Fiocruz capacita equipe
para atender casos de ebola que chegarem ao país
Anderson Pires
jornalismo@cearanews7.com.br
A Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz), do Ministério da Saúde, está capacitando cerca de
50 pessoas, de faxineiros a médicos da instituição, para atender e
tratar pacientes infectados pelo vírus ebola que entrarem no Brasil.
A epidemia afeta quatro países africanos e matou mais de 1,2 mil
pessoas desde março deste ano.
O Instituto Nacional de
Infectologia Evandro Chagas (INI), na capital fluminense, que faz
parte da Fiocruz e é responsável pelo treinamento, foi indicado
como referência para receber casos suspeitos de infecção pelo
vírus ebola. Duas salas do INI já estão prontas para isolamento de
paciente com suspeita de contaminação.
A Fiocruz reiterou que
nenhum caso foi identificado no país, mas o presidente da Fiocruz,
Paulo Gadelha, explicou hoje (19), na abertura do sétimo congresso
da instituição, que a fundação quer ser referência para o
acolhimento de pessoas com ebola e também para o diagnóstico da
doença.
“As possibilidades de
termos casos de ebola no Brasil são muito remotas, mas virtualmente
existem e o país não pode ficar despreparado”, comentou. “Na
medida em que houver esse tipo de atenção, toda a unidade
hospitalar precisa saber quais são as repercussões, os fluxos,
rotina e prioridades. O mesmo ocorre na área laboratorial, para que
os exames sejam realizados em ambiente de segurança”, contou.
Gadelha explicou que
está sendo criada uma área de preparação para outras doenças
emergentes globais. “O ebola traz um desafio e uma oportunidade
para que evoluamos na capacitação que já temos. Então estamos
fazendo o que já fazíamos, mas agora com intensidade, estrutura e
abrangência muito mais robustas, que são necessárias para o país”,
declarou.
Com informações da
FioCruz
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