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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Dia Nacional de Combate ao Fumo tem atividade no Center Um


A Secretaria da Saúde do Estado realizará atividades educativas e prestará orientações e serviços sobre o tabagismo nesta quinta-feira, 29 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Fumo, das 14 às 18 horas, no Shopping Center Um, Aldeota. Criado por lei em 1986, o Dia Nacional de Combate ao Fumo tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. Os fumantes que circularem pelo shopping terão a oportunidade de saber o nível de contaminação por monóxido de carbono nos pulmões, medido através do monoxímetro.  

Com abordagem voltada para a iniciação ao fumo, a campanha do Dia Nacional de Combate ao Fumo trabalha este ano o uso do narguilé, também é conhecido como cachimbo d’água ou shisha. De acordo com dados de pesquisa de 2008, o cachimbo de origem oriental tinha, na época, quase 300 mil consumidores no país. O uso de narguilé está associado com o desenvolvimento do câncer de pulmão, doenças respiratórias, doença periodontal e com o baixo peso ao nascer,  além de possibilitar a exposição a doses suficientes de nicotina que causam dependência. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma sessão de narguilé dura em média de 20 a 80 minutos, o que corresponde à exposição de todos os componentes tóxicos presentes na fumaça de aproximadamnente 100 cigarros.

Estudos também apontaram que o uso de narguilé, após 45 minutos de sessão, acarreta elevação das concentrações plasmáticas de nicotina, de monóxido de carbono expirado e dos batimentos cardíacos. Ocorre também maior exposição a metais pesados, altamente tóxicos e de difícil eliminação, como o cádmio. A longo prazo, seu consumo pode causar câncer de pulmão, boca e bexiga, aterosclerose e doença coronariana. Mas os riscos do uso do narguilé não estão somente relacionados ao tabaco, mas também a doenças infecto-contagiosas. O hábito de compartilhar o bucal entre os usuários pode resultar na transmissão de doenças como herpes, hepatite C e tuberculose.

O Programa de Controle do Tabagismo da Secretaria da Saúde do Estado atende a população no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM) e no Centro de Saúde Meireles. No HM, o programa foi criado em 2002 e já ajudou mais de 2 mil fumantes a abandonarem o vício.  Tanto no HM quanto no Meireles, fumantes são acompanhados por equipes multiprofissionais, formadas por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiras, nutricionistas.

No início do tratamento os pacientes são ouvidos sobre a motivação para deixar de fumar. São realizados exames para conheci mento sobre o quadro de saúde dos pacientes e o grau de dependência da nicotina, uma das principais substâncias encontradas no cigarro. O tratamento é baseado em abordagem cognitivo-comportamental e em uso de medicamentos. Orientações permanentes e em grupo sobre alimentação saudável e os riscos do tabagismo para a saúde também são rotina no Programa de Controle do Tabagismo.

Um único cigarro possui mais de 4 mil substâncias tóxicas, das quais 60 são comprovadamente cancerígenas, causando pelo menos 14 tipos diferentes de câncer. O principal fator de risco de doenças coronárias, como o infarto do miocárdio, é o uso de cigarro. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o tabaco mata cerca de 10 mil pessoas por dia e é a principal causa de morte no mundo, seguida pelo álcool e pela inalação indireta do fumo, ou seja, que atinge aquele indivíduo que não fuma, mas convive com fumantes.

A possibilidade de o fumante passivo sofrer um infarto chega a ser 24% mais que uma pessoa que nunca foi exposta ao cigarro. Segundo o Inca – Instituto Nacional do Câncer, o número de mortes anuais chega a 2.655. O tabagismo também é considerado uma doença pediátrica, pois quem mais sofre com o fumo passivo são as crianças, que podem desenvolver doenças cardiovasculares.

Segundo dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), realizado pelo Ministério da Saúde, o número de fumantes permanece em queda no Brasil. De 2006 a 2011, o percentual de fumantes passou de 16,2% para 14,8%. A incidência de homens fumantes no período 2006-2011 diminuiu a uma taxa média de 0,6 % ao ano.

