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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Albert Sabin realiza teste do suor para diagnóstico de fibrose cística


O Hospital Infantil Albert Sabin, da Secretaria de Saúde do Estado, é a única instituição pública do Ceará que realiza o teste do suor, capaz de diagnosticar a fibrose cística. A doença, também conhecida como mucoviscidose, é genética, hereditária e tem como principal característica o acúmulo de secreções que afetam os aparelhos respiratórios, pulmonares e as glândulas sudoríparas; como entupimento do intestino; dificuldade para ganhar peso; tosse com secreção; desidratação sem motivo aparente; diabetes e infertilidade. Mas tudo isso, pode ser tratado se houver um diagnóstico preciso e o acompanhamento adequado.

De acordo com a coordenadora do Laboratório de Análises Clínicas do Albert Sabin, a bioquímica Vânia Feijó, o exame é realizado a partir do encaminhamento de gastroenterologistas ou pneumologistas. “Eles encaminham porque essas crianças sofrem de infecções por repetição”, fala. O teste do suor é realizado por meio da aplicação de pilocarpina (colírio usado para tratar ressecamentos) na pele, seguida da liberação de uma amperagem de três volts durante cinco minutos. Após o processo, o paciente tem os braços envolvidos em gazes e ficam em contato com a pele por 30 minutos. Depois disso, as gazes contendo o suor são removidas para que o material tenha os níveis de cloro medidos. “Há três níveis. Um que vai até 40 pontos e aí está normal. Um de 60 que é o chamado 'border line', está no limite, a gente repete o teste. E, se for mais 60, já é reagente para fibrose cística”, explica Vânia.

O teste do suor é feito todas as terças e quintas-feiras no Hospital Albert Sabin. Para Andressa de Freitas Albuquerque, de apenas seis anos, tornou-se esperança. “Ela se queixa muito de dor de barriga, tem muita diarreia, e isso acontece há quase um ano. Ainda estão fazendo muitos testes. Ela já fez endoscopia, exame de sangue, exame de fezes e ainda não foi descoberto o que é o problema. Aí falaram sobre esse teste aqui no Sabin, tenho esperança que dessa vez a gente consiga descobrir o que é”, conta mãe da menina, Meirivânia de Freitas Albuquerque.

O Hospital Albert Sabin realiza, por dia, 10 exames de teste do suor. Sendo 20 por semana e 80 por mês. Considerando que o teste é feito nos dois braços, o exame é concluído 160 vezes por mês. “E vem gente de todo o estado e de outros estados do nordeste também”, afirma Vânia. Além do teste do suor, o Laboratório de Análises Clínicas do Albert Sabin é responsável por mais 100 mil coletas e oferece 246 tipos de exames: hematológicos, imunológicos, bioquímicos, microbiológicos, hormonais, parasitologia, gasometria e sumário de urina.



Assessora de Comunicação do Hospital Infantil Albert Sabin

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Obesidade aumenta risco cardíaco, diz estudo

O ponteiro da balança subiu e o excesso de peso atinge 52,5% dos brasileiros, segundo pesquisa Vigitel 2014, (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), que coletou informações nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Foram realizadas 41 mil entrevistas para o levantamento.
 
Os dados são divulgados anualmente pelo Ministério da Saúde desde 2006 e revela um diagnóstico da saúde do brasileiro a partir de questionamentos sobre os hábitos da população, como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física.
 
Dessa porcentagem 17,9% são obesos, fatia que se manteve estável nos últimos anos. Em 2013, o levantamento apontou que 50,8% dos brasileiros estavam acima do peso e que, destes, 17,5% eram obesos. Já em 2006, o total de pessoas acima do peso era de 42,6% e de obesos era de 11,8%.
 
Os números mostram que o excesso de peso é maior entre os homens - 56,5% contra 49,1% das mulheres. Já a taxa de obesidade não é muito diferente entre os dois gêneros - 17,9% entre o sexo masculino e 18,2% entre o sexo feminino. Os maiores índices de excesso de peso foram encontrados em pessoas com idade entre 45 e 64 anos - 61% estão acima do peso.
 
Os jovens com idade entre 18 a 24 anos registram 38%. A proporção de pessoas com mais de 18 anos com obesidade, no entanto, é um dado preocupante apontado pela pesquisa - chega a 17,9%, embora tenha se mantido estável nos últimos anos.
 
Para a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde, Déborah Malta, chama a atenção dos pesquisadores o fato do índice de obesidade dobrar com a idade. "Nas faixas etárias entre 18 e 24 anos o índice [de excesso de peso] praticamente dobra aos 35 e 44 anos. Em relação à obesidade, a taxa triplica na comparação entre as duas populações: sai de 8,5% [de 18 a 24 anos] para 22% [35 a 44 anos]", explica a especialista.
 
Fator de risco
 
Apesar da obesidade e do sobrepeso serem epidemias desse porte no Brasil, a população ainda não considera o excesso de peso uma doença. Um trabalho desenvolvido pela farmacêutica Allergan em parceria com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), a Associação Nacional de Assistência ao Diabético (ANAD) e a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SBED) entrevistou mil indivíduos em diferentes estados e descobriu que 55% da amostragem não acreditava que a obesidade fosse uma doença. Além disso, 93,5% dos entrevistados não sabia seu próprio Índice de Massa Corpórea (IMC), sendo que 64% se enquadravam na faixa da obesidade. 
 
Mais do que uma doença grave, a obesidade é um problema que pode favorecer diversas outras condições em nosso organismo. "O quadro pode prejudicar a saúde de uma forma global e em vários sistemas no corpo", afirma o endocrinologista Isaac Benchimol, do Conselho Empresarial de Medicina e Saúde da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Ainda não está convencido? A obesidade ou até mesmo o sobrepeso são fatores de risco para doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão, aumento do colesterol e osteoartrite, além da degenarão e desgaste do disco vertebral.  
 
