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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Sesa reúne hospitais para implantar Registro Estadual do AVC


Os 32 hospitais e 36 clínicas radiológicas de Fortaleza, participantes da segunda etapa do Programa de Atenção Integral e Integrada ao Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Estado do Ceará, da Secretaria da Saúde do Estado, participarão de reunião na terça-feira, 20 de agosto, para a implantação do Registro Estadual de AVC, em cumprimento da Portaria nº 5681, de 2009, que disciplina a notificação compulsória da doença no Ceará. A reunião será realizada a partir das 8 horas, na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/Ce), na Avenida Antônio Justa, 3161, Meireles.

A segunda etapa do estudo epidemiológico do AVC é realizada em convênio com a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, de São Paulo, e financiamento de R$ 1,7 milhão do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde. Na primeira etapa do estudo,  entre junho de 2009 e maio de 2012, a mortalidade por AVC em Fortaleza caiu 17% e diminuíram em 32% as complicaçóes em conseqüência da doença.

O Programa de Atenção ao AVC, desenvolvido nas vertentes epidemiológica, assistencial e educativa, iniciou as ações de vigilância epidemiológica em 2006, com o georreferenciamento de todas as mortes por AVC em Fortaleza. Em 2009 foi iniciado o estudo hospitalar, envolvendo 19 hospitais da Capital. Identificados por concentrar mais de 90% das mortes por AVC, esses hospitais foram visitados por uma equipe de seis pesquisadores que realizaram a busca ativa de novos casos. No total, foram identificados 4.686 casos.

O marco do programa foi a inauguração, em outubro de 2009, da Unidade de AVC do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), que atendeu 1.400 pacientes no primeiro ano de funcionamento. Os pacientes tiveram acesso ao tratamento trombolítico e a exames modernos como a tomografia realizada pelo tomógrafo multislice, que realiza o exame em apenas 5 segundos. Entre 2009 e 2012, a proporção de internações por AVC com realização de tomografia em Fortaleza aumentou de 90,5% para 98,1%.

O AVC ocorre subitamente em qualquer idade, sexo ou classe social. É a segunda doença que mais mata no mundo, responsável por 6 milhões de mortes a cada ano e a principal causa de incapacitação por conta das sequelas que pode deixar. Conhecido também como derrame, o AVC é uma doença que provoca a perda súbita de uma ou mais funções neurológicas. No AVC isquêmico, o mais comum, com 80% dos casos, ocorre a obstrução de um vaso sanguíneo de uma determinada região do cérebro.

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Já no AVC hemorrágico, ocorre a ruptura de um vaso sanguíneo cerebral e a formação de hematoma que comprime os tecidos cerebrais vizinhos. No Brasil, o AVC é a principal causa de morte e incapacitações. De acordo com o Ministério da Saúde, ocorreram 33 mil mortes por AVC no país em 2012. A doença mata mais que infarto, câncer, aids, acidentes e drogas. No Ceará, o AVC também é a principal causa de morte e incapacitação.

De 2009 a 2012, entre os pacientes monitorados pelo Programa de Atenção ao AVC, 78,6% (3.684 pacientes) receberam alta e 20%, ou 933 pacientes, morreram em consequência da doença. O AVC pode ser prevenido com o controle dos fatores de risco – manter a pressão arterial sob controle, tratar o diabetes, reduzir o peso, baixar os níveis de colesterol, não fumar, evitar uso abusivo de bebidas alcoólicas, fazer atividades físicas regulares, ter alimentação saudável e gerenciar o estresse.



Assessoria de Comunicação da Sesa

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