O Vigitel 2011 apontou que 11,8% dos brasileiros não-fumantes moram com pelo menos uma pessoa que fuma dentro de casa. Além disso, 12,2% das pessoas que não fumam convivem com algum colega fumante no local de trabalho. De acordo como o INCA, pelo menos 2,6 mil não fumantes morrem no Brasil por ano devido a doenças provocadas pelo tabagismo passivo. Realizada nas capitais, a pesquisa mostrou que 10% da população de adultos de Fortaleza é de fumantes.

Mais informações sobre o serviço do Centro de Saúde do Meireles podem ser obtidas pelo telefone 31011440. No Hospital de Messejana, os que querem deixar de fumar podem solicitar informações pelo telefone 3101.4062.

Assessoria de Comunicação da Sesa

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Curso forma ouvidores do SUS para os municípios do Ceará


A Ouvidoria Geral da Secretaria da Saúde do Estado realizará, em parceria com a Escola de Gestão Pública do Estado do Ceará (EGP) e a Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado (CGE), o Curso Básico de Formação de Ouvidores Públicos, dirigido aos técnicos em ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS) dos municípios cearenses. O curso de 40 horas-aula será ministrado em Fortaleza e formará três turmas. A primeira, de 26 a 30 de agosto, é destinada aos municípios da Macrorregião de Saúde do Cariri, a segunda, de 9 a 13 de setembro, para as Macrorregiões de Fortaleza e Sertão Central, e, a terceira, de 23 a 27 de setembro, para a Macrorregião de Sobral. Informações sobre as inscrições podem ser obtidas nas Coordenadorias Regionais de Saúde ou na Ouvidoria Geral da Sesa pelo endereço eletrônico ouvidoriasesa@saude.ce.gov.br ou pelo telefone (85) 3101.5227.

No Ceará, 93 municípios que aderiram ao Contrato Organizativo de Ação Pública (COAP) assumiram o compromisso de implantar suas ouvidorias do SUS até final de 2013 e 61 informaram já dispor de ouvidorias em funcionamento. O Estado assumiu a tarefa de colaborar com o apoio técnico e a qualificação das equipes dessas ouvidorias municipais, e a União comprometeu-se em fornecer o Sistema Informatizado OuvidorSUS e o apoio técnico para garantir o bom funcionamento dessas ouvidorias. Estabelecidos entre municípios, Estado e União em 20 regiões de saúde, os Contratos Organizativos de Ação Pública definiram compromissos das três esferas de governo com a estruturação do Sistema Nacional de Ouvidorias do SUS no Ceará.

As ouvidorias do SUS têm o papel de acolher as manifestações dos cidadãos, efetuar o encaminhamento, orientação e acompanhamento da demanda e dar retorno ao usuário, na busca de propiciar uma resolução adequada aos problemas apresentados; ampliar a participação dos cidadãos na gestão do SUS; possibilitar à instituição a avaliação contínua da qualidade das ações e dos serviços prestados; e subsidiar a gestão nas tomadas de decisões e na formulação de políticas públicas de saúde. A estruturação do Sistema Nacional de Ouvidorias do SUS no âmbito do Estado do Ceará envolve o apoio, o monitoramento e a avaliação do processo de implantação e implementação das Ouvidorias do SUS nos municípios e nas unidades assistenciais de saúde pública, contando com a participação ativa do Fórum Cearense de Ouvidorias do SUS, composto pelas ouvidorias do SUS já existentes no Ceará.

Os usuários do SUS podem falar com as ouvidorias da Secretaria da Saúde do Estado, incluindo hospitais, unidades e regionais de saúde pelo telefone 0800.275.1520, por carta (Avenida Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema – CEP 60060-440), ou pelo SOU Sistema de Ouvidoria.