Especialistas afirmam que melhorar a qualidade de vida praticando exercícios físicos regularmente, alimentando-se de maneira saudável, controlando o peso, bebendo água e realizando um check-up médico pelo menos uma vez ao ano é a única saída para quem deseja viver saudável e melhor.

Como cientistas podem ter descoberto acidentalmente a cura para o câncer

Enquanto buscavam testar a eficácia de uma vacina contra a malária em mulheres grávidas, cientistas da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, descobriram que determinada proteína da malária pode, na verdade, combater células cancerígenas.
Quando mulheres grávidas são infectadas com a malária, a placenta pode ser atacada, prejudicando também o feto. Há algum tempo eram buscadas semelhanças entre tumores e a placenta, dado seu padrão de crescimento, mas só agora foi possível encontrar uma: a proteína da malária conecta-se ao mesmo carboidrato em ambos os tecidos.
A placenta é um órgão, que em alguns meses cresce a partir de poucas células em um órgão que pesa cerca de 1 quilo, e provê ao embrião oxigênio e alimentação em um ambiente relativamente estranho. De certa forma, tumores fazem o mesmo, eles crescem agressivamente em um ambiente estranho“, afirmou Ali Salandi, da Universidade de Copenhagen. Frente a isso, os pesquisadores se deram conta de que essa proteína criada pode também atacar as células do câncer, o que seria um grande passo rumo à cura da doença.
Conforme o estudo, publicado no Cancer Cell, testes já foram feitos em camundongosportadores de câncer e apresentaram resultados. Em até 4 anos, os pesquisadores desejam realizar testes em humanos, mas já avisam que o resultado pode ser um tiro pela culatra: há chances de que o organismo humano não consiga processar a quantidade de proteína de malária necessária para curar um câncer.

E quando o tema é saúde, todos os avanços e ajudas são importantes. Por isso, não poderíamos deixar de indicar o novo app brasileiro HealthMeApp, que funciona como uma grande rede colaborativa que permite indicar e buscar médicos. Disponível para iOS e Android, ele promete ser a resposta para atender uma demanda crescente da sociedade: a busca qualificada por indicações de médicos.
O cadastro no novo app pode ser vinculado à conta do Facebook do usuário. A grande vantagem dessa opção é a possibilidade de ver as indicações feitas por amigos conectados pela rede social. “Isso deixa a experiência ainda mais rica, pois além de ver indicações gerais sobre algum médico, você pode interagir com seus amigos para ter ainda mais informações sobre determinado profissional”, comenta Guilherme Magalhães, um dos criadores.

Blog Moisés Arruda

Curso atualiza em vigilância e controle de dengue e Chikungunya


O Ceará registrou este ano cinco casos de febre Chikungunya, todos importados de áreas endêmicas – três do município de Oiapoque, no Amapá, um da República Dominicana e um do estado da Bahia. Diante da ameaça de instalação da doença, a Secretaria da Saúde do Estado realizará de 19 a 23 de outubro, no Hotel Costa do Mar, Avenida Historiador Raimundo Girão, 1338, Meireles, em parceria com a Secretaria de Vigilância à Saúde do Ministério da Saúde, o Curso de Atualização em Vigilância e Controle da Dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus, três doenças transmitidas pelo mesmo vetor – o mosquito Aedes aegypti. Dirigido a técnicos de vigilância epidemiológica e de controle de vetores das Coordenadorias Regionais de Saúde da Sesa e das Secretarias Executivas Regionais de Fortaleza, o curso vai reforçar os conceitos da nova classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a dengue e fortalecer a estruturação da vigilância da febre Chikungunya no Ceará.
 
Em todo o Brasil foram registrados este ano 3.780 casos autóctones de febre Chikungunya, a maioria deles na Bahia, que tem 17 municípios com transmissão da doença, seguida do Amapá, com transmissão em cinco municípios, e Brasília. As informações estão na Nota Técnica publicada na terça-feira, 13 de outubro, pela Secretaria da Saúde do Estado. Com relação a essa doença, o documento avalia que “diante da circulação do vírus da dengue no estado do Ceará, a infestação do Aedes Aegypti em quase todos os municípios do estado e o fluxo intenso de turistas procedentes de áreas com transmissão, favorecem o risco de introdução e circulação viral”. A nota faz alerta “aos estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos para o aparecimento de casos suspeitos de Febre de Chikungunya, a fim de desencadear as ações necessárias de investigação epidemiológica e controle vetorial de forma oportuna, evitando a disseminação da doença”.
 
Em outra Nota Técnica publicada, a Secretaria da Saúde do Estado relata que na segunda quinzena de maio foi iniciada a coleta de amostras dos casos suspeitos de Zika Vírus de pacientes atendidos no Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ). Foram coletadas e encaminhadas 55 amostras para o Instituto Evandro Chagas, em Belém, no Pará. Até o momento, das 18 amostras processadas, 14 foram confirmadas, sendo 12 casos do município de Fortaleza, um em Pentecoste e um em Santana do Acaraú. As demais amostras permanecem em análise. Em função da circulação do vírus da dengue no estado do Ceará e seu curso clínico por vezes similar ao Zika Vírus, a nota alerta os serviços e profissionais de saúde a manterem "as rotinas que garantam o adequado seguimento do protocolo de manejo clínico nos casos de dengue, objetivando a redução da ocorrência de casos graves ou óbitos".
 
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado na sexta-feira, 9 de outubro, o Ceará confirmou este ano 50.583 casos de dengue em 168 municípios. Os casos graves da doença somam 756 confirmações e 62 óbitos. Maio é o mês com o maior número de confirmações, com 15.595 casos registrados, e setembro aparece com o menor número de casos, no total de 366.

Assessoria de Comunicação da Sesa

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Curso marca Setembro Verde no Hospital Regional Norte


Chamado de Setembro Verde, o mês é marcado pela campanha nacional de sensibilização da população para a doação de órgãos. Em Sobral, o Hospital Regional Norte (HRN), da rede pública do Governo do Estado, não só aderiu à cor do movimento, com iluminação verde na fachada de sua entrada principal, mas também organizou uma série de atividades a partir desta quinta-feira, 24 de setembro, se estendendo até o sábado, 26. Nesse período será realizado o Curso Sobre Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, no auditório do Centro de Estudos e Pesquisa, do próprio hospital.

