A meta de 80% de cobertura para a vacinação de meninas de 11 a 13 anos contra o
HPV, em 30 dias de mobilização, estabelecida pelo Ministério da Saúde, foi
superada pelo Ceará, conforme demonstra o “Vacinômetro” do Sistema de Informação
do Programa Nacional de Imunizações (pni.datasus.gov.br). Iniciada em 10 de
março, a imunização com a vacina papilovírus humano quadrivalente alcançou na
sexta-feira, 11 de abril, 82,24% da população-alvo de 242.810 adolescentes, com
201.132 doses aplicadas. A vacina continuará disponível nos postos da rede
pública durante todo o ano, como parte da rotina de imunização.
Cada
adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção, sendo a segunda
seis meses após a primeira dose e, a terceira, cinco anos depois. A partir de
setembro, as meninas vacinadas no primeiro semestre passam a receber a segunda
dose. Neste ano, será vacinado o primeiro grupo (11 a 13 anos). Em 2015, a
vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, às
meninas de 9 anos.
A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para
proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram
nenhum contato com o vírus. Hoje, é utilizada como estratégia de saúde pública
em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização. A eficácia da
vacina é de 98,8% contra a doença. O câncer de colo de útero, segunda principal
causa de morte por neoplasias entre mulheres no Brasil, está associado à
infecção pelo HPV.
A infecção pelo HPV é muito frequente, mas
transitória, regredido espontaneamente na maioria das vezes. No pequeno número
de casos nos quais a infecção persiste e, especialmente, é causada por um tipo
viral oncogênico (com potencial para causar câncer), pode ocorrer o
desenvolvimento de lesões precursoras, que se não forem identificadas e tratadas
podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero.
Os HPV
são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Na maioria dos casos, o HPV
não apresenta sintomas e é eliminado pelo organismo espontaneamente. O HPV pode
ficar no organismo durante anos sem a manifestação de sinais e sintomas. O vírus
é altamente contagioso, sendo possível a contaminação com uma única exposição. A
transmissão se dá por contato com a pele ou mucosa
infectada.
Assessoria de Comunicação da Sesa
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