Assessoria de Comunicação da Sesa

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Policlínica em Sobral amplia acesso aos especialistas e a exames


Os números de atendimentos da Policlínica Bernardo Félix da Silva, construída pelo governo do Estado em Sobral, comprovam que a população dos 24 municípios da 11º Região de Saúde passou a ter mais acesso aos especialistas e  a exames. Em 1 ano de funcionamento da policlínica, completado no último dia 21 de agosto,  foram realizados 20 mil e 191 atendimentos. Só exames de imagem foram feitos 11 mil e 110. Desse total, exames importantes para precisão e clareza de diagnósticos, a exemplo da tomografia computadorizada, com 4011 feitas, e o eletrocardiograma, com 988, destacados no desempenho de 1 ano da unidade que integra a nova rede de assistência à saúde do Ceará.

O Ceará terá, no total, 22 policlínicas regionais construídas pelo governo do Estado. Dez já estão em funcionamento em diferentes regiões de saúde, 10 estão com as obras sendo concluídas e estão sendo equipadas para inaugurações . A nova rede é formada também por 19 Centros de Especialidades Odontológicas (15 em funcionamento, três sendo equipados para inaugurações e um a ser iniciado, cinco hospitais regionais, com dois funcionando em Sobral e Juazeiro do Norte, um em construção em Quixeramobim e dois a serem construídos na Região Metropolitana de Fortaleza e o outro no Maciço de Baturité.


No atendimento da Policlínica regional em Sobral, feito das 7 às 19 horas, de segunda a sexta-feira, a população dos 24 municípios conta também com serviços de enfermagem, nutrição, fisioterapia, terapia ocupacional. Somente na fisioterapia o número de atendimentos chegou a 2.251. No salão dos serviços de fisioterapia os pacientes utilizam equipamentos diversificados, como esteiras e bicicletas ergométricas. Para atender as necessidades dos pacientes, novos serviços serão ofertados a partir do próximo mês de setembro, entre eles a biopsia de próstata.
 
Os 24 municípios atendidos na policlínica são: Alcântaras,  Cariré, Catunda, Coreaú, Forquilha, Frecheirinha, Graça, Groaíras, Hidrolândia, Ipu, Irauçuba, Massapê, Meruoca, Moraújo, Mucambo, Pacujá, Pires Ferreira, Reriutaba, Santana do Acaraú, Santa Quitéria, Senador Sá, Sobral, Uruoca e Varjota. Todos esses municípios estão integrados no consórcio público de saúde, estratégia de gestão em que o governo do Estado compartilha com os municípios o custeio da unidade. Assim, oferta e assegura os serviços de saúde ofertados na policlínica para todos os municípios da região.