Entre os temas abordados, os participantes poderão saber mais sobre como funciona o Banco de Olhos de Sobral e o transplante de córneas, sobre o processo de doação e transplantes e a situação no Estado e no Brasil, identificação, avaliação e manutenção do potencial doador, diagnóstico de morte encefálica, entrevista familiar, como cada religião trata o tema, como a imprensa trabalha suas pautas e reportagens sobre a doação, finalizando com depoimentos de pacientes e familiares de doadores.

De acordo com Olon Leite, coordenador da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIDOHTT) do HRN, além do curso, serão realizados na última semana de setembro eventos relacionados ao assunto nas escolas de Sobral. "Abordaremos todos os pontos importantes relacionados ao processo do transplante, como determina o Sistema Nacional de Transplantes", disse. "Teremos, também, a participação de entidades religiosas e outros formadores de opinião, como representantes da imprensa, que além de debater sobre a questão, vez ou outra mostrada pela mídia, poderão ser multiplicadores da ideia de doar, e salvar vidas", acrescentou.


 Número relevante de doações

Além de Sobral, Crato, Barbalha, e Juazeiro do Norte, na macrorregião do Cariri, juntamente com Fortaleza, são os municípios do Ceará, que realizam captação de órgãos e tecidos para transplantes, em oito hospitais notificantes de potenciais doadores. No ano passado, a Central de Transplantes da Secretaria da Saúde do Estado recebeu 152 notificações de potenciais doadores de órgãos e tecidos dos hospitais do interior do Estado, o que representa 24,4% de todas as 623 notificações registradas no Ceará. Desse total, 65 foram feitas pelo HRC, 53 pela Santa Casa de Sobral e 30 pelo HRN.

Em 2014, os hospitais do interior efetivaram 20% dos 220 potenciais doadores notificados no Estado, com 19 no HRC, 13 na Santa Casa de Sobral e 12 no HRN. Este ano, os hospitais do interior já fizeram 84 notificações de potenciais doadores, sendo 34 pelo HRC, 30 pela Santa Casa de Sobral, 17 pelo HRN e, os demais, pelos hospitais São Raimundo, São Vicente de Paulo e Santo Antônio. Já são 23 doadores efetivos este ano, 11 do HRC, sete da Santa Casa de Sobral e cinco do HRN.

O Curso Sobre Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes tem apoio do Núcleo de Gestão e Segurança do Paciente do HRN, e da Organização de Procura de Órgãos (OPO), da Santa Casa de Misericórdia de Sobral, responsável pela identificação, manutenção e captação de potenciais doadores para fins de transplantes na macrorregião norte. Para se inscrever no curso basta levar uma lata ou dois pacotes de leite em pó, que serão revertidos para doação.

Assessoria de Imprensa
Hospital Regional Norte

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Ceará atinge meta de vacinação contra a paralisia infantil


Com 95,76% de cobertura vacinal, o Ceará atingiu a meta de imunização da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite no fechamento do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (sipni.datasus.gov.br), que permaneceu aberto até a quinta-feira, 10 de setembro, depois do encerramento da campanha, em 31 de agosto. Em todo o Estado, a meta mínima de cobertura, de 95%, foi superada por 164 municípios. Foram vacinadas 546.273 crianças da população de 570.452 na faixa etária de 6 meses a menos de 5 anos. Nos intervalos etários, 177 municípios cumpriram a meta de cobertura na faixa de 6 meses a menos de 1 ano, 153 na faixa de 1 ano, 107 na faixa de 2 anos, 124 na faixa de 3 anos e 141 na faixa de 4 anos. No Brasil, a cobertura vacinal ficou em 93,52%.

Na Campanha Nacional de Multivacinação, 335.822 crianças de 0 a 5 anos incompletos foram levadas aos postos de vacinação dos municípios para atualizar a caderneta de saúde da criança. Desse total, 188.154 foram vacinadas e receberam 172.740 doses das vacinas oferecidas – pentavalente, pneumocócica 10 valente, meningocócica conjugada C, tríplice viral, tetraviral, DTP, hepatite B e rotavírus. As vacinas protegem contra doenças como sarampo, rubéola, caxumba, catapora, difteria, tétano, coqueluche, meningite, entre outras. O objetivo da campanha era atualizar o esquema vacinal das crianças para melhorar a cobertura vacinal da população. Todas as vacinas do calendário nacional de vacinação da criança estão disponíveis nos postos de saúde.

Há 26 anos nenhum caso de paralisia infantil é registrado no Brasil, mas para manter a doença cada vez mais longe das crianças, a campanha de vacinação ocorre todos os anos. Existe o risco da doença porque ainda há alguns países com registro de casos, onde a paralisia infantil é considerada endêmica, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Este ano, até o dia 16 de junho, foram registrados 28 casos da doença, sendo 25 no Paquistão e três no Afeganistão.

Assessoria de Comunicação da Sesa

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Campanha contra paralisia infantil será lançada sexta-feira, 14


Nesta sexta-feira, 14 de agosto, às 9 horas, a Secretaria da Saúde do Estado e a Secretaria de Saúde de Fortaleza se juntam para lançar a Campanha de Vacinação contra a Poliomielite e também a Campanha Nacional de Multivacinação. O lançamento ocorrerá na Unidade de Saúde Edmar Fujita, na Avenida Alberto Craveiro, 480, Dias Macedo. A campanha começa no sábado, 15, em todos os postos de saúde dos 184 municípios, e vai até o dia 31 deste mês.

