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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Hospital Albert Sabin atende por semana 20 novos casos de doenças raras


O Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), unidade terciária da Secretaria de Saúde do Estado, é referência no tratamento de crianças com doenças graves, crônicas e raras. A cada semana, 20 novos casos de doenças raras surgem no ambulatório do hospital. De acordo com a geneticista Erlane Marques, a média mensal é de 180 atendimentos no ambulatório de Genética, com 60% relacionados a doenças raras. “Considera-se doença rara aquela que afeta até 65 pessoas em cada 100 mil pessoas”, explica. Sábado, 28 de fevereiro, é o dia mundial das doenças raras.

Há três anos, Samuel Maia Rodrigues, 6, realiza tratamento por infusão de medicamento no Albert Sabin. Diagnosticado com mucopolissacaridose, um tipo de doença rara, ele faz terapia de reposição enzimática uma vez por semana, acompanhado pela mãe. Claudiene Maia, 33, conta que o filho ainda não fala e também não interage com outras crianças. Apesar de ser muito ativo e gostar de andar de triciclo, seu metabolismo e cognição são comprometidos pela doença, que retarda seu desenvolvimento. “Ele apenas ri”, diz.

Segundo Erlane, no Ceará, a proporção de crianças com mucopolissacaridose é de um para 25.000 nascimentos. No Albert Sabin, devido ao novo tratamento com terapia de reposição enzimática, 35 crianças são acompanhadas pela equipe médica do Hospital. “Para cada doença rara há um manejo específico. É obvio que quanto mais precoce se diagnostica e se trata uma doença, melhores resultados serão obtidos. Seja por diagnostico pré-natal ou triagem neonatal”, afirma.

As crianças que nascem com mucopolissacaridose (classificada em sete tipos, de acordo com a enzima que tiver faltando no organismo), em geral, apresentam hérnias inguinal e umbilical, saliência na coluna toracolombar, infecções recorrente no ouvido e no aparelho respiratório, além de opacidade da córnea. Com o tempo, esses sinais evoluem e os pacientes passam a apresentar faces características, crescimento anormal da língua, aumento do volume do fígado e do baço, limitações articulares e deformidades ósseas. O diagnóstico precoce aliado a cuidados paliativos específicos favorecem os sintomas aparecerem mais tarde ou até mesmo não se desenvolverem.

Hospital Dia

O Hospital Infantil Albert Sabin disponibiliza mais um novo espaço com o objetivo de proporcionar conforto, qualidade e atendimento seguro e humanizado a crianças e adolescentes portadores de doenças crônicas e raras. Em pleno funcionamento há um pouco mais de um mês, o Projeto Hospital Dia assiste inicialmente a meninos e meninas com osteogênese imperfeita, mucopolissacaridose e Doença de Gaucher, que fazem tratamento de infusão de medicamentos no Hias. O serviço é ambulatorial e funciona de segunda à sexta-feira, de 8 às 17h.

Antes, a infusão de medicamentos para os pacientes com doenças crônicas e raras funcionava em uma das salas das unidades de internação do Hospital Albert Sabin. Com a disponibilização do novo espaço, houve o ganho de leitos para o bloco de internação e a fixação de quatro leitos na área ambulatorial para atendimento aos pacientes do Hospital Dia. De acordo com a pediatra Fábia Linhares, diretora técnica do Hias, a iniciativa protege os pacientes internados de serem expostos a vírus, bactérias e germes oriundos do meio externo e oferece conforto àquelas crianças que fazem tratamento com infusão. “Um ambiente fora da área de internação traz a sensação de que está vindo para consulta e não para uma internação, tirando o foco de serem 'doentes'; além do fato de não haver o risco de se expor a outras doenças”, ressalta.

O serviço de hospital dia do Albert Sabin conta com uma médica prescritora no turno manhã e um plantonista à tarde para intercorrências clínicas, como também profissionais da Enfermagem, assistente social, terapeuta ocupacional, que dão suporte durante as infusões, e especialistas como geneticista, ortopedista e endocrinologistas que promovem, a nível ambulatorial, o seguimento dia referido aos pacientes na periodicidade preconizada.