Assessoria de Comunicação da Sesa

Mais de 70% dos médicos cubanos vão para o Norte e Nordeste 22/08/2013 - 15h07

Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A maioria dos médicos cubanos (74%), que chegarão ao Brasil na próxima segunda-feira (26), vai trabalhar nas regiões Norte e Nordeste, informou hoje (22) o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. "A vantagem dos acordos bilaterais é que eles estão vindo para aqueles locais onde o Brasil indica que é preciso um médico. São regiões que não foram escolhidas pelos médicos brasileiros nem estrangeiros", explicou. O secretário participou, durante a manhã, de um encontro preparatório sobre o Programa Mais Médicos com representantes de prefeituras paulistas.
O anúncio da contratação de profissionais de Cuba foi feita ontem (21) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Espera-se que, até o final do ano, 4 mil médicos cheguem ao país. Nesta primeira etapa do acordo, que inicia na segunda-feira, 400 profissionais desembarcam no Brasil e mais 2 mil são aguardados no dia 4 de outubro. Eles vão passar pelo mesmo processo de avaliação dos médicos com diploma estrangeiro e não precisarão revalidar o diploma.
Os cubanos vão suprir a demanda de 701 municípios que não foram escolhidos por nenhum médico na primeira chamada do programa. "São médicos que se dispõem, que têm muita experiência em missões internacionais e já atuaram em outros países. Dentro de um acordo bilateral, eles vão trabalhar em locais onde há infraestrutura e um acolhimento da prefeitura", destacou Barbosa.
O secretário rebateu a crítica de entidades médicas brasileiras de que esses profissionais estariam vindo ao país em regime de semiescravidão. "Todos esses médicos estão vindo voluntariamente. Terão previdência paga pelo ministério. Alimentação e moradia paga pelo município. Dificilmente isso se assemelha a qualquer coisa parecida com escravidão", respondeu.
Especificamente sobre os médicos de Cuba, Barbosa reforçou que o Brasil repassará ao governo cubano a mesma quantia destinada aos demais profissionais, R$ 10 mil. O repasse será feito por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). "Nós repassamos o recurso para a Opas, que, por sua vez, passa ao Ministério da Saúde de Cuba, que paga os cubanos. Eles vão receber o salário que o governo paga em missões no exterior", apontou, sem informar o valor.
Segundo o secretário, cerca de 30 mil médicos cubanos trabalham em outros países, como Haiti e Venezuela. "Não podemos pagá-los diretamente. O governo cubano só aceita enviar através de um acordo bilateral", disse. Ele relembrou que essa prática, de importação de médicos, já foi adotada no Brasil, na década de 1990, quando a maioria dos médicos da atenção básica em Roraima, no Tocantins e em alguns estados do Nordeste era de Cuba. "Nunca soubemos de nenhum erro desses médicos e nenhum problema de imperícia. Nem mesmo que tenha havido denúncia de trabalho escravo", declarou.
Barbosa informou que esses profissionais, assim como os demais contratados, terão alimentação e moradia custeados pelo governo municipal. "Pela formação mais completa que eles têm, específica em atenção básica de saúde, nada indica que eles não vão prestar um excelente trabalho agora", defendeu. Ele aposta que a contribuição do país parceiro terá impacto, sobretudo, na redução da mortalidade infantil, dos casos de tuberculose, de hanseníase. "Eles vão fazer com que essas pessoas tenham mais acesso à saúde", declarou.

Edição: Carolina Pimentel

Fonte: Agência Brasil 

Senado proíbe venda de refrigerantes e alimentos gordurosos nas escolas

Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A garantia de uma alimentação adequada nas escolas de ensino básico do país depende agora da aprovação dos deputados federais. Hoje (21), o Senado concluiu a votação do projeto de lei que proíbe cantinas e lanchonetes instaladas em escolas de vender bebidas com baixo teor nutricional, como os refrigerantes, ou alimentos com quantidades elevadas de açúcar, de gordura saturada, de gordura trans ou sal.
O montagem dos cardápios destes estabelecimentos é motivo de preocupação em alguns estados, que definiram normas para os cardápios oferecidos aos alunos, mas, até hoje, não há regra que padronize a medida nacionalmente. O assunto é discutido no Congresso há quase oito anos.
Os senadores esperam uniformizar a qualidade dos alimentos e estimular ações de educação nutricional e sanitária nas escolas. O projeto havia sido aprovado no colegiado mas, como a decisão é terminativa, a medida precisou ser submetida a segundo turno de votação. O projeto segue agora para apreciação da Câmara dos Deputados.


Edição: Beto Coura

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Doenças do século 19 ainda são desafios para a saúde pública

Aline Leal Valcarenghi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O mesmo Sistema Único de Saúde (SUS) que fez mais de 22 mil cirurgias de transplantes de órgão e lida diariamente com doenças relacionadas a um novo estilo de vida imposto pela modernidade do século 21 - corrido e ao mesmo tempo sedentário -, ainda precisa prestar atendimento a pessoas com enfermidades que se expandiram desde o século 19. De acordo com a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Tânia Araújo Jorge, as chamadas “doenças negligenciadas” têm um determinante social muito forte e suas sequelas alimentam o círculo da pobreza.

“Renda, condições de educação, de saneamento e água influenciam bastante na permanência dessas doenças, por isso são consideradas doenças relacionadas à pobreza”, explica Tânia. As doenças negligenciadas consideradas prioritárias pelo governo federal são dengue, doença de Chagas, leishmaniose, malária, esquistossomose, hanseníase e tuberculose. A pesquisadora destaca que outra característica desses males é que, de forma geral, são negligenciados pela indústria farmacêutica global. “Não tem interesse em investimento de pesquisa para geração de vacina, de medicamentos, porque é um mercado pobre, a atividade econômica não dá sustentação para um mercado global” avaliou.