A meta de cobertura estabelecida pelo Ministério da Saúde para  a vacinação contra a paralisia infantil é de 95% das 570.452 crianças na faixa etária de 6 meses a 5 anos incompletos. Ou seja, o Ceará deve vacinar 541.925 crianças no 184 municípios. Há 27 anos nenhum caso de paralisia infantil é registrado no Ceará, mas para manter a doença cada vez mais longe das crianças o Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde mobilizam todos os anos as famílias para a Campanha Nacional de Vacinação. Há alguns países ainda com registro de casos, onde a poliomielite é considerada endêmica, segundo a Organização Mundial de Saúde. Este ano, até o dia 16 de junho, foram registrados 28 casos da doença, sendo 25 no Paquistão e três no Afeganistão.


Multivacinação     

 Os 17 dias de campanha são uma boa oportunidade de proteger a saúde das crianças de diferentes doenças. Além da paralisia infantil, os pais devem levar as crianças de O a menores de 5 anos aos postos de saúde para atualizar a caderneta e deixá-las vacinadas contra o sarampo, rubéola, caxumba, coqueluche, meningite, hepatite B, rotavírus, catapora, difteria. Todas as vacinas do calendário nacional de imunização da criança estarão disponíveis nos postos de saúde.


Assessoria de Comunicação da Sesa
Selma Oliveira / Marcus Sá /  (  selma.oliveira@saude.ce.gov.br / 85 3101.5221 / 3101.5220)
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Sesa prepara profissionais para busca ativa do tracoma

O Núcleo de Controle de Vetores da Coordenadoria de Promoção e Proteção da Secretaria da Saúde do Estado habilitará até o mês de outubro 200 profissionais de saúde da atenção básica na busca ativa de casos de tracoma no Ceará. Para o mês de agosto estão programadas capacitações nas ações de vigilância e controle do tracoma em Canindé, entre os dias 17 e 21, na Escola de Saúde Pública (ESP/CE), entre os dias 24 e 28, e, no Crato, com a participação de técnicos da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), serão introduzidos novos instrumentos de registro do tracoma. Principal causa de cegueira evitável no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tracoma é facilmente transmitido de uma pessoa para outra, apenas passando as mãos nos olhos. A infecção acontece na infância, na primeira vez, mas as pessoas ficam cegas apenas na idade adulta.

A capacitação nas ações de vigilância e controle do tracoma está associada à terceira edição da Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose, do Ministério da Saúde, que vai alcançar cerca de 2.300 municípios brasileiros, incluindo todas as capitais, no período de 10 a 14 de agosto. No Ceará, crianças e adolescentes de 5 a 14 anos estudantes do ensino fundamental da rede pública de 101 municípios participarão da campanha. O objetivo é prestar esclarecimentos sobre essas doenças, identificar e tratar os casos. O tema deste ano da campanha é "Hanseníase, Verminoses e Tracoma têm cura. Faça essa lição de casa e proteja-se".

No Ceará, o número de municípios participantes da campanha nacional evoluiu de 44 em 2013, 66 em 2014, para os atuais 101 municípios. O número de crianças examinadas passou de 72.285 em 2013, com 3.297 casos identificados e tratados, para 187.928 exames no ano passado, com 8.843 diagnósticos positivos. Tracoma é uma doença infecciosa causado pela bactéria Chlamydia trachomatis. É transmitida pelo contato direto ou por objetos contaminados com secreções oculares de pessoas acometidas. As incidências tendem a ocorrer em locais onde são precárias as condições de saneamento e higiene, principalmente entre crianças entre um e nove anos de idade.


Municípios participantes da Campanha Nacional de Hanseníase,
Verminoses, Tracoma e Esquistossomose:

Acaraú
Amontada
Aracati
Assaré
Aurora
Barbalha
Barreira
Bela Cruz
Boa Viagem
Camocim
Campos Sales
Canindé
Capistrano
Caridade
Caririaçu
Carnaubal
Cascavel
Catarina
Choró
Crateús
Crato
Croatá
Cruz
Ererê
Eusébio
Farias Brito
Fortaleza
Frecheirinha
Granja
Granjeiro
Guaiúba
Guaraciaba do Norte
Hidrolândia
Horizonte
Ibaretama
Ibiapina
Icó
Iguatu
Independência
Ipueiras
Irauçuba
Itapipoca
Itapiúna
Itarema
Itatira
Jaguaretama
Jaguaruana
Jardim
Jijoca de Jericoacoara
Juazeiro do Norte
Lavras da Mangabeira
Limoeiro do Norte
Madalena
Maracanaú
Maranguape
Mauriti
Milhã
Missão Velha
Mombaça
Monsenhor Tabosa
Morada Nova
Morrinhos
Nova Olinda
Novo Oriente
Ocara
Pacajus
Pacatuba
Palhano
Parambu
Paramoti
Pedra Branca
Penaforte
Pentecoste
Pereiro
Piquet Carneiro
Pires Ferreira
Porteiras
Potengi
Quiterianópolis
Quixadá
Quixeramobim
Reriutaba
Russas
Saboeiro
Salitre
Santana do Acaraú
Santana do Cariri
Santa Quitéria
São Benedito
Senador Pompeu
Sobral
Solonópole
Tamboril
Tauá
Tejuçuoca
Tianguá
Ubajara
Umirim
Varjota
Várzea Alegre
Viçosa do Ceará


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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Sesa divulga nota técnica sobre a Zika vírus


A febre, normalmente de evolução benigna, acompanhada de manchas vermelhas, tem outros sintomas que desaparecem após 3 a 7 dias.


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Leia a nota na íntegra.


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Saúde realiza neste domingo, 5, prova da seleção para coordenadores




A Secretaria da Saúde do Estado está realizando seleção pública para coordenadores regionais de saúde, assessores técnicos e assistentes técnicos das 21 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRES). A primeira das três etapas da seleção, a prova objetiva, já será aplicada neste domingo, 5 de julho, das 9 às 12 horas, na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/Ce), na Avenida Antônio Justa, 3161 (www.esp.ce.gov.br) . As outras duas etapas são a prova de títulos, nos dias 9, 10 e 11 deste mês, e a prova situacional em grupo e entrevista individual, do dia 21 ao dia 23.