Primeira consulta

Para primeira consulta no Albert Sabin, é necessário que os pais procurem antes um posto de saúde para o agendamento e encaminhamento. Já as consultas de retorno, a marcação é feita diretamente no Ambulatório do Hias. A consulta com o geneticista acontece todas as segundas e quartas-feiras pela manhã, das 7h30min às 11h30min

Assessoria de Comunicação do Hias

Helga Santos

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Saúde da pele no carnaval: evite sol em excesso



A exposição excessiva ao sol e a participação no mela-mela, característico da época, representam riscos à saúde da pele que devem ser evitados durante o Carnaval. A recomendação é do dermatologista Heitor Gonçalves, diretor do Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária Dona Libânia, unidade da Secretaria da Saúde do Estado. Sol em horários inadequados e em excesso, alerta o médico, provocam queimaduras que causam lesões profundas e, mais grave, podem levar ao desenvolvimento do câncer de pele. No mela-mela os riscos são o surgimento  de dermatites, inflamações da pele provocadas pelo contato direto com substância irritante ou que causa alergia, e, nos olhos, de conjuntivite e ceratite, inflamação da córnea que pode se agravar.

Exposição moderada ao sol é benéfica para a saúde até antes das 9 e depois das 15 horas. Para evitar os riscos durante o Carnaval, a indicação para quem vai se expor diretamente ao sol e frequentar ambientes ensolarados é o uso de protetor solar de fator 30 ou superior e protetor labial, com reaplicação após banhos de mar ou piscina, e o cuidado de não exagerar no tempo de exposição e se proteger, também, com guarda-sol ou sombreiro. Os foliões que brincam o carnaval de rua durante o dia devem, da mesma forma, usar protetor solar, chapéu, camisa branca de manga comprida e óculos escuros. Em todos os casos, deve-se ter atenção para a hidratação do corpo, principalmente de crianças e idosos. A dica é beber bastante água. Em caso de queimadura de sol, a orientação é usar hidratante para a pele, hidratar bem o corpo com ingestão de água e procurar o serviço médico.

No carnaval de rua o recomendável é evitar o mela-mela para não expor a saúde aos riscos. Em caso de ser atingido por produtos lançados pelos foliões, a orientação é lavar imediatamente com água corrente. Se for atingido por produto tóxico, como já se registrou no Carnaval, deve-se procurar imediatamente o serviço médico.

Assessoria de Comunicação da Sesa
Selma Oliveira / Marcus Sá /  ( selma.oliveira@saude.ce.gov.br

Operação Carnaval do SAMU 192 Ceará começa sexta, 13

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192 Ceará) inicia nesta sexta-feira, 13 de fevereiro, a Operação Carnaval 2015, que prossegue até a Quarta-feira de Cinzas, dia 18. A cobertura alcançará 4,5 milhões de pessoas nos 130 municípios do Estado já atendidos pelo serviço. Além das bases municipais, ambulâncias do SAMU serão deslocadas para locais de grandes concentrações de pessoas em municípios dos litorais Leste e Oeste, como Aracati, Beberibe e Paracuru, e permanecerão das 9 às 12 e das 14 às 17 horas nos postos de fiscalização das polícias rodoviárias Federal e Estadual, durante os seis dias da operação, para diminuir o tempo de resposta do atendimento em casos de acidentes nas rodovias que cruzam o Estado.

A Operação Carnaval do SAMU contará com 107 ambulâncias. São 19 Unidades de Suporte Avançado (UTIs móveis) e 88 Unidades de Suporte Básico. Por plantão diário serão mobilizados 44 médicos, 82 enfermeiros, 220 técnicos de enfermagem e 176 motoristas socorristas, compreendendo 522 profissionais por dia. O serviço realiza atendimentos de naturezas diversas, como a vítimas de acidentes de trânsito, de ferimentos por arma de fogo e armas brancas, quedas, choque elétrico, afogamento e intoxicação. Atende, ainda, pacientes vítimas de infarto agudo do miocárdio, de AVC (Acidente Vascular Cerebral) e crises convulsivas e realiza atendimento pré-hospitalar de pacientes com insuficiência cardíaca e crise diabética. Também é acionado para a realização de atendimento de casos gineco-obstétricos, como trabalho de parto e aborto; atua no atendimento médico de urgências psiquiátricas; efetua transferências hospitalares de pacientes graves que necessitam de remoção em UTI móvel entre os municípios.