Tânia Araújo acrescenta ainda que outro componente que contribui para a permanência dessas doenças na agenda do governo é a omissão da rede pública de saúde na atenção a essas populações. “Muitas vezes você tem o medicamento, mas o serviço de saúde não propicia o acesso às soluções já conhecidas”, diz.
A pesquisadora ressaltou que não adianta ter apenas um planejamento do governo federal, “tem que haver ação na ponta. A articulação entre os entes federal, estaduais e municipais é muito importante”. Para ela, as políticas voltadas para a as doenças negligenciadas são tratadas como política de governo e não de Estado, e por isso é muito comum que sejam suspensas a cada troca de governo.
“Esse tema não deve sair da agenda política, ele está muito presente na agenda dos cientistas, mas isso por si só não é o suficiente. Os resultados das pesquisas têm que ser colocado na agenda política do país” frisou Tânia, acrescentando que o investimento em educação é fundamental.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2012 foram registrados mais de 33 mil novos casos de hanseníase, considerada uma das doenças mais antigas que acometem o homem e que tem cura. Os estados de Mato Grosso, Maranhão e do Tocantins apresentaram em 2012 alta incidência da doença, enquanto todos os estados da Região Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, na Região Sudeste, somados ao Rio Grande do Norte, no Nordeste, alcançaram a meta de eliminação da hanseníase como problema de saúde pública.

A pesquisadora explicou que com o avanço das pesquisas na saúde a letalidade das doenças negligenciadas diminuiu em relação à do século 19, porém, a convivência prolongada com elas traz mais morbidades. “A mortalidade hoje no Brasil é muito mais causada por doenças cardiovasculares, câncer, doenças crônicas. Essas doenças infecciosas da pobreza conseguem ser controladas, menos de 5% da população morrem em consequência delas. No entanto, elas são muito frequentes, em crianças atrapalham o rendimento escolar, atrapalham o crescimento, em adultos atrapalham a inserção no mercado de trabalho, de forma que sustenta um círculo que mantém a pobreza” diz a especialista.

Ao mesmo tempo em que o SUS precisa lidar com essas doenças, aumenta o número de pessoas acometidas por males intimamente relacionados ao ritmo de vida mais acelerado, às cobranças e ao sedentarismo, cada vez mais comuns na vida de quem vive nas metrópoles. “Obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus, depressão, problemas de tireoide, dor nas costas, doenças ocupacionais, são as doenças que mais atormentam a sociedade moderna”, avalia Samira Layaun, médica especialista em medicina preventiva e consultora de saúde e qualidade de vida.
Na avaliação da especialista, falta estrutura e investimento em saúde pública para atender à demanda ocasionada por essas doenças. Mesmo figurando em agendas de saúde tão distintas, tanto as doenças negligenciadas como as ditas “da vida moderna” precisam de investimento maciço em educação.

“O governo deveria investir mais em campanhas educativas e ações que estimulem as pessoas a adotar bons hábitos alimentares, de sono, exercícios, entre outros. De outro lado, as pessoas deveriam aderir a esses bons hábitos. Procurar alimentar-se e hidratar-se corretamente, dormir, no mínimo, oito horas por noite, praticar exercícios com regularidade, manter o peso e o estresse sob controle, ficar longe do cigarro, do álcool, das drogas, praticar boas ações e nutrir bons sentimentos. São práticas que colaboram tanto na prevenção como no tratamento das doenças da vida moderna”, reforçou Samira à Agência Brasil.
 