Para a prova objetiva o candidato deve comparecer à ESP/Ce com antecedência de 1 hora, ou seja, às 8 horas, com documento oficial e original de identidade, comprovante de inscrição, e caneta esferográfica de tinta preta ou azul. Não serão aceitas fotocópias, mesmo que autenticadas. A localização das salas de realização das provas será divulgada na ESP/Ce, o local da prova. A divulgação do gabarito preliminar da primeira etapa está marcada para o dia seguinte após a aplicação da prova, no dia 6, próxima segunda-feira, no site www.esp.ce.gov.br . Na quarta-feira, 8 de julho, haverá divulgação do gabarito final da primeira etapa, também no site da ESP/Ce.

Os selecionados nas três etapas formarão o quadro de candidatos aos cargos integrantes da estrutura organizacional da Secretaria da Saúde do Estado. Com base no cronograma da seleção pública, o resultado final será divulgado no dia 30 de julho, no site da Escola. O acolhimento e educação permanente vêm logo em seguida, nos dias 1 e 2 de agosto.

As Coordenadorias Regionais de Saúde são órgãos de representação da Sesa nas regiões de saúde e de coordenação do Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito regional. A saúde do Ceará tem cinco macrorregiões, divididas em 22 regiões. Nas CRES, além do coordenador regional de saúde, há dois assessores diretos – um assessor técnico e um assistente técnico administrativo-financeiro. Conta também com uma equipe técnica de apoio e tem as atribuições de impactar as políticas estaduais de saúde na região, assessorar a organização dos serviços nas regiões, orientar, planejar, acompanhar, avaliar e monitorar atividades e ações de saúde em nível regional. As sedes das CRES estão localizadas nos municípios de Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Baturité, Canindé, Itapipoca, Aracati, Quixadá, Russas, Limoeiro do Norte, Sobral, Acaraú, Tianguá, Tauá, Crateús, Camocim, Icó, Iguatu, Brejo Santo, Crato e Juazeiro do Norte.   

Assessoria de Comunicação da Sesa














quarta-feira, 1 de julho de 2015

Mais de 5 mil testes rápidos de tuberculose em apenas seis meses



banner tuberculose 2015
No final do ano passado, o Estado foi liberado pelo Ministério da Saúde para realizar o teste rápido de tuberculose, através do GeneXpert, equipamento que permite a emissão do diagnóstico laboratorial da doença em apenas duas horas. O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) foi habilitado como coordenador de seis unidades - Hospital de Messejana, Unidade Prisional Otávio Lobo, Centro de Saúde de Sobral, Centro de Especialidades José Alencar, Hospital São José e Hospital Abelardo Gadelha Rocha em Caucaia, que foram  contempladas com a instalação do equipamento. Desde a implantação do serviço, que incluiu a distribuição dos equipamentos pelo Ministério da Saúde e treinamento dos profissionais até maio deste ano, 5.412 laudos foram liberados, com 4.739 negativos e 673 positivos.


O diagnóstico da baciloscopia do escarro, um exame simples e que pode ser realizado em vários laboratórios. O processo todo, desde a chegada ao laboratório até a emissão do resultado, dura entre 24 e 48 horas. O novo exame tem alta sensibilidade e especificidade que diminuem as chances de um laudo falso negativo e ainda indica se o paciente tem resistência a rifampicina, medicamento utilizado no tratamento. Nos exames liberados, 30 pacientes apresentaram resistência.

 A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pelo "bacilo de Koch", cujo nome científico é Mycobacterium tuberculosis. O contágio ocorre por meio das secreções respiratórias. Doentes não tratados costumam eliminar grande quantidade de bactérias no ambiente, ao tossir, falar ou espirrar. Esses microrganismos podem ser transmitidos via aérea para pessoas saudáveis e provocar o adoecimento.

Entre os principais sintomas estão: tosse (por mais de três semanas seguidas), febre (mais comum ao entardecer), falta de apetite, perda de peso, cansaço e suores noturnos. Ao apresentar esses sintomas, a pessoa deve procurar o posto de saúde mais próximo de onde mora, para ser examinada pelo médico. A tuberculose tem cura. Para obter sucesso no tratamento é necessário tomar os medicamentos corretamente durante seis meses, sem interrupção. Os medicamentos são garantidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  

30.06.2015

Assessoria de Imprensa - Lacen/CIDH/IPC
Suzana de Araújo Mont'Alverne ( suzana.alverne@lacen.ce.gov.br / 85 - 3101.1488)



terça-feira, 23 de junho de 2015

Especialista alerta para riscos da bolsa térmica durante a amamentação



Embora seja muito recomendado, o uso de bolsas térmicas no seio da lactante não é aconselhado por especialistas. Isto porque o uso da bolsa térmica quente ou fria podem provocar queimaduras.
“Aqui no Banco de Leite Humano (BLH) não indicamos o uso da compressa, somente em alguns casos, se a paciente chega com nódulos no seio, recomendamos que ela faça massagem, e a retirada do leite. Compressa somente a fria e para as mães portadoras de HIV ou as que por alguma razão não vão amamentar, nestes casos indicamos a compressa fria para inibir a lactação. Já a compressa morna, não indicamos em nenhuma situação”, explicou Nina Savoldi, enfermeira do Banco de Leite Humano do Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).
A seguir a especialista responde às principais dúvidas das mamães sobre o uso de bolsas térmicas.
Qual a diferença entre a bolsa térmica morna e a fria?
Nina Savoldi: A fria inibe a produção do leite através da vasoconstrução. A morna causa uma vaso dilatação, podendo aumentar a produção. No entanto, essas compressas podem causar efeito contrário, por isso preferimos a massagem, pois ela ajuda a dissolver os nódulos, sem precisar fazer compressa quente.
Quais são os riscos para a lactante?
O grande problema da compressa quente é que algumas mães, que estão com mastite e usam a este tipo de bolsa térmica começam a ter queimaduras. “Nosso conselho para as mães que estão amamentando e estão com o leite empedrado, é só fazer massagem e tirar o leite, colocar o bebê mais vezes para amamentar em livre demanda, notar se ele está pegando na auréola da forma coreta”, explicou Nina Savoldi. A compressa quente aumenta a produção de leite, por este motivo as mães que estão com leite empedrando por conta da grande produção de leite não devem usar este tipo de compressa.
Qual seria a melhor alternativa ao uso de bolsas térmicas?
A especialista aconselha somente o uso de massagens para auxiliar as mamães que estão tendo problemas com a grande quantidade de produção de leite, assim como, a ordenha e a amamentação em livre demanda do bebê. “Aconselhamos às mamães prestarem atenção nos sinais de fome do bebê, por exemplo, o gemido, ou o lamber da mãozinha, e antes dele começar a chorar, já colocá-lo no peito”, esclareceu ela. Já a bolsa térmica fria é aconselhada apenas para inibição do leite, para mães que não podem amamentar seus bebês.
Em caso de outras dúvidas, procure o Banco de Leite Humano do IFF, de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h, na Av. Rui Barbosa, 716 – Flamengo, ou entre em contato com o SOS Amamentação, pelo telefone 08000 26 8877.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Encontro estadual quer ampliar uso da caderneta de saúde do adolescente


