Os 32 hospitais e 36 clínicas radiológicas de Fortaleza, participantes da
segunda etapa do Programa de Atenção Integral e Integrada ao Acidente Vascular
Cerebral (AVC) no Estado do Ceará, da Secretaria da Saúde do Estado,
participarão de reunião na terça-feira, 20 de agosto, para a implantação do
Registro Estadual de AVC, em cumprimento da Portaria nº 5681, de 2009, que
disciplina a notificação compulsória da doença no Ceará. A reunião será
realizada a partir das 8 horas, na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/Ce), na
Avenida Antônio Justa, 3161, Meireles.
A segunda etapa do estudo
epidemiológico do AVC é realizada em convênio com a Sociedade Beneficente
Israelita Brasileira Albert Einstein, de São Paulo, e financiamento de R$ 1,7
milhão do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de
Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde. Na primeira etapa do estudo, entre
junho de 2009 e maio de 2012, a mortalidade por AVC em Fortaleza caiu 17% e
diminuíram em 32% as complicaçóes em conseqüência da doença.
O Programa
de Atenção ao AVC, desenvolvido nas vertentes epidemiológica, assistencial e
educativa, iniciou as ações de vigilância epidemiológica em 2006, com o
georreferenciamento de todas as mortes por AVC em Fortaleza. Em 2009 foi
iniciado o estudo hospitalar, envolvendo 19 hospitais da Capital. Identificados
por concentrar mais de 90% das mortes por AVC, esses hospitais foram visitados
por uma equipe de seis pesquisadores que realizaram a busca ativa de novos
casos. No total, foram identificados 4.686 casos.
O marco do programa foi
a inauguração, em outubro de 2009, da Unidade de AVC do Hospital Geral de
Fortaleza (HGF), que atendeu 1.400 pacientes no primeiro ano de funcionamento.
Os pacientes tiveram acesso ao tratamento trombolítico e a exames modernos como
a tomografia realizada pelo tomógrafo multislice, que realiza o exame em apenas
5 segundos. Entre 2009 e 2012, a proporção de internações por AVC com realização
de tomografia em Fortaleza aumentou de 90,5% para 98,1%.
O AVC ocorre
subitamente em qualquer idade, sexo ou classe social. É a segunda doença que
mais mata no mundo, responsável por 6 milhões de mortes a cada ano e a principal
causa de incapacitação por conta das sequelas que pode deixar. Conhecido também
como derrame, o AVC é uma doença que provoca a perda súbita de uma ou mais
funções neurológicas. No AVC isquêmico, o mais comum, com 80% dos casos, ocorre
a obstrução de um vaso sanguíneo de uma determinada região do
cérebro.
Já
no AVC hemorrágico, ocorre a ruptura de um vaso sanguíneo cerebral e a formação
de hematoma que comprime os tecidos cerebrais vizinhos. No Brasil, o AVC é a
principal causa de morte e incapacitações. De acordo com o Ministério da Saúde,
ocorreram 33 mil mortes por AVC no país em 2012. A doença mata mais que infarto,
câncer, aids, acidentes e drogas. No Ceará, o AVC também é a principal causa de
morte e incapacitação.
De 2009 a 2012, entre os pacientes monitorados
pelo Programa de Atenção ao AVC, 78,6% (3.684 pacientes) receberam alta e 20%,
ou 933 pacientes, morreram em consequência da doença. O AVC pode ser prevenido
com o controle dos fatores de risco – manter a pressão arterial sob controle,
tratar o diabetes, reduzir o peso, baixar os níveis de colesterol, não fumar,
evitar uso abusivo de bebidas alcoólicas, fazer atividades físicas regulares,
ter alimentação saudável e gerenciar o
estresse.
Assessoria de Comunicação da Sesa
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