Doença
Descrição do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inovação em Doenças Negligenciadas – Ligada à Fundação Oswaldo Cruz
Incidência de acordo com o Ministério da Saúde
Esquistossomose:
A esquistossomose, também conhecida como bilharzíase ou "febre do caramujo", é uma doença parasitária, transmitida por caramujos infectados com uma das cinco variedades do parasita Schistosoma. A infecção tem ampla distribuição no hemisfério sul, com uma relativa baixa taxa de mortalidade, e alta morbidade, que debilita milhões de pessoas ao redor do mundo.
O maior registro da doença está na Região Nordeste, especificamente em Pernambuco. Em seguida, aparece a Região Sudeste, com maior índice em Minas Gerais. Já a Região Norte não apresentou registro da doença em 2012. Os registros do Ministério da Saúde apontavam 31.744 casos esquistossomose em 2012.
Hanseníase:
Doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae que afeta os nervos e a pele e que provoca danos severos. É transmitida por gotículas de saliva. É endêmica em certos países do Hemisfério Sul, principalmente na Ásia.
Os estados de Mato Grosso, Maranhão e do Tocantins apresentaram, em 2012, coeficientes de prevalência altos - entre 5 e 9,99 casos por 10 mil habitantes -, enquanto todos os da Região Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, na Região Sudeste, somados ao Rio Grande do Norte, no Nordeste, alcançaram a meta de eliminação da hanseníase como problema de saúde pública.
Em 2012, o registros do Ministério da Saúde apontavam 33.303 casos de hanseníase.
Dengue:
Dengue e a febre hemorrágica da dengue (FHD) são causadas por quatro sorotipos do vírus. A infecção é mais comum nas Américas e na Ásia e em outras regiões tropicais e é transmitida ao homem pela picada de mosquitos infectados. Os sintomas incluem dores de cabeça, febre, dores nas juntas e músculos
A transmissão de dengue foi mais intensa na Região Sudeste com 875.457, seguida pela Região Centro-Oeste com 261.541 (os números são referentes ao período de 30/12/2012 a 6/7/2013).Em 2012 houve mais de 590 mil casos de dengue no Brasil.
Doença de Chagas:
A doença de Chagas só é encontrada na América Latina. É a infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Muitas vezes na fase inicial a doença não apresenta sintomas, mas quando aparecem podem ser febre, mal-estar, falta de apetite, dor ganglionar, inchaço ocular e aumento do fígado e baço, entre outros. Atualmente, os casos têm ocorrido principalmente na região amazônica, em especial no estado do Pará, devido à ingestão de alimentos contaminados com o Trypanosoma cruzi, parasita causador da doença. Nas outras regiões, a principal forma de transmissão era a vetorial, quando o inseto transmissor, o barbeiro, infestava e colonizava o interior dos domicílios. Hoje, essa forma de transmissão está interrompida, ocorrendo casos de maneira esporádica, principalmente devido à proximidade com o ciclo silvestre da doença. A estimativa é que no Brasil há entre 2 e 3 milhões de pessoas com a doença.
Malária
A malária é considerada uma das mais graves infecções parasitárias da humanidade. Presente em 110 países, a doença ameaça metade da população mundial. A cada ano surgem de 350 a 500 mil casos, principalmente no Continente Africano. Causada pelo parasita Plasmodium, a malária é transmitida de pessoa a pessoa por meio da picada de mosquitos Anopheles.
Amazonas e Amapá são os estados que apresentam maior número de casos.
Tuberculose:
Doença infectocontagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos, como os rins, e tecidos, como os ossos. É causado pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch (BK). Aproximadamente um terço da população do mundo está infectada com o bacilo da tuberculose, que é a principal causa de morte de pessoas que estão infectadas pelo HIV, devido ao enfraquecimento das defesas imunológicas.
Os estados de maior incidência são Amazonas e Rio de Janeiro com 67,3 casos por 100 mil habitantes. Já os locais com menor incidência são o Tocantins e o Distrito Federal com 13, 5 casos por 100 mil habitantes. No momento, Cuiabá é a capital com maior incidência, com 100 casos por 100 mil habitantes. A capital com menor índice é Palmas, com 9,5 casos por 100 mil habitantes. Números de 2012 mostram o registro de 71.230 pessoas com tuberculose.
Leishmaniose:
Doença causada por protozoários parasitas do gênero Leishmania transmitida por meio da picada de certas espécies de flebotomíneos. Os sintomas da infecção incluem feridas na pele, febre, anemia e danos ao fígado e baço. A forma mais grave da doença, a leishmaniose visceral, ocorre quando os parasitas migram para os órgãos vitais. Atualmente, cerca de 90% dos casos de leishmaniose na América Latina ocorrem no Brasil.
A Região Norte apresenta a maior incidência, sendo o Tocantins o estado com maior concentração da doença. Em seguida, aparece a Região Nordeste, com casos registrados no Maranhão, Piauí e Ceará, respectivamente. Números de 2012 mostram o registro de 3.043 pessoas com tuberculose.
Edição: Marcos Chagas

