Ampliar e facilitar o
acesso ao exame e diagnóstico precoce e ainda assegurar o
encaminhamento das pessoas vivendo com HIV/Aids aos serviços
especializados são os objetivos da ação que a Secretaria da Saúde
do Estado realizará nos dias 24 e 25 deste mês de junho, das 8 às
13 horas, na Praça do Ferreira. Após aconselhamento coletivo por
profissionais de saúde, com entrega de preservativos, será iniciada
a testagem rápida para HIV. O teste rápido de HIV é feito a partir
da coleta de uma pequena quantidade de sangue da ponta do dedo e o
resultado sai em 20 minutos. Deverão ser realizados 100 testes em
cada dia. Nos casos de resultados reagentes, os profissionais
responsáveis pela entrega do exame farão o segundo teste
confirmatório e encaminharão a pessoa ao serviço especializado.
Para acabar com a Aids
como uma ameaça à saúde pública, é necessária uma resposta
acelerada e mais focada, utilizando dados melhores para mapear e
atingir as pessoas nos locais onde estão ocorrendo mais infecções
pelo HIV. A prevenção combinada é uma das metas da estratégia de
aceleração da resposta adotada pelo Programa Conjunto das Nações
Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) para acabar com a epidemia da doença
no mundo até 2030. Pelas metas de tratamento 90-90-90, os países
devem garantir, até 2020, que 90% das pessoas vivendo com HIV
estejam diagnosticadas, 90% destas pessoas estejam em tratamento e
que 90% delas tenham carga viral indetectável, condição em que a
quantidade de vírus presente no organismo é pequena.
O Brasil foi um dos
primeiros países a fornecer tratamento gratuito para pessoas que
viviam com Aids, em 1996, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em
consequência dessa política de acesso universal, o Brasil teve uma
queda acentuada na taxa de mortalidade associada à doença. O Brasil
hoje tem uma das maiores coberturas de tratamento antirretroviral
entre os países de média e baixa renda, com aproximadamente metade
das pessoas vivendo com HIV recebendo o tratamento, enquanto que a
média global é de 41%. Na prevenção combinada, o Brasil tem 80%
de pessoas diagnosticadas para uma estimativa de 734 mil vivendo com
Aids, 48% em tratamento e 40% com carga viral suprimida.
Hoje, cerca de 734 mil
pessoas vivem com HIV e Aids no Brasil. Desde os anos 80, foram
notificados 757 mil casos de Aids no país. No Ceará, desde o
primeiro caso conhecido em 1983, foram notificados 16.998 casos até
dezembro de 2014. Em 2015, foram notificados até o mês de novembro
752 casos novos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN). Embora a epidemia de Aids esteja presente há mais de 30
anos no estado, quase 50% dos casos foram notificados nos últimos
anos, entre 2007 e 2014. A epidemia de Aids apresentou uma tendência
de crescimento nas taxas de detecção até 2012, e queda após este
período, com estabilização nos anos seguintes.
A qualidade da
assistência prestada nos serviços de saúde e o diagnóstico
precoce são as principais estratégias para a redução mortalidade
e morbidade à Aids. No Ceará funcionam 24 Serviços de Assistência
Especializada em HIV/Aids (SAE), em 11 municípios. Na rede pública
estadual, esses serviços especializados funcionam no Hospital São
José de Doenças Infecciosas (HSJ), Hospital Geral de Fortaleza
(HGF), Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS) e Centro de Saúde
Meireles.
O objetivo destes
serviços é prestar um atendimento integral e de qualidade aos
usuários, por meio de uma equipe de profissionais de saúde. Os
serviços no Ceará contam com médico infectologista e profissional
de enfermagem e, em alguns serviços, a equipe é composta também de
assistente social e psicólogo. Além do tratamento para o HIV/Aids,
também é realizado testes para detecção do HIV e sífilis, bem
como outros exames necessário para o melhor acompanhamento do
paciente e a dispensação de medicamentos antirretrovirais.
Assessoria de
Comunicação da Sesa
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