A saúde dos adolescentes e das adolescentes estará no centro das discussões entre gestores e profissionais das equipes de saúde da família dos 184 municípios nos dias 29 e 20 deste mês de junho, no auditório da Escola de Saúde Pública do Ceará, na Avenida Antônio Justa, 3161, Meireles, em Fortaleza. Nesses dois dias a Secretaria da Saúde do Estado realizará o Encontro Estadual Fortalecendo Direitos de Adolescentes: “a Caderneta na Agenda Proteger e Cuidar”. Um dos principais objetivos é a expansão da oferta e uso da caderneta de saúde do adolescente, elaborada pelo Ministério da Saúde e distribuída entre todos os estados e municípios  para servir de apoio num tempo da vida rico em descobertas e mudanças. A adolescência, como está definido no Estatuto da Criança e Adolescente, é o tempo da vida entre 10 e 19 anos de idade.  

A Caderneta de Saúde do Adolescente e a Caderneta de Saúde da Adolescente são documentos úteis, que além de dados pessoais, trazem dicas de como evitar doenças, destacando que “para curtir a vida e desenvolver todas as capacidades, é preciso ter muita saúde” e que “aprender a cuidar do próprio bem-estar físico, emocional, psicológico, espiritual e social é um dos desafios mais importantes para uma vida saudável”.  Nas cadernetas há  o calendário de vacinação, com as vacinas disponíveis para os adolescentes , entre elas a que previne contra a hepatite B e deve ser tomada em três doses. A segunda dose deve ser um mês após a primeira dose e a terceira dose seis meses após a primeira dose. Nas últimas páginas, as cadernetas,  que têm formato de bolso para facilitar a utilização e a acomodação nas bolsas e mochilas dos adolescentes, há um serviço com informações úteis, incluindo telefones e sites de serviços públicos.

Programação     
    
O “Encontro Estadual Fortalecendo  Direitos de Adolescentes: a Caderneta na Agenda Proteger e Cuidar” , que é resultado de uma série de oficinas já promovidas em diversas regiões e municípios, começará às 8h30min do dia 29. A saúde do adolescente e da adolescente será discutida em mesas redondas e painéis, com a participação de especialistas do Ministério da Saúde, da Secretaria da Saúde do Estado e das Coordenadorias Regionais de Saúde (CRES da Sesa).  A assessora técnica da área do adolescente do Ministério da Saúde, Maria da Guia de Oliveira, participará do encontro.    

Assessoria de Comunicação da Sesa
Selma Oliveira / Marcus Sá

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Fiocruz Amazonas descobre novo vírus que afeta crianças

Camila Carvalho / Ascom Fiocruz Amazonas

A doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazonas), Patrícia Puccinelli Orlandi, e o pesquisador do Laboratório de Medicina da Universidade da Califórnia, em São Francisco (EUA), Tung Gia Phan, descobriram um novo tipo de vírus que causa diarreia e paralisia flácida temporária nos membros inferiores de crianças de 0 – 5 anos de idade. O vírus também pode causar encefalite e levar a morte.

A partir da análise molecular das fezes de crianças com diarreia, atendidas em prontos-socorros de Manaus, os pesquisadores encontraram, pela primeira vez no Brasil, o vírus do gênero Gemycircularvirus que causa, além da diarreia, paralisia flácida temporária nos membros inferiores. A descoberta foi publicada em um artigo, em abril deste ano, na revista Virology, disponível para acesso público.

“A paralisia nos membros inferiores, ou seja, nas pernas, não é simplesmente a fraqueza que dá após longos períodos diarreicos. É uma paralisia total, com impossibilidade de andar por até duas semanas”, disse a pesquisadora da Fiocruz Amazônia.

Segundo Patrícia Orlandi, de 2007 a 2009, pesquisadores da Fiocruz Amazonas coletaram 1,5 mil amostras de fezes de crianças, de 0 a 10 anos, com diarreia atendidas no Hospital e Pronto Socorro João Lúcio e na Policlínica da Codajás (PAM Codajás), em Manaus, para analisar quais tipos de vírus e bactérias mais acometem as crianças na capital do Estado.

O estudo recebeu aporte financeiro do governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no âmbito do Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS).

“O pesquisador da Califórnia (Tung Gia Phan) viu nosso estudo e entrou em contato conosco solicitando 600 amostras para analisar com relação a novos tipos de vírus. Em cinco das 600 amostras ele encontrou o novo vírus do gênero Gemycircularvirus. Parece pouco, mas significa dizer que o vírus está circulando e que temos de melhorar o diagnóstico para que haja tratamento adequado e o quadro não se agrave”, disse Patrícia Orlandi.

Kit de diagnóstico

Diante dos resultados, Patrícia Orlandi informou que está iniciando um estudo para o desenvolvimento de um kit de diagnóstico rápido do vírus Gemycircularvirus. “Com o desenvolvimento de um kti para diagnóstico, auxiliaremos na vigilância epidemiológica de um vírus que é tão agressivo e que, até então, era desconhecido”, disse.