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Brasil vai testar vacina contra dengue em humanos

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o Instituto Butantan a fazer testes da vacina contra a dengue em seres humanos. O teste terá a duração de cinco anos e será feito em 300 voluntários. Segundo o Ministério da Saúde, a autorização dada pela Anvisa é para a fase dois do estudo e visa a analisar efetivamente a eficácia e segurança da vacina tetravalente e que pretende prevenir a população contra os quatro tipos da doença (1, 2, 3 e 4).
Os testes em pessoas serão feitos no Instituto Central (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo-USP); no Instituto da Criança (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP) e no Hospital das Clínicas (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP). O ministério está investindo R$ 200 milhões na pesquisa da vacina contra a dengue e projetos de outros produtos biológicos.
A pesquisa da nova vacina foi iniciada em 2006 pelo Instituto Butantan. Se for aprovada em todas as etapas da pesquisa clínica, poderá ser vendida e distribuída à população. A perspectiva do governo, em caso de sucesso em todas as etapas, é atender a demanda global e também exportar a vacina contra a dengue.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, avalia que a autorização para os testes é um grande passo para o enfrentamento da doença e faz parte dos esforços do governo para proteger a população contra a dengue.
O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), também está pesquisando uma vacina contra a dengue com apoio do Ministério da Saúde. Os estudos começaram em 2009, em parceria com o laboratório privado GSK.


Edição: Carolina Pimentel

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Sesa reúne hospitais para implantar Registro Estadual do AVC


Os 32 hospitais e 36 clínicas radiológicas de Fortaleza, participantes da segunda etapa do Programa de Atenção Integral e Integrada ao Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Estado do Ceará, da Secretaria da Saúde do Estado, participarão de reunião na terça-feira, 20 de agosto, para a implantação do Registro Estadual de AVC, em cumprimento da Portaria nº 5681, de 2009, que disciplina a notificação compulsória da doença no Ceará. A reunião será realizada a partir das 8 horas, na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/Ce), na Avenida Antônio Justa, 3161, Meireles.

A segunda etapa do estudo epidemiológico do AVC é realizada em convênio com a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, de São Paulo, e financiamento de R$ 1,7 milhão do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde. Na primeira etapa do estudo,  entre junho de 2009 e maio de 2012, a mortalidade por AVC em Fortaleza caiu 17% e diminuíram em 32% as complicaçóes em conseqüência da doença.

O Programa de Atenção ao AVC, desenvolvido nas vertentes epidemiológica, assistencial e educativa, iniciou as ações de vigilância epidemiológica em 2006, com o georreferenciamento de todas as mortes por AVC em Fortaleza. Em 2009 foi iniciado o estudo hospitalar, envolvendo 19 hospitais da Capital. Identificados por concentrar mais de 90% das mortes por AVC, esses hospitais foram visitados por uma equipe de seis pesquisadores que realizaram a busca ativa de novos casos. No total, foram identificados 4.686 casos.

O marco do programa foi a inauguração, em outubro de 2009, da Unidade de AVC do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), que atendeu 1.400 pacientes no primeiro ano de funcionamento. Os pacientes tiveram acesso ao tratamento trombolítico e a exames modernos como a tomografia realizada pelo tomógrafo multislice, que realiza o exame em apenas 5 segundos. Entre 2009 e 2012, a proporção de internações por AVC com realização de tomografia em Fortaleza aumentou de 90,5% para 98,1%.

