a gente se cansou, e não é verdade que não queremos lutar por isso e queremos entregar tudo para o mercado”, disse a coordenadora-geral do evento, Jurema Werneck.

Ela explicou que a ideia das propostas aprovadas não é que o Estado deixe de comprar leitos em hospitais privados quando não houver vagas no sistema público, mas que os governantes não repassem às instituições privadas a responsabilidade de administrar quando e como esses leitos serão usados.
De acordo com a coordenadora, o sistema atual – que vem sendo adotado por  alguns estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco - permite falhas sem que o Estado seja responsabilizado por isso. “A gente está mantendo a ideia de que o SUS é publico. A regra é não transferir serviços para organizações sociais, que são empresas disfarçadas que acabam precarizando o trabalho, acabam não entregando o serviço que a gente comprou, e acabam não garantido o serviço à população”, declarou Jurema Werneck.
O ministro Alexandre Padilha, que participou do encerramento do evento, disse que o SUS saiu mais fortalecido da conferência. “Viva o controle social”, disse Padilha, ao encerrar a última votação do dia.

Edição: Aécio Amado

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

120 delegados representam o Ceará na Conferência de Saúde

O secretário da Saúde do Estado, Arruda Bastos, e o presidente do Conselho Estadual de Saúde, Joaquim Gomes Nunes Neto, são dois dos 120 delegados que representam o Ceará na 14ª Conferência Nacional de Saúde, aberta pelo ministro da Saúde Alexandre Padilha, presidente da 14ª CNS, nesta quinta-feira, 1º de dezembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. As 346 propostas consolidadas depois da realização de 4.370 conferência municipais e estaduais realizadas entre abril e outubro em todo o país serão analisadas pelos 3.212 delegados durante a Conferência. Dentre as cinco regiões do país, a Nordeste saiu na frente em número de conferências realizadas com 92% dos municípios atingidos. Além do Ceará, Alagoas, Bahia e Rio Grande do Norte fizeram conferências em todos os municípios. Os delegados cearenses foram eleitos na 6ª Conferência Estadual de Saúde, realizada em Fortaleza, de 20 a 23 de setembro.
Os participantes da 14ª Conferência Nacional de Saúde vão debater os desafios e as perspectivas do Sistema Único de Saúde (SUS) e aprovar propostas de melhorias. As atividades começaram na quarta-feira, 30 de novembro, com um ato de Defesa do SUS promovido pelos Movimentos Sociais. Em uma caminhada pela Esplanada dos Ministérios, cerca de 3 mil manifestantes reivindicaram a regulamentação da Emenda Constitucional Nº 29, que destina 10% das receitas correntes para o Sistema Único de Saúde (SUS) e pediram a redução da jornada de trabalho dos profissionais de saúde para 30 horas por semana.

Depois da abertura, na quinta-feira, o presidente da 14ª CNS, Alexandre Padilha, coordena à tarde a mesa central “Acesso e Acolhimento com qualidade: um desafio para o SUS”. Logo depois, serão realizados 11 diálogos temáticos, em que se discutirá os desafios para efetivar a participação social, a seguridade social, o acesso universal e as políticas públicas, a relação público x privado, entre outros temas. Durante o último dia da 14ª CNS acontece a Plenária Final com a votação de diretrizes e propostas que devem nortear as políticas públicas para o Sistema Único de Saúde nos próximos anos. A Conferência Nacional de Saúde vai até o dia 4 de dezembro e conta com a participação de representantes do governo federal, dos governos estaduais e municipais, organizações não governamentais, centrais sindicais e representantes da sociedade civil. Na pauta das discussões, as políticas públicas do SUS.
As Conferências Nacionais de Saúde acontecem há 70 anos. No entanto, no início o espaço era voltado somente às esferas intergovernamentais. Isso permaneceu até o reconhecimento da saúde na Constituição Federal de 1988, como um direito de todos e dever do Estado, e com a criação do SUS. Hoje, as Conferências ocorrem a cada quatro anos e os debates giram em torno dos desafios para a legitimação do Sistema como política pública universal e para a garantia de acesso aos serviços com equidade, integralidade e melhor qualidade. A ampliação das práticas de controle social e a disposição de processos democráticos e participativos de entidades e movimentos sociais também estão no foco das discussões atuais.
Fonte: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará

SAIBA COMO DETECTAR SINAIS NA VISÃO DAS CRIANÇAS

Saiba como identificar problemas de visão na idade pré-escolar.
O desempenho do aluno fica prejudicado por não enxergar bem.
Pais e professores devem observar se a criança apresenta sintomas.
O baixo rendimento em sala de aula muitas vezes está relacionado a algum problema de visão e o estudante, pais e professores nem se dão conta disso. E, quanto menor a idade desse aluno, maior é a dificuldade para identificar essa deficiência porque a criança não sabe avaliar que enxerga mal.
Detectar e corrigir esse problema já na fase pré-escolar pode ser crucial já que é nessa faixa etária, em geral até os 7 anos, que os nossos olhos permanecem em desenvolvimento. Por isso, cabe aos pais e professores ficarem atentos aos sintomas que a criança pode apresentar.
"Dor de cabeça, lacrimejamento e vermelhidão nos olhos são alguns sinais de que pode ter algum problema de visão", afirma Mônica Cronemberger, médica oftalmologista do Instituto da Visão da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
"Também pode acontecer de a criança coçar os olhos ou aproximar muito os objetos do rosto na tentativa de enxergar melhor”, explica. “Quando a criança está desatenta à aula ou tira notas baixas, os pais em geral não pensam que pode ser algo ligado à visão."
A estimativa do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) é que de 3% a 10% das crianças de 7 a 10 anos do país precisam usar óculos. Na infância, são mais frequentes os vícios de refração: miopia (dificuldade em enxergar de longe), astigmatismo (apresenta visão distorcida tanto de perto quanto de longe) e hipermetropia (dificuldade em enxergar de perto).

Exame de vista
Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, em Campinas (SP), o problema é que 8 em cada 10 crianças em idade pré-escolar nunca passaram por exame de vista.
Pais e professores podem aplicar, em casa ou na escola, alguns testes de acuidade visual, mas não substituem a consulta médica. No site do instituto , é possível acessar diferentes testes on-line.
"Além dos testes de acuidade visual em ganchos (para adultos analfabetos), figuras (para crianças que não sabem ler) e alfabeto (para alfabetizados), há também o teste de Ishihara, que permite avaliar o daltonismo. Embora isso não interfira na acuidade visual, é importante para entender a relação da criança com o mundo", afirma Queiroz Neto.
A Secretaria Estadual de Educação de Santa Catarina tem distribuído kits aos seus professores para testar, em sala de aula, os alunos. O manual que é entregue aos docentes pode ser acessado no site da secretaria .
“É nessa faixa etária que se tem que prevenir. Os nossos professores estão capacitados para aplicar os testes e perceber, pela atitude do aluno, se há algum problema de visão. Após essa primeira triagem em sala de aula, os alunos serão encaminhados ao oftalmologista e a secretaria dará os óculos”, afirma Elizete Aparecida Ouriques, gerente de Valorização do Educando da Diretoria de Apoio ao Estudante da secretaria. A estimativa é que 400 mil alunos do 1º ao 5º ano tenham a visão testada.

Consulta
Os médicos, no entanto, afirmam que a consulta no oftalmologista é imprescindível. "Quanto mais cedo esses problemas são detectados, melhor é o prognóstico”, diz Mônica Cronemberger, da Unifesp.
Na avaliação de Queiroz Neto, o primeiro exame de vista deve ser feito aos três anos de idade. "Quando os pais usam óculos, deve ser antecipado para a idade de dois anos.”

Desde pequena
Na casa da enfermeira Jacqueline Chagas do Nascimento Odri, 43 anos, as suas duas filhas são acompanhadas de perto por um oftalmologista.
A mais velha, Julia, de 13 anos, usa óculos desde bem pequena e diz que eles já fazem parte da sua personalidade. “Tive várias armações, algumas coloridas. Tenho até óculos de sol com grau”, conta ela, que não tira os óculos para nada. “Estou superacostumada e prefiro mais do que usar lente de contato.
A irmã mais nova, Fernanda, de 9 anos, percebeu que precisava usar óculos quando foi fazer um curso de leitura, há quase um ano. “As linhas ficavam embaralhadas e eu não conseguia ler”, relembra.
Ainda na fase de adaptação, Fernanda conta que às vezes só sente que está sem os óculos no meio da aula. “Já aconteceu de eu perceber que não estou enxergando e aí corro para colocar os óculos”, conta. “Uso também quando assisto à televisão ou fico no computador”.