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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Dia Nacional de Combate ao Fumo tem atividade no Center Um


A Secretaria da Saúde do Estado realizará atividades educativas e prestará orientações e serviços sobre o tabagismo nesta quinta-feira, 29 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Fumo, das 14 às 18 horas, no Shopping Center Um, Aldeota. Criado por lei em 1986, o Dia Nacional de Combate ao Fumo tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. Os fumantes que circularem pelo shopping terão a oportunidade de saber o nível de contaminação por monóxido de carbono nos pulmões, medido através do monoxímetro.  

Com abordagem voltada para a iniciação ao fumo, a campanha do Dia Nacional de Combate ao Fumo trabalha este ano o uso do narguilé, também é conhecido como cachimbo d’água ou shisha. De acordo com dados de pesquisa de 2008, o cachimbo de origem oriental tinha, na época, quase 300 mil consumidores no país. O uso de narguilé está associado com o desenvolvimento do câncer de pulmão, doenças respiratórias, doença periodontal e com o baixo peso ao nascer,  além de possibilitar a exposição a doses suficientes de nicotina que causam dependência. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma sessão de narguilé dura em média de 20 a 80 minutos, o que corresponde à exposição de todos os componentes tóxicos presentes na fumaça de aproximadamnente 100 cigarros.

Estudos também apontaram que o uso de narguilé, após 45 minutos de sessão, acarreta elevação das concentrações plasmáticas de nicotina, de monóxido de carbono expirado e dos batimentos cardíacos. Ocorre também maior exposição a metais pesados, altamente tóxicos e de difícil eliminação, como o cádmio. A longo prazo, seu consumo pode causar câncer de pulmão, boca e bexiga, aterosclerose e doença coronariana. Mas os riscos do uso do narguilé não estão somente relacionados ao tabaco, mas também a doenças infecto-contagiosas. O hábito de compartilhar o bucal entre os usuários pode resultar na transmissão de doenças como herpes, hepatite C e tuberculose.

O Programa de Controle do Tabagismo da Secretaria da Saúde do Estado atende a população no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM) e no Centro de Saúde Meireles. No HM, o programa foi criado em 2002 e já ajudou mais de 2 mil fumantes a abandonarem o vício.  Tanto no HM quanto no Meireles, fumantes são acompanhados por equipes multiprofissionais, formadas por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiras, nutricionistas.

No início do tratamento os pacientes são ouvidos sobre a motivação para deixar de fumar. São realizados exames para conheci mento sobre o quadro de saúde dos pacientes e o grau de dependência da nicotina, uma das principais substâncias encontradas no cigarro. O tratamento é baseado em abordagem cognitivo-comportamental e em uso de medicamentos. Orientações permanentes e em grupo sobre alimentação saudável e os riscos do tabagismo para a saúde também são rotina no Programa de Controle do Tabagismo.

Um único cigarro possui mais de 4 mil substâncias tóxicas, das quais 60 são comprovadamente cancerígenas, causando pelo menos 14 tipos diferentes de câncer. O principal fator de risco de doenças coronárias, como o infarto do miocárdio, é o uso de cigarro. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o tabaco mata cerca de 10 mil pessoas por dia e é a principal causa de morte no mundo, seguida pelo álcool e pela inalação indireta do fumo, ou seja, que atinge aquele indivíduo que não fuma, mas convive com fumantes.

A possibilidade de o fumante passivo sofrer um infarto chega a ser 24% mais que uma pessoa que nunca foi exposta ao cigarro. Segundo o Inca – Instituto Nacional do Câncer, o número de mortes anuais chega a 2.655. O tabagismo também é considerado uma doença pediátrica, pois quem mais sofre com o fumo passivo são as crianças, que podem desenvolver doenças cardiovasculares.

Segundo dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011), realizado pelo Ministério da Saúde, o número de fumantes permanece em queda no Brasil. De 2006 a 2011, o percentual de fumantes passou de 16,2% para 14,8%. A incidência de homens fumantes no período 2006-2011 diminuiu a uma taxa média de 0,6 % ao ano.

O Vigitel 2011 apontou que 11,8% dos brasileiros não-fumantes moram com pelo menos uma pessoa que fuma dentro de casa. Além disso, 12,2% das pessoas que não fumam convivem com algum colega fumante no local de trabalho. De acordo como o INCA, pelo menos 2,6 mil não fumantes morrem no Brasil por ano devido a doenças provocadas pelo tabagismo passivo. Realizada nas capitais, a pesquisa mostrou que 10% da população de adultos de Fortaleza é de fumantes.

Mais informações sobre o serviço do Centro de Saúde do Meireles podem ser obtidas pelo telefone 31011440. No Hospital de Messejana, os que querem deixar de fumar podem solicitar informações pelo telefone 3101.4062.

Assessoria de Comunicação da Sesa

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