Patrícia Orlandi explicou que a transmissão do novo tipo de vírus é feita de forma focal/oral, ou seja, a partir do consumo de água contaminada com fezes contaminada. Atualmente, o diagnóstico só pode ser feito após a análise molecular das fezes do paciente. “Tentaremos descobrir, ainda, se o vírus está circulando na região Amazônica para diminuir a incidência de casos”, esclareceu a pesquisadora.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Vacinação contra a gripe é prorrogada até 5 de junho

Com cinco municípios com meta de cobertura cumprida até a manhã desta sexta-feira, 22 de maio (Guaramiranga, Palmácia, Frecheirinha, Itatira e Uruoca), a Coordenação de Imunização da Secretaria da Saúde do Estado prorrogou a campanha de vacinação contra a gripe até o dia 5 de junho. O Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações, atualizado a cada meia hora, registrava no início da manhã de sexta-feira cobertura de 36,75% de cobertura vacinal em todo o Estado, com 647.843 doses aplicadas. A cobertura estava em 38,45% das crianças de 6 meses a menos de 5 anos, 29,43% dos trabalhadores de saúde, 39,35% das gestantes, 44,42% das mulheres com até 45 dias pós-parto, 36,06% da população indígena e 36,42% dos idosos a partir dos 60 anos. Devem também se vacinar pessoas com doenças crônicas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.

No Ceará, a meta da campanha é imunizar no mínimo 80% da população-alvo de 1.762.872 pessoas em todo o Estado. Em todo o Brasil a cobertura está em 47,64% da população-alvo e, no Nordeste, em 41,70%. Nos últimos cinco anos, o Ceará cumpriu as metas de vacinação, com coberturas que variaram de 82,51% a 89,72%. No ano passado a cobertura atingiu 84,27% da população dos grupos prioritários. Durante a campanha são oferecidas as vacinas Influenza Trivalente, que protege contra Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B (sazonal), pneumococo 23 valente para proteger pessoas institucionalizadas e acamadas contra doenças invasivas, e Hepatite B, para intensificação na faixa etária até 49 anos.

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém‐contaminadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso direto a boca, olhos e nariz. A gripe comum, como é conhecida, pode levar a complicações graves e ao óbito, especialmente nos grupos de alto risco para as complicações da infecção.

Assessoria de Comunicação da Sesa


Lacen realiza dias 28 e 29 mutirões de exames de DNA

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) é a unidade da Secretaria da Saúde responsável pela realização de exames de DNA para confirmação de paternidade na rede pública no Estado. Durante todo o ano, a equipe do laboratório realiza mutirões na capital e interior. O próximo mutirão já está agendado. Ocorrerá em Sobral, nesta quinta-feira, 28 de maio, com atendimento das 8h às 17h, e na sexta-feira, 29, das 8 às 12 horas, no Laboratório Municipal de Sobral, na Avenida José Euclides Ferreira Gomes, 825.

Os pedidos de coletas para testes de paternidade são encaminhadas ao Lacen pela Defensoria Pública do Estado, e ainda pelos Núcleos de Mediação e de Justiça Comunitária e os Conselhos Tutelares. As coletas também são feitas no interior do Estado, no Lacen de Crato, Icó, Juazeiro do Norte, Senador Pompeu e Tauá.

Desde janeiro de 2009, quando o serviço teve início no Lacen, até abril deste ano foram feitos 19.794 testes de DNA, sem nenhum custo para as famílias. Antes do Lacen realizar e assumir os testes, a fila de espera era longa. Havia famílias esperando há cinco anos. A fila se formava porque a procura era superior aos 50 exames feitos, por mês, através de convênio que a Sesa tinha com a Universidade Federal do Ceará. Hoje não há fila de espera. O Lacen faz 350 exames ao mês, em média. Após a coleta do material, o exame é entregue em aproximadamente um mês.