O AVC ocorre subitamente em qualquer idade, sexo ou classe social. É a segunda doença que mais mata no mundo, responsável por 6 milhões de mortes a cada ano e a principal causa de incapacitação por conta das sequelas que pode deixar. Conhecido também como derrame, o AVC é uma doença que provoca a perda súbita de uma ou mais funções neurológicas. No AVC isquêmico, o mais comum, com 80% dos casos, ocorre a obstrução de um vaso sanguíneo de uma determinada região do cérebro.

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Já no AVC hemorrágico, ocorre a ruptura de um vaso sanguíneo cerebral e a formação de hematoma que comprime os tecidos cerebrais vizinhos. No Brasil, o AVC é a principal causa de morte e incapacitações. De acordo com o Ministério da Saúde, ocorreram 33 mil mortes por AVC no país em 2012. A doença mata mais que infarto, câncer, aids, acidentes e drogas. No Ceará, o AVC também é a principal causa de morte e incapacitação.

De 2009 a 2012, entre os pacientes monitorados pelo Programa de Atenção ao AVC, 78,6% (3.684 pacientes) receberam alta e 20%, ou 933 pacientes, morreram em consequência da doença. O AVC pode ser prevenido com o controle dos fatores de risco – manter a pressão arterial sob controle, tratar o diabetes, reduzir o peso, baixar os níveis de colesterol, não fumar, evitar uso abusivo de bebidas alcoólicas, fazer atividades físicas regulares, ter alimentação saudável e gerenciar o estresse.



Assessoria de Comunicação da Sesa

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Campanha de multivacinação começa dia 24 para crianças com menos de 5 anos



A caderneta de vacinação da criança está desatualizada? Os pais estão inseguros se o filho recebeu todas as vacinas? De 24 a 30 deste mês os pais têm a oportunidade de atualizarem a caderneta e por fim a qualquer dúvida, levando os filhos para serem vacinados nos postos de saúde contra diferentes doenças, entre elas a paralisia infantil, hepatite B, rotavírus e a tríplice viral,que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. É a Campanha de Multivacinação do Esquema Vacinal 2013,que será lançada no dia 23, às 9 horas, no Centro de Saúde do Meireles, avenida Antônio Justa, 3113, unidade da Secretaria da Saúde do Estado.   

A meta da campanha é imunizar 658.323 crianças menores 5 anos. A coordenadora de imunização da Sesa, Ana Vilma Leite Braga, pede que os pais ou responsáveis pelas crianças não esqueçam de levar aos postos de vacinação a caderneta para que seja feita uma avaliação criteriosa da situação vacinal. A estrutura de vacinação já está definida. Serão 1.900 postos fixos, além de 1.350 volantes para garantir a imunização mesmo em casos de crianças com dificuldades ou impossibilitadas de deslocamento. Em todos os municípios cearenses  haverá 20 mil profissionais envolvidas na campanha de multivacinação.

Proteção

Vacinar é uma importante forma de proteção que promove saúde. Os elevados índices de coberturas vacinais do Ceará são os um dos principais responsáveis pela redução da mortalidade infantil. Nos últimos 30 anos, segundo o IBGE, o Ceará foi o segundo Estado que mais reduziu mortalidade infantil no país. Segundo a publicação Agenda Estratégica 2012- 2015, elaborada pela Assessoria de Planejamento e Gestão da Sesa, a Taxa de Mortalidade Infantil no Estado ficou em 13,1 por mil nascidos vivos. A meta até 2015 é reduzir essa taxa ainda mais, caindo para 11,8 por cada mil crianças nascidas vivas.



Assessoria de Comunicação da Sesa

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

2º encontro de avaliação das ouvidorias municipais do SUS da 11ª CRES

Está sendo realizado hoje dia 09 de agosto de 2013 na sala nº 01 da Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Saboia em Sobral o segundo encontro de avaliação das ouvidorias municipais do SUS da 11ª CRES. Este encontro é de extrema importância para o monitoramento do Plano de Ação do DOGES-Departamento de Ouvidoria Geral de Saúde e do processo de implementação das ouvidorias municipais do SUS.