No Dia Mundial do Câncer, em 4 de fevereiro, o Instituto de Prevenção do Câncer
(IPC) faz um alerta para a prevenção do câncer do colo do útero e de mama. No
IPC, são realizados em média 500 atendimentos por dia, desde consultas
ginecológicas a pequenas cirurgias e mamografias a mulheres em tratamento ou
suspeita da doença. Na quarta-feira, durante todo o dia, as pacientes receberão
informações, orientações e atividades de educação para prevenção e controle das
doenças.
O IPC, unidade da Secretaria da Saúde do Estado, foi o primeiro
serviço de prevenção do câncer no Ceará. Inicialmente realizava somente a
prevenção do câncer genital feminino. Depois incorporou outros serviços, entre
eles diagnóstico precoce do câncer de mama e pele. O acesso dos pacientes aos
serviços ocorre através das centrais de marcação de consultas do Estado e do
município de Fortaleza. Mesmo assim, ainda realiza atendimento primário em
prevenção do câncer ginecológico por demandas espontâneas, gerando referência
secundária interna, o que possibilita a capacitação de profissionais para
pesquisas feitas no IPC.
Dentre todos os tipos de câncer, o do colo de
útero, é o que apresenta um dos mais altos índices de cura, se diagnosticado
precocemente. A prevenção da doença é feita através da realização regular de
exames preventivos, sobretudo o Papanicolaou, que detecta a doença nos estágios
iniciais, aumentando assim as chances de sucesso do tratamento. O exame é
simples, e realizado com a coleta de material do colo do útero, utilizando
espátula e escovinha. Todas as mulheres que têm ou já tiveram atividade sexual,
principalmente aquelas com idade de 25 a 64 anos devem fazer. Mulheres grávidas
também podem fazer o preventivo.
O meio mais comum de contágio da doença
é através da infecção pelo vírus HPV. Além de aspectos relacionados à infecção
pelo vírus, outros fatores ligados a imunidade, a genética e ao comportamento
sexual parecem influenciar na contaminação. Desta forma, o tabagismo, a
iniciação sexual precoce, a multiplicidade de parceiros sexuais e o uso
prolongado de contraceptivos orais são considerados fatores de risco para o
desenvolvimento de câncer do colo do útero.
Já o câncer de mama, os
fatores de risco são: idade avançada, exposição prolongada aos hormônios
femininos, o excesso de peso e o histórico familiar. Além disso, mulheres que
não tiveram filhos ou tiveram o primeiro filho após os 35 anos, não amamentaram,
fizeram uso de reposição hormonal, menstruaram muito cedo (antes dos 12 anos) e
entraram mais tarde na menopausa (acima dos 50 anos). No entanto, há casos de
mulheres que desenvolvem a doença sem apresentar fatores de riscos
citados.
A mamografia (raios-X das mamas) é o exame mais indicado para
detectar precocemente a presença de nódulos nas mamas. O exame clínico e outros
exames de imagem e laboratoriais também auxiliam a estabelecer o diagnóstico de
certeza. Recomenda-se que o autoexame seja feito todo mês. A mulher deve iniciar
o rastreio aos 40 anos e é importante que o exame seja feito
anualmente.
Assessoria de Imprensa do Lacen/ IPC/ CIDH
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