Apesar
do número crescente de casos, já que até o último fim de semana
haviam sido notificados 17, o governo afirma que o vírus não está
em circulação no país, pois todos os doentes foram infectados fora
do Brasil, segundo Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em
saúde do Ministério da Saúde.
"O
vírus não está circulando no Brasil. Não há nenhum caso no
Brasil que não seja importado. A diferença é que hoje há um foco
na América Central diferente de 2010 quando os casos que surgiram no
Brasil vieram da Índia e da Indonésia", disse.
São
Paulo é o Estado com maior número de casos, 11, destes nove são
militares. No Rio foram notificados três casos entre missionários;
no Paraná, dois casos; no Amazonas um militar teve a doença e no
Rio Grande do Sul um militar foi infectado.
Segundo
a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, dois homens de
Nova Friburgo e Arraial do Cabo vieram do Haiti, e a outra pessoa da
República Dominicana. Os dois primeiros casos foram notificados em
22 de maio e o terceiro em 26 de junho.
Vírus
é transmitido pelo mosquito da dengue
A
febre Chikungunya transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes
albopictus tem os mesmos sintomas da dengue: febre e dor no corpo, e
fortes dores nas articulações como diferencial.
Os
sintomas costumam aparecer de quatro a sete dias depois da picada do
mosquito, e duram de dois a três dias. A febre não é considerada
fatal.
Os
casos são confirmados por meio de exames laboratoriais que podem ser
feitos na rede pública do Estado.
Segundo
o Ministério da Saúde, médicos e servidores da Saúde foram ai
Haiti no fim do ano passado, quando começou o surto na região do
Caribe, para aprender como identificar o diagnóstico. Como a doença
não tem cura, nem vacina, o governo usa a prevenção como forma de
evitar que ela se espalhe no país.
"O
Ministério da Saúde mandou especialistas para a região do Caribe
para se familiarizar com o diagnóstico e repassar esse conhecido aos
hospitais de referência. Foi importado o insumo para fazer os kits
de diagnóstico. Temos seis laboratórios para identificação da
doença e um plano de contingência para cada município, que deve
fazer as medidas de redução das larvas dos mosquitos em torno da
residência das pessoas infectadas", afirmou.
Governo
pede que população avise sobre viagens
No
Rio, a secretaria diz ter feito um alerta aos serviços de saúde do
Estado para aumentar a atenção aos diagnósticos de Chikungunya,
mas pede a cooperação da população para evitar que os casos se
espalhem.
"Cabe
às pessoas que apresentem os sintomas procurar o sistema de saúde e
informar sobre a viagem. Se ela preencher os critérios, vai ser
feita a coleta de exames, que serão enviados ao laboratório central
do Rio", disse Alexandre Chieppe, superintendente de Vigilância
Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde do Rio.
Conheça
os países onde circula o vírus
O
vírus foi identificado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em
mais de 30 países, quase todos nos continentes asiático e africano.
Na Europa e nas Américas, a maioria é de casos importados, com
exceção de uma vila costeira na Itália, onde houve surto em 2007
após uma onda migratória. Recentemente, foram notificados casos em,
El Salvador, México, Panamá, Haiti e Cuba.
Na
Ásia: Camboja, Timor Leste, Índia, Indonésia, Laos, Malásia,
Maldivas, Mianmar, Paquistão, Filipinas, Reunião, Seychelles,
Cingapura, Taiwan, Tailândia e Vietnã.
Na
África: Benin, Burundi, Camarões, República Centro-Africana,
Congo, Ilhas Comores, Guiné, Guiné Equatorial, Quênia, Madagascar,
Ilhas Maurício, Maláui, Mayotte, Nigéria, Senegal, África do Sul,
Sudão, Tanzânia, Uganda e Zimbábue.
Nenhum comentário:
Postar um comentário