Do
UOL, em São Paulo
A
Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, por meio do Centro de
Vigilância Epidemiológica (CVE), identificou seis casos de infecção
pelo vírus Chikungunya. Os pacientes são soldados do Exército
brasileiro que vieram de uma missão de paz no Haiti.
Além
de ser transmitida pelo mosquito Aedes
aegypti e
pelo Aedes
albopictus,
o vírus apresenta sinais e sintomas semelhantes aos da dengue:
febre, dores no corpo e no fundo dos olhos, manchas vermelhas pelo
corpo e dores nas articulações. A evolução da doença pode
desencadear artrite e sequelas permanentes. Assim como na dengue, não
há tratamento específico, apenas para atenuar os sintomas.
Em
entrevista ao UOL Saúde em fevereiro deste ano,
o infectologista Jessé Reis Alves, responsável pelo Check-up do
Viajante do Fleury Medicina e Saúde, fez um alerta sobre a doença.
"A Chikungunya manifesta-se com uma fase febril aguda que dura
de dois a cinco dias, seguida de uma doença prolongada que afeta as
articulações das extremidades. Uma parte dos infectados pode
desenvolver a forma crônica da doença, com a permanência dos
sintomas, que podem durar entre seis meses e um ano".
Os
soldados retornaram no último dia 5 de junho. As infecções foram
confirmadas por análises de diagnóstico molecular da Reação em
Cadeia de Polimerase (PCR), realizadas pelo Instituto Adolfo Lutz,
laboratório da Secretaria.
Imediatamente,
agentes da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) fizeram
ações de contenção e nebulização no Hospital Militar de Área
de São Paulo e no Batalhão de Logística do Exército, em Campinas,
locais por onde os soldados passaram.
Os
pacientes estão em observação e estado de saúde deles é
considerado bom e estável.
No Estado de São Paulo, dois
casos importados confirmados da doença foram detectados em viajantes
brasileiros procedentes do Sudeste Asiático no ano de 2010.
Epidemia
Em
abril, uma
pesquisa publicada no "Journal of Virology",
revelou que o vírus Chikungunya estava prestes a invadir e se tornar
uma epidemia sem precedentes nas Américas.
De
acordo com os pesquisadores, ainda que a doença seja desconhecida no
país, os riscos de uma epidemia de proporções catastróficas são
impulsionados pela Copa do Mundo, que será realizada no Brasil em
junho e julho, o que significa pessoas vindo de outros países ou
cidades para ver os jogos em Estados de diferentes regiões do país.
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