Assessoria de Imprensa - Lacen / CIDH / IPC


segunda-feira, 18 de maio de 2015

Direito à agua é tema de Jornada Nacional do Meio Ambiente


A água como direito humano foi o foco principal do segundo dia de discussões da Jornada Nacional do Meio Ambiente, realizada em Fortaleza (CE), na quinta-feira (14/5).  O evento teve como principal conferencista o relator especial sobre o direito humano à água potável e esgotamento sanitário do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Léo Heller, que também é especialista da Fiocruz Minas.
Léo Heller diz que governo deve garantir o cumprimento progressivo do direito à água e a sustentabilidade do acesso (Foto: Diego Camelo)
Heller, que apresentou a conferência Direito humano à agua e ao esgotamento sanitário, observou que o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), aprovado em dezembro de 2013, revela que cerca de 40% da população brasileira − 77 milhões de habitantes – não têm acesso adequado à água e que 60% − 114 milhões de pessoas − não dispõem de solução adequada para seu esgotamento sanitário.
– O direito humano à água obedece a cinco princípios. Direito à disponibilidade, qualidade, que seja fornecida com acessibilidade financeira (ou seja, não pode ser negado o fornecimento de água caso o indivíduo não possa arcar com os custos), acessibilidade física e aceitabilidade. E cabe ao governo prestar contas à sociedade e garantir o cumprimento progressivo do direito à água e a sustentabilidade do acesso. Não basta dar acesso. Esse acesso tem que se sustentar ao longo do tempo.
As regiões brasileiras menos favorecidas, apontou o relator, são Norte e Nordeste, onde a população, principalmente a mais pobre, sofre com a carência de estrutura institucional e com a falta de acesso adequado. Além disso, assinalou, as coberturas são mais baixas nas zonas rurais se comparado às zonas urbanas e muito inferiores nas vilas e favelas. Segundo Heller, isso acontece porque as políticas de saneamento têm sido muito oscilantes. Para resolver essas questões, destacou ele, é preciso ter políticas fortes, estruturadas, consistentes e de longo prazo.
– Atualmente, observamos uma recuperação. Houve um crescimento por volta de 2005/2006 por conta dos Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 1 e PAC 2).  Outra iniciativa positiva foi o lançamento, no final de 2013, do Plano Nacional de Saneamento. Agora, o grande esforço do Brasil será implantar esse plano.
Em relação ao problema do acesso de água no Nordeste, Heller afirmou que vários aspectos contribuem para esse quadro. Entre eles, citou a insuficiência dos esforços governamentais, a alta densidade populacional – é a segunda região do Brasil em população – e as diversas realidades na região.
– Cada realidade exige um olhar próprio. Para melhorar as condições de saneamento é preciso ter prestadores de serviço qualificados e fortes. Por outro lado, a política tem olhado muito para o prestador de serviço. Ao se olhar pela perspectiva do direito humano, a gente passa a olhar para o direito do cidadão.
O relator da ONU ressaltou ainda que o grande problema não é necessariamente a falta de água. Ele garantiu que atualmente existe tecnologia para atender a população que vive em áreas com maior escassez hídrica.
– Quando há gestores empenhados e políticas públicas é possível resolver essas questões. Um grande dilema é que a repartição da água nos mananciais nem sempre prioriza o consumo humano. Muitas vezes prioriza a agricultura, a mineração, a pecuária e outras atividades econômicas. Pouca água nos mananciais não pode ser sinônimo de escassez.
 Em geral, de acordo com Heller, algumas parcelas da população são mais vulneráveis e discriminadas. Em sua visão, o modelo de acesso à água e ao esgotamento sanitário em geral é perverso.
– São os menos favorecidos, a população brasileira mais pobre,  que não têm acesso. É preciso ter o forte compromisso de diminuir as diferenças entre situações mais e menos favoráveis. O marco mais importante no governo federal é o Plano Nacional de Saneamento Básico. É um bom sinal, já que temos um conceito de como será o saneamento do futuro no Brasil. Mas é preciso ficar atento, porque a atual crise econômica pode colocar em risco a implementação do Plano.
A meta do milênio estabelecida pela ONU é atingir até 2030 acesso universal e equitativo da água para todos, de forma segura e acessível financeiramente.
– É preciso pensar nas estatísticas a partir das desigualdades.  Identificar diferentes grupos para comparar as diferenças de acesso entre eles.
Trabalhadores Rurais do Apodi
No encontro, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Apodi (RN), Francisco Edilson Neto, deu um depoimento, que emocionou a plateia, sobre os problemas enfrentados pela população do município. De acordo com ele, 22 comunidades da região não tem água para consumo e um decreto do governo federal vai desapropriar mais de 13 mil hectares de terra, a serem destinados à agricultura irrigada.
– Não é esse o direito que estamos sentindo. O direito a terra e à água nos está sendo negado. Água e terra não são negócios. São vida. Vamos lutar até o fim. Não queremos enriquecer. Não queremos água para o agronegócio. Queremos viver. Queremos que nossos filhos e netos tenham esses mesmos direitos.

Fiocruz

Fiocruz testa novo medicamento preventivo contra HIV/Aids


O Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e AIDS, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), conduzirá o estudo clínico HPTN077 com um medicamento totalmente novo para prevenção da AIDS. A droga, conhecida como GSK1265744, já mostrou resultados positivos em testes conduzidos para tratamento da AIDS, e agora terá seu potencial testado como parte da estratégia de prevenção da infecção pelo HIV. A pesquisa será realizada simultaneamente na África do Sul, no Brasil, nos EUA e no Malawi. 
Seleção de voluntários
Os candidatos a participar da pesquisa serão selecionados na Fundação Oswaldo Cruz. “Este critério tem como objetivo potencializar a adesão, facilitar a administração do medicamento e o acompanhamento clínico”, explica Beatriz Grinsztejn, coordenadora do Laboratório e pesquisadora líder do estudo. A proposta do projeto é avaliar a segurança, tolerância, aceitabilidade e sua farmacocinética (descrevendo o processamento da droga no corpo humano, identificando o caminho percorrido no organismo da administração à excreção).
Depois de passar por uma avaliação completa do estado de saúde, serão selecionados 20 voluntários entre os candidatos inscritos, homens e mulheres, de 18 a 65 anos, não infectados e com baixo risco de contrair o HIV. O remédio, que já provou ser seguro em testes anteriores, é injetável, será aplicado a cada três meses e o acompanhamento dos voluntários terá uma duração total de dois anos.
Estado da arte das estratégias de prevenção
Atualmente, estudos como o de Profilaxia Pré-exposição ao HIV (PrEP) já demonstraram que é possível obter 100% de proteção contra a infecção ao longo do tempo, mas para tal é necessária a ingestão diária de um antirretroviral. “Costumamos fazer uma analogia com os anticoncepcionais. Existem alternativas das mais diversas, desde o comprimido diário, até o DIU, passando por injeções trimestrais, a camisinha, enfim. Queremos que exista essa mesma diversidade nas estratégias de prevenção do HIV/AIDS. Assim cada pessoa escolherá o que melhor se adapta à rotina dela”, pondera Beatriz.
A Rede de Testes de Prevenção do HIV (The HIV Prevention Trials Network – HTPN), é uma organização colaborativa mundial que realiza estudos clínicos da segurança e eficácia de estratégias de prevenção do HIV financiada pelo governo americano. “O Brasil participa de pesquisas de ponta no tratamento e prevenção da AIDS da HPTN, mas sempre em fases mais adiantadas. Neste caso, que envolve um estudo em seus primeiros estágios, estamos no momento privilegiado, do estado da arte em que se gera mais conhecimento, se faz ciência. Lutamos que estudos assim sejam feitos com a população brasileira, pois assim teremos resultados que respondam à nossa diversidade genética, à nossa realidade. Desta forma teremos um conhecimento melhor do manuseio do produto, reações adversas, etc., e podemos conduzir melhor as fases posteriores da investigação", conclui a pesquisadora.