O SAMU presta socorro em qualquer lugar. O paciente pode estar na residência, no local de trabalho, em vias públicas. Basta ligar para o 192. A ligação é gratuita. Quando o SAMU recebe a ligação um médico regulador faz o diagnóstico da situação e inicia o atendimento no mesmo instante, orientando o paciente ou a pessoa que fez a chamada sobre as primeiras ações que podem ser tomadas, como a prestação dos primeiros socorros ou a imobilização das vítimas, dependendo da gravidade do caso. Em casos graves, o paciente é transferido de uma ambulância com UTI. O médico comunica a urgência ou emergência aos hospitais públicos ou UPAs e assim garante atendimento rápido com menos riscos de seqüelas e redução de óbitos ao socorro precoce.

O SAMU Ceará 192 faz parte da rede de urgência e emergência do Ceará, formada ainda por 25 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) já em funcionamento em diferentes regiões e municípios cearenses. Com a nova rede, o governo do Estado assegura mais acesso aos serviços de saúde de dia e noite já que o SAMU e as UPAs não fecham nunca. Funcionam todos os dias, às 24 horas, inclusive aos feriados. Em todo o ano de 2014, o SAMU 192 Ceará foi acionado 105.283 vezes, sendo 94.142 atendimentos pela base regional do Eusébio e 11.141 pela base regional de Juazeiro do Norte. Do total de acionamentos, 38,14%, 40.150 ligações, foram de efetivo atendimento com regulação médica e 20,62%, ou 21.711 acionamentos, eram trotes, ligações que ocupam o serviço e podem comprometer atendimentos de urgências médicas.

Assessoria de Comunicação da Sesa
Selma Oliveira / Marcus Sá /  ( selma.oliveira@saude

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Lacen passa a fazer todas as fases do teste do pezinho


No Ceará, a triagem neonatal, através do teste do pezinho é feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública – Lacen, da rede pública do governo do Estado, com cobertura nos 184 municípios do Estado. O Lacen já realiza as fases I, II e III, que identificam fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e fibrose cística – e  nesta semana foi habilitado pelo Ministério da Saúde para a realização da fase IV, que inclui a hiperplasia adrenal congênita, doença genética caracterizada por uma deficiência nas glândulas adrenais (ou suprarrenais), localizadas logo acima dos rins) e a deficiência de biotinidase (patologia na qual o organismo não consegue obter a vitamina biotina, conhecida como vitamina B8, vitamina B7 ou vitamina H -  de maneira adequada) na triagem neonatal de doenças genéticas e/ou congênitas.

Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor o prognóstico e a taxa de sobrevida. O teste é feito a partir de gotas de sangue colhidas do calcanhar do recém-nascido. A identificação precoce de doenças permite evitar o aparecimento dos sintomas, através do tratamento apropriado, por isso, recomenda-se realizar a coleta para o teste imediatamente entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê e as amostras de sangue devem chegar o mais rápido possível ao Lacen. O tempo entre a coleta e a realização do teste é de importância vital para dar início ao tratamento dos casos diagnosticados, que deve começar antes dos primeiros 30 dias de vida.

O laboratório cumpre um importante papel para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde quando contribui com a prevenção e redução da morbimortalidade provocada pelas patologias triadas. Com 105.670 amostras analisadas nas fases I, II e III em 2014, 67 casos foram diagnosticados no Estado (três para fenilcetonúria, 38 para Hipotireoidismo Congênito, 21 para Anemia Falciforme e cinco para fibrose cística).

Na rede pública da Secretaria da Saúde do Estado, os hospitais que garantem o teste do pezinho a todas as crianças que nascem em suas unidades ou são internadas na UTI neonatal são Hospital Infantil Albert Sabin, Hospital Waldemar Alcântara, Hospital Geral César Cals, Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e Hospital e Maternidade José Martiniano de Alencar e no interior no Hospital Regional Norte, em Sobral.


Sobre as doenças


A hiperplasia adrenal congênita (HAC) é uma doença genética que causa deficiência nas glândulas adrenais (ou suprarrenais), localizadas logo acima dos rins. A pessoa com HAC não produz corretamente as enzimas necessárias ao funcionamento das glândulas, fazendo com que estas, por sua vez, produzam em menor quantidade os hormônios cortisol e aldosterona e em excesso os androgênicos (hormônios masculinos). Os hormônios participam de várias funções vitais e são responsáveis, entre outras, pela manutenção do nível de glicose (açúcar) no sangue e pela conservação da água e sal no organismo.

Já a deficiência de biotinidase é uma doença causada pela deficiência (parcial ou total) da enzima que libera dos alimentos e de proteínas orgânicas a biotina (ou vitamina H). Os sintomas clínicos mais comuns são convulsões, hipotonia, ataxia, problemas respiratórios, atrofia óptica, retardo mental, perda auditiva sensorial, alopécia e erupção cutânea.

Assessoria de Imprensa - Lacen / CIDH / IPC

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

IPC alerta sobre prevenção de câncer no útero e mama



No Dia Mundial do Câncer, em 4 de fevereiro, o Instituto de Prevenção do Câncer (IPC) faz um alerta para a prevenção do câncer do colo do útero e de mama. No IPC, são realizados em média 500 atendimentos por dia, desde consultas ginecológicas a pequenas cirurgias e mamografias a mulheres em tratamento ou suspeita da doença. Na quarta-feira, durante todo o dia, as pacientes receberão informações, orientações e atividades de educação para prevenção e controle das doenças.

O IPC, unidade da Secretaria da Saúde do Estado, foi o primeiro serviço de prevenção do câncer no Ceará. Inicialmente realizava somente a prevenção do câncer genital feminino. Depois incorporou outros serviços, entre eles diagnóstico precoce do câncer de mama e pele. O acesso dos pacientes aos serviços ocorre através das centrais de marcação de consultas do Estado e do município de Fortaleza. Mesmo assim, ainda realiza atendimento primário em prevenção do câncer ginecológico por demandas espontâneas, gerando referência secundária interna, o que possibilita a capacitação de profissionais para pesquisas feitas no IPC.

Dentre todos os tipos de câncer, o do colo de útero, é o que apresenta um dos mais altos índices de cura, se diagnosticado precocemente. A prevenção da doença é feita através da realização regular de exames preventivos, sobretudo o Papanicolaou, que detecta a doença nos estágios iniciais, aumentando assim as chances de sucesso do tratamento. O exame é simples, e realizado com a coleta de material do colo do útero, utilizando espátula e escovinha.  Todas as mulheres que têm ou já tiveram atividade sexual, principalmente aquelas com idade de 25 a 64 anos devem fazer. Mulheres grávidas também podem fazer o preventivo.

O meio mais comum de contágio da doença é através da infecção pelo vírus HPV. Além de aspectos relacionados à infecção pelo vírus, outros fatores ligados a imunidade, a genética e ao comportamento sexual parecem influenciar na contaminação. Desta forma, o tabagismo, a iniciação sexual precoce, a multiplicidade de parceiros sexuais e o uso prolongado de contraceptivos orais são considerados fatores de risco para o desenvolvimento de câncer do colo do útero.

Já o câncer de mama,  os fatores de risco são: idade avançada, exposição prolongada aos hormônios femininos, o excesso de peso e o histórico familiar. Além disso, mulheres que não tiveram filhos ou tiveram o primeiro filho após os 35 anos, não amamentaram, fizeram uso de reposição hormonal, menstruaram muito cedo (antes dos 12 anos) e entraram mais tarde na menopausa (acima dos 50 anos). No entanto, há casos de mulheres que desenvolvem a doença sem apresentar fatores de riscos citados.

A mamografia (raios-X das mamas) é o exame mais indicado para detectar precocemente a presença de nódulos nas mamas. O exame clínico e outros exames de imagem e laboratoriais também auxiliam a estabelecer o diagnóstico de certeza. Recomenda-se que o autoexame seja feito todo mês. A mulher deve iniciar o rastreio aos 40 anos e é importante que o exame seja feito anualmente.


Assessoria de Imprensa do Lacen/ IPC/ CIDH