O controle e a erradicação de doenças imunopreveníveis são conquistas do
Programa Nacional de Imunizações (PNI) que têm reflexos nos indicadores de saúde
da população nos mais diferentes Estados. Criado em 1973 com a missão de
controlar doenças preveníveis por vacinas, o PNI completa 40 anos. E para
integrar o Ceará às comemorações, a Secretaria da Saúde do Estado realiza
solenidade nesta segunda-feira, 30 de setembro, das 8 às 13 horas, no hotel
Mareiro, Avenida Beira Mar, 2380, Meireles, reunindo secretários de saúde,
coordenadores de imunizações dos municípios e regiões de saúde, vacinadores e
ex-coordenadores de imunizações do Estado.
A organização das ações da
vacinação no Brasil assegura a uniformidade do calendário vacinal, a introdução
de novas vacinas e adoção de estratégias inovadoras e sustentáveis nas campanhas
de vacinação. Novas estratégias, como a combinação de vacinação de rotina com
campanhas de vacinação tiveram papéis essenciais na erradicação da poliomielite
e do sarampo, que ocorreu no período de existência do PNI. O Programa se tornou
mais relevante a partir da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), no final
dos anos 80, quando foi iniciado o trabalho de descentralização que colocou o
município como o executor primário e direto das ações de saúde, entre elas as de
vacinação.
Nos últimos anos, o PNI garantiu a oferta de vacinas eficazes
e seguras para diversos grupos populacionais que são focos de ações de
imunização, como recém-nascidos, crianças, população indígena, adultos e idosos.
Atualmente são disponibilizados 43 produtos no PNI, que são divididos entre
vacinas, soros e imunoglobulinas. Para este ano, o PNI prevê introdução de três
novas vacinas: Hepatite A, Varicela e Tríplice Acelular para
gestantes.
Eliminação do sarampo
O calendário
vacinal infantil brasileiro é complexo e dispõe de 12 vacinas, cada uma com duas
ou três doses de reforço. O Brasil é um dos países que mais consegue vacinar e
já eliminou doenças graves de circulação – poliomielite, erradicada no Ceará em
1988 e, no Brasil, em 1989; sarampo, eliminado em 1999 no Ceará e com último
caso autóctone no Brasil no ano 2000. Também em 2000 o Ceará registrou o último
caso de difteria, assim como de Síndrome de Rubéola Congênita em 2004 e rubéola
em 2008.
O impacto das vacinas no controle das doenças imunopreveníveis
também se manifesta na redução do número de casos de meningite por Haemophilus
influenzae b, redução das internações, complicações e óbitos nos grupos
prioritários para a gripe (influenza A H1N1, A H3N2 e B sazonal) e do número de
mortes e internações de crianças por diarreia causadas por rotavírus, redução do
número de casos, internações, complicações e óbitos em menores de 5 anos de
idade por pneumonias e meningites do tipo C e das formas graves de tuberculose
em menores de 5 anos de idade.
A expansão da imunização foi fator
determinante para a redução da mortalidade dos menores de cinco anos no país. De
acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que utiliza uma
metodologia de comparação internacional, a mortalidade na infância no Brasil
caiu 77% entre 1990 e 2012. Segundo o estudo, em 1990, a taxa de mortalidade no
Brasil era 62 para cada mil nascidos vivos. Em 2012, o número caiu para 14. O
Nordeste foi a região com o maior percentual de queda: 77,5%, passando de 87,3
para 19,6 por mil nascidos vivos. Os estados que se destacam são Alagoas
(-83,9%), Ceará (-82,3), Paraíba (-81), Pernambuco (-80,9) e Rio Grande do Norte
(-79,3).
Conquistas do Programa Nacional de
Imunizações
- Cobertura vacinal média de 95% nos últimos 10
anos.
- 12 vacinas no calendário básico infantil contra mais de 20
doenças.
- Introdução de novas vacinas em 2010 e 2011 reduziram em 40% as
meningites e pneumonias em menores de 2 anos.
- Redução de 22% de mortes
em crianças menores de 5 anos por diarreia com incorporação da vacina Rotavírus
(2010).
- Suplementação de Vitamina A para crianças de 6 meses a menores
de 5 anos a partir de 2012.
Assessoria de Comunicação da Sesa
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