Entre 4 e
8 de agosto a Secretaria da Saúde do Estado promove a Semana de Saúde do Homem
Trabalhador Portuário, no Porto do Mucuripe, em Fortaleza, das 8 às 17 horas,
com ações que objetivam sensibilizar, atender e orientar a população masculina
do porto sobre os cuidados com a saúde e identificar as ameaças à saúde desse
público. A iniciativa, que teve a primeira edição no ano passado, no Porto de
Santos, faz parte das ações desenvolvidas pelo acordo de cooperação firmado
entre a Secretaria de Portos da Presidência da República e o Ministério da
Saúde. A semana conta com oficinas de capacitação para profissionais da área de
saúde e segurança que atuam no setor portuário e para profissionais de saúde do
Estado.
A programação inclui palestras e oficinas para capacitar os
profissionais da área de saúde e segurança que atuam no espaço portuário e
profissionais de saúde. Entre as atividades, está o circuito saúde, que engloba
o "Programa Eu sou 12 x 8 – Saúde do Adulto", com medição da pressão arterial,
glicemia capilar e encaminhamento para avaliação cardiológica, se for o caso.
Também é feita atualização da carteira de vacinação, avaliação odontológica,
avaliação oftalmológica, alimentação e nutrição, além de verificação de casos de
trabalhadores acometidos por Lesão por Esforço Repetitivo (LER/DORT). São ainda
fornecidas informações e orientações sobre sintomas e tratamento da dengue e
algumas zoonoses, além de coleta de sangue para testes de hepatites B e C,
sífilis, HIV e busca ativa de casos de tuberculose.
A saúde do homem
trabalhador portuário como uma questão de segurança é o tema a ser explorado
durante as atividades da semana, que recebem apoio da Secretaria Municipal de
Saúde de Fortaleza, do Serviço Social do Transporte (Sest) e Serviço Nacional de
Aprendizagem do Transporte (Senat). O público-alvo são os trabalhadores
portuários, motoristas de transportes de carga, trabalhadores que atuam no
órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) e profissionais de saúde e segurança que
atuam no espaço portuário.
A Política Nacional de Atenção Integral à
Saúde do Homem foi lançada em 2009 para facilitar e ampliar o acesso da
população masculina de 20 a 59 anos aos serviços de saúde, além de criar
mecanismos para melhorar a assistência. No Ceará, a Secretaria da Saúde do
Estado, através da Coordenadoria de Políticas de Atenção à Saúde (Copas), GT
Saúde do Homem e do Núcleo de Atenção à Saúde do Trabalhador (Nuast),
operacionalizam a aplicação da PNAISH com a finalidade de reduzir a morbidade da
população masculina através do enfrentamento racional dos fatores de risco e
melhoria do acesso às ações e aos serviços de assistência.
Na rotina da
atenção à saúde do homem, o Centro de Saúde do Meireles, unidade da Secretaria
da Saúde do Estado, localizado na Avenida Antônio Justa, 3113, Meireles,
funciona também à noite como opção de atendimento à população masculina. A
implantação do turno noturno, que funciona de segunda a sexta-feira, das 17 às
21 horas, é uma estratégia que permite o atendimento em saúde aos homens, para
que não haja o comprometimento de um dia de trabalho, pretexto muitas vezes
usado para não cuidarem da própria saúde.
O atendimento tem início com um
médico em clínica geral. Depois da consulta, o médico pode encaminhar o paciente
para a realização de exames laboratoriais, como de sangue urina, e mais
complexos, a exemplo da ultrassonografia de próstata, pélvica e abdominal,
feitos no próprio Centro. Dependendo do diagnóstico inicial, o paciente é
encaminhado aos especialistas nas áreas de cardiologia, urologia, serviços em
enfermagem, pequenas cirurgias e ginecologia, também sem sair do Centro. Todas
essas especialidades são ofertadas no Meireles. A ginecologia assegura o
tratamento conjunto das parceiras, como em doenças sexualmente transmissíveis
entre o casal.
Em Fortaleza, 3,8% dos homens maiores de 18 anos avaliam
negativamente o seu estado de saúde, conforme o Vigitel 2013 (Vigilância de
Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico),
realizado pelo Ministério da Saúde. Com relação aos fatores de risco, segundo o
levantamento, 10% dos homens são fumantes, 54,2% estão com excesso de peso
(Índice de Massa Corporal maior que 25kg/m2), 19,4% são obesos (Índice de Massa
Corporal maior que 30 kg/m2), 18,5% têm diagnóstico médico de hipertensão
arterial, 6,9% têm diagnóstico de diabetes e 13,2% têm diagnóstico de
dislipidemia (presença elevada de gorduras no sangue, como colesterol e
triglicérides).
Assessoria de Comunicação da Sesa
Selma Oliveira / Marcus Sá / ( selma.oliveira@saude.ce.gov.br / 85 3101.5220 / 3101.5221)