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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Notificações de dengue diminuem 21%


A notificação de casos suspeitos de dengue no Ceará diminuiu 21% até a semana epidemiológica 20 de 2014, em relação ao mesmo período de 2013. A informação consta do Boletim Epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado, que está com nova apresentação para facilitar a leitura dos dados. Conforme o boletim divulgado na sexta-feira, 16 de maio, 2.522 casos foram confirmados em 79 municípios, com destaque para Umari, Tauá, Pereiro, Alto Santo, Brejo Santo e Campos Sales, que apresentam incidência acima de 300 por 100 mil habitantes. Foram notificados 67 casos suspeitos de dengue grave, com 19 óbitos. Foram confirmados 41 casos graves e três óbitos – redução de 50% no número de mortes em relação ao mesmo período do ano passado.

Mesmo com a redução dos óbitos por dengue, a Secretaria da Saúde do Estado alerta que as condições de risco para a transmissão da doença ainda permanecem. Além disso, houve crescimento de 47,5% dos casos graves de dengue confirmados em 2014, em relação ao ano anterior. A razão entre a forma clássica e os casos graves, que foi de 241 em 2012 e de 92 no ano passado, chega agora a 62. O índice indica que o número de casos graves está mais próximo do total de casos confirmados da forma clássica da doença. Por isso,  primeiros sintomas da doença (febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos), a recomendação do Ministério da Saúde é procurar o serviço de saúde mais próximo e não se automedicar. Quem usa remédio por conta própria pode mascarar sintomas e, com isso, dificultar o diagnóstico.

Para diminuir a proliferação do mosquito, é importante que a população verifique o adequado armazenamento de água, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os recipientes sem uso que possam acumular água e virar criadouros do mosquito. Além disso, é essencial cobrar o mesmo cuidado do gestor local com os ambientes públicos, como o recolhimento regular de lixo nas vias, a limpeza de terrenos baldios, praças, cemitérios e borracharias.

O trabalho de prevenção deve ser permanente tanto para os profissionais e gestores da saúde como para a população. Para o controle da doença, os prefeitos e secretários municipais de saúde devem assegurar a continuidade das ações de controle focal do mosquito, casa a casa, pelos agentes de endemias, garantir a supervisão de campo das ações de agentes de endemias e a disponibilidade de equipamentos de proteção individual (EPI), realizar mutirão de limpeza urbana, convocando a população para colaborar.

Na área de vigilância e assistência, os municípios devem assegurar a notificação imediata de todos os casos para a vigilância epidemiológica, alertar todos os profissionais do PSF e da rede hospitalar sobre o diagnóstico e tratamento dos casos de dengue, garantir o estoque de medicamentos e material de laboratório que permita o diagnóstico e tratamento precoces e garantir o fluxo de atendimento e referência para pacientes com dengue com sinais de alarme e dengue grave.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou uma mudança na classificação dos casos de dengue, adotada pelo Brasil. O país utiliza agora somente três classificações: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave. De acordo com a nova classificação, uma pessoa que apresente duas ou mais manifestações como dor de cabeça, febre, náusea, vômitos, petéquias (pequenas manchas avermelhadas na pele) ou prova do laço positivas, já pode ser considerada como caso suspeito de dengue.

Os casos de suspeita de dengue com sinais de alarme serão identificados se o paciente, no período de efervescência da febre, apresentar um (ou mais) dos seguintes sintomas: dor abdominal contínua, sangramento das mucosas, acumulação de líquidos, entre outros. Os casos suspeitos de dengue grave serão caracterizados por choque, sangramento grave ou comprometimento grave de órgãos.

Assessoria de Comunicação